quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

SUPER-ENCONTRO ENTRE HERÓIS BRASILEIROS DOS QUADRINHOS!!!

Previsto para ser lançado no mês (e ano) que vem, já vou adiantando para vocês a nova façanha de Chagas Lima, o quadrinhista potiguar autor do IcFire, personagem que já atingiu a impressionante marca de mais de 80 números editados de forma independente – e esta nova façanha vem dedicada aos fãs dos super-encontros entre os super-heróis brasileiros dos Quadrinhos: Lima reuniu numa única aventura, ao lado do seu Icfire, também o Vulto (do mineiro Wellington Santos), Brasão Verde (do paulista Emerson Lino), Homem-Camaleão (do maranhense Riccelle Sullivan Suád) e até o Reação, criado por este que vos escreve. Todos aparecem juntos nesta nova publicação escrita, ilustrada e editada por Chagas Lima, intitulada Supercrossover n.1 (30 cm x 21 cm, 20 páginas p&b, capa couchê colorida, por R$ 4,00), onde os heróis se reúnem para enfrentar a invasão de demônios que ameaçadoramente paira sobre Natal, a capital norte-riograndense. Uma reunião muito animada, pra lá de divertida, um prato cheio para os fãs dos personagens brasucas dos Quadrinhos. E como disse a misteriosa Demônia, ao final: “E isto ainda não acabou. Está muito longe do fim.” Tomara! Que venham mais supercrossovers! icfire.clima@gmail.com ou visite icfirehq.blogspot.com

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

MOCINHOS & BANDIDOS CHEGA NA 100a. EDIÇÃO

Chega ao centésimo número a revista Mocinhos & Bandidos (30 cm x 21 cm, 48 páginas p&b, capa colorida), editada por Diamantino da Silva. Para quem não sabe, trata-se de um notável historiador dos comics, autor de livros como Quadrinhos Para Quadrados (que teve recentemente uma nova edição lançada) e Quadrinhos Dourados. Diamantino da Silva é um dos precursores dos personagens brasileiros dos gibis, tendo feito parte da História da Editora Júpiter (a original, paulistana, da primeira metade dos anos 50 do século passado, a mesma onde trabalhou Gedeone Malagola). Nas páginas das edições originais da Editora Júpiter foram publicados personagens criados e desenhados por Diamantino da Silva, como Ney Foguete, Flávio Corsário e Rosinha Repórter. Por esta mesma época, fez para os jornais Simão Brasil. Já o Mocinhos & Bandidos na verdade é uma extensão de uma iniciativa pra lá de simpática que é o Clube Amigos do Western, que promove reuniões entre fãs dos antigos seriados de cinema – todos trajados adequadamente, ou seja, vestidos como caubóis de filme antigo. O primeiro número de Mocinhos & Bandidos saiu como fanzine xerocado no ano de 1986, depois foi crescendo, ganhou patrocinadores, virou revista mas nunca deixou de ser o que sempre foi: uma valorosa publicação independente de Diamantino da Silva e seus parceiros, lançada com impressionante regularidade trimestral. Mocinhos & Bandidos trata não somente de faroeste, pois sempre esteve aberto a outros estilos como aventura, ficção, suspense, etc, mas sempre com olhos voltados para o passado, mais precisamente o das épocas em que Diamantino e amigos eram crianças e frequentavam as matinês e deliravam com os serials que eram projetados nas telas de cinema. Como não poderia deixar de ser, esta 100ª. edição está especialíssima, com ótimos artigos sobre Hopalong Cassidy, Vincent Price, The Son Of The Pioneers (a fabulosa banda country que aparecia nos filmes de Roy Rogers), Robert Lowery (que foi o Batman no seriado de cinema de 1949), a maravilhosa Gloria Grahame e a sensual Jane Russel. Não faltam as sessões habituais: o teste de Você Sabe?, as sínteses sobre Seriados do Cinema, a Galeria dos B Westerns, a memória de grandes artistas do cinema em Você Lembra Deles?, além da estréia de duas novas sessões: Sidekicks & Vilões e Galeria dos Mocinhos (começando muitíssimo bem com Roy Rogers). Como não poderia faltar numa edição comemorativa, há artigo e fotos fazendo referência a História do Mocinhos & Bandidos e também do Clube Amigos do Western. Imperdível! Ei, os jovens seguidores do nosso blog devem ter ficado “boiando” nessa postagem, perguntando-se continuamente “quem? quem?” – fica a sugestão para começarem a colecionar Mocinhos & Bandidos a partir deste centésimo número. Peçam através do email mocinhosebandidos@ig.com.br

XIRULAUTÉRIO E OS DINOSSAUROS: UMA PEQUENA OBRA-PRIMA DOS QUADRINHOS

Jorge Ubiratã da Silva Lopes, o Byrata, é um experiente artista dos Quadrinhos, apesar de ainda ser pouco conhecido entre os brasileiros. No seu estado do Rio Grande do Sul é diferente, e mais ainda na sua boa terrinha Santa Maria. Pois foi com incrível talento e dedicação pessoal ao longo de anos, e com ajuda de diversos empresários e amigos santa-marienses, que foi possível o lançamento de um caprichado álbum em Quadrinhos apresentando seu personagem Xiru Lautério, a segunda parte de suas aventuras com dinossauros. O ambiente em que vive Xiru é o dos pampas gaúchos (quem não conhecer as gírias locais vai precisar de dicionário), mas vai se decepcionar quem espera encontrar narrativa regionalista piegas. Em Xirú Lautério estão muito presente as tradições gauchescas, e muito mais: Xiru Lautério E Os Dinosauros II (30cm x 21 cm, 100 páginas p&b, capa colorida cartonada e plastificada, lançamento da Editora Rio das Letras) mostra experiência científicas temporais, apresentações de compositores já falecidos (uma ótima chance do autor prestar homenagem a grandes cantores do cancioneiro popular, gaúcho e brasileiro), dinossauros pra lá e pra cá, mas mostra também luta de facão, tchê! A narrativa de Byrata alterna aventura, suspense, bom-humor, e seu traço é sóbrio, muito agradável de se ver. Trata-se de uma obra-prima dos Quadrinhos, que vale a pena conhecer! Eu só pude conhecer graças a meu bom amigo Antonio Mello (que os fiéis leitores dos gibis da Júpiter II já conhecem como roteirista do Brigada das Selvas e do Capoeira Negro), que gentilmente me enviou um exemplar, mas vocês podem conseguir contatando o próprio autor em www.byrata.com.brbyrata@hotmail.com

BILLY THE KID & OUTRAS HISTÓRIAS CHEGA NA 15a. EDIÇÃO COM MUITO TIROTEIO!

Chega ao 15º. número – o que não é pouca coisa em se tratando de publicação independente – Billy The Kid & Outras Histórias, 21 cm x 14 cm com 36 páginas p&b e capa colorida de Emmanuel Thomaz, por R$ 7,00, apresentando HQs de faroeste narradas e ilustradas por ótimos artistas brasileiros como Sandro Marcelo, Teo Pinheiro e o editor Arthur Filho, além do citado capista Emmanuel Thomaz, meu parceiro atualmente em Chico Spencer, aventurando-se com o talento peculiar no mundo do faroeste – ele que já havia ensaiado alguns passos no referido estilo de HQ aqui mesmo na Júpiter II, ilustrando a segunda parte de Capitão MacNamara Contra A Invasão Extraterrestre. Nesta edição de Billy The Kid ele abrilhanta ainda mais o ótimo roteiro de Arthur Filho em “Cidade Tranquila”, narrativa sobre o dilema de ser um xerife de verdade ou um simples funcionário da lei. Thomaz também ilustra outra HQ desta feita baseada em letra de música de Wilson Renato: “Ringo” surpreende pelos criativos enquadramentos e narrativa meio lisérgica. A revista ainda apresenta ilustrações de grandes nomes dos Quadrinhos brasileiros como Lancelott Bartolomeu, Luís Saindenberg e Adauto Silva. Pedidos para arthur.goju@bol.com.br

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A VOLTA DAS HQs ROMÂNTICAS!


Cooperativa de Quadrinhos Júpiter II resgata outro estilo de HQ muito popular no passado, o das histórias românticas. Romance Em Quadrinhos chega em seu primeiro número apresentando 28 páginas p&b contando um “Sonho De Cidade”. E o grande destaque deste novo revival, e que pode ser apreciado a partir da capa, é o deslumbrante traço de Adauto Silva, experiente artista dos Quadrinhos desde os tempos da Rio Gráfica Editora (RGE) de Roberto Marinho, onde trabalhou ao lado de grandes feras como Walmir Amaral, José Evaldo e tantos outros – e traço que os nossos fiéis leitores não se cansam de admirar, seja nos dois primeiros números de O Bom & Velho Faroeste ou nas diversas capas, ilustrações e páginas publicitárias que produziu especialmente para nossas publicações. Eu, que não sou bobo nem nada, rabisquei um roteiro que ficará muito melhor do que parece, nas mãos do mestre Adauto. (JS) smeditora@yahoo.com.br


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A PRESIDENTE ANTI-ROMÂNTICA

Consultando o Dicionário Universal da Língua Portuguesa, encontramos seis significados para a palavra ‘romântico/a’. Para fins desta crônica, vamos tomar os segundo e terceiro significados: poético e idílico. Esqueçamos, portanto, os movimentos artísticos e literários dos séculos XVIII e XIX, e foquemo-nos naqueles que são chamados românticos porque jamais se entediam com a parceira ou com seu parceiro amoroso, mesmo sendo cônjuges consolidados e maduros, longevos. Que gosta de caminhar com a namorada/o de mãos dadas, ou levando o animal de estimação para passear. Românticos são aqueles que adoram assistir comédias românticas em dias chuvosos ou friorentos, abraçadinhos debaixo do cobertor. Agora, puxando a sardinha um pouco para nosso lado, homem romântico é aquele que abre a porta do carro para a companheira, que lhe compra flores, que lhe cede a vez, que fica paquerando a esposa, que a convida para dançar – e, de preferência, que dance bem – e que não perde a chance de admirá-la sob um luar resplandecente, ouvindo Frank Sinatra...


Do romantismo para a sra. Dilma Rouseff, lamentavelmente nossa atual presidente da República. Estamos perto de completar um ano de seu mandato, e, acreditem, ainda não consigo odiá-la. Abomino tudo e principalmente todos a quem ela representa, mas não consigo odiá-la. Não consegui odiá-la nem durante a campanha eleitoral, e olha que fiquei muito bravo, quase raivoso, naquele episódio em que ela apareceu rezando ao lado de um deputado “bunitnho”, tentando limpar a barra diante dos católicos depois de ter declarado um entusiasmado apoio pela legalização do aborto no Brasil. Uma das maiores blasfêmias já vistas! Que ultraje infame para a Igreja Católica, ao menos para os “novos cancioneiros” que apoiaram essa masquarade. Uma defensora do aborto e da promiscuidade homossexual na presidência da Pátria do Evangelho! Seja como for, nem assim consegui odiar a sra. Rouseff. Primeiramente, porque ela me divertia muito nos debates. Uma incrível dificuldade para organizar frases conexas (atitudes que ela vem mantendo coerentemente, neste primeiro ano de mandato), uma verdadeira atarantada. Claro que iria vencer a eleição, pois, como bem lembrou o sr. Ferreira Goulart (em depoimento a José Nêumane Filho no livro O Que Sei De Lula), o mentor da presidente Dilma, o malfeitor-mor Lula da Silva comprara milhões de votos com o bolsa-família e seus beneficiários votariam em quem ele pedisse. A propósito, em crônica passada cheguei a dizer que, no futuro, estes governos petistas iriam ser mais odiados e abominados do que hoje acontece com os governos militares. E este livro acima citado do jornalista Nêumane certamente se tornará um dos maiores instrumentos para que se prevaleça a verdade histórica. O Que Sei De Lula é um depoimento muito sincero sobre a figura do ex-presidente. O autor não se furta de admirar a trajetória pessoal de Lula, as dificuldades que enfrentou na infância e juventude, e o grande gênio da comunicação de massas que se tornou. Mas não perdoa os desmandos, a corrupção administrativa, os discursos virulentos e racistas provocando discórdia entre os brasileiros, o uso da polícia federal como uma kgb atacando somente inimigos políticos, a aproximação simpática com tiranos sanguinários espalhados por todo o mundo – e o evento essencial, que Nêumane não perdoa: o duplo sorriso cínico, de Lula e seu ídolo Fidel Castro, na hora da notícia do falecimento de um prisioneiro político cubano, por inanição. O Que Sei De Lula é desde já um livro indispensável para se tentar entender o que se passa no Brasil. Quem ler vai perceber que vivemos de certa forma num tempo muito mais obscuro do que foram os governos militares. Especialmente professores e professoras que apoiaram a eleição de Dilma Rousseff, devem ler este livro para saber o que Gilberto Gil, ministro da cultura do mentor Lula da Silva, fez contra as nossas crianças. Foi por obra de Gilberto Gil que o funk e sua ideologia desastrosa de niilismo destrutivo e sensualidade desregrada e grosseira, essa ‘coisa’ foi constantemente incentivada e vem destruindo a moral de nossos jovens e crianças. Não é pra menos que o sr. Gil pode ser visto num vídeo do youtube, todo sorridente no palco durante um show de sua filha Preta Gil cantando “vem arregaçar minha bu...”. Queria ver o sr. Gil sorrir se visse o que os professores e professoras tem que passar, depois que os jovens tomaram contato com esse tipo de ‘música’ que ele tanto incentivou, por motivos escusos! Leiam no livro que está tudo por lá, isso e muito mais, coisas ainda piores!


Enfim, aí temos a sra. Rouseff na presidência da República, uma senhora que não tem a menor idéia de como governar o Brasil. Ainda conta com o apoio da maior parte da imprensa, que consegue fazer com que muitos continuem acreditando que nossa presidente seja uma “faxineira” da corrupção, além de ser eficiente “gerentona”. Os ministros os quais foi obrigada a manter e aceitar por ordem de Lula da Silva, aprontaram durante todo o primeiro ano de mandato. Assoberbados com anos de desmando e impunidade sob as benesses do ex-presidente, não aguentaram novas denúncias de corrupção administrativas. Muitos já caíram do poder e outros se seguram de forma patética, mas ainda assim soberbos, como espertos chantagistas. E ainda surge escancaradamente, diante dos olhos de todos, escandalosas falcatruas na organização da Copa do Mundo, e uma submissão lamentável de nossos governos, de todos os níveis, aos gângsters do futebol mundial. E neste quadro, as boas almas iludidas que votaram em Dilma Rousseff encolhem-se diante dessas notícias, até meio envergonhadas. E eu sem conseguir odiar a sra. presidente da República. É certo que também não sinto comiseração, afinal, ela, discípula de José Dirceu, sabia muito bem onde estava se metendo, conhecia muito bem esse monstruoso esquema de corrupção administrativa jamais visto neste país.


Mas sabe que fiquei com pena sim, da dona Dilma, depois de ouvir uma recente notícia pelo rádio? O locutor se referia a esse patético affair do ministro do trabalho Carlos Lupi, flagrado em diversos casos de corrupção e recusando-se a deixar o cargo, proferindo declarações lamentáveis e virulentas, constrangendo até mesmo seus aliados (já ficou mais tempo até do que o ex-todo poderoso ministro Pallocci, o organizador de finos bacanais). Um dos gracejos do infeliz ministro foi dizer “Eu amo a presidenta!”. E a sra. Roussef, coitada (olha eu sentindo pena do tipo!), declarou que “não tinha mais idade para ser romântica”! Que pena, sra. Rouseff, que lástima! Creio que se a senhora fosse romântica, teria até mais tranquilidade na alma para a difícil empreitada de governar o Brasil! E, na posição de líder, a senhora deveria pensar ainda mais cautelosamente em cada palavra que diz, pois há de repercutir nos corações e nas mentes do povo brasileiro. Incentive o romantismo, presidenta! Diga que é romântica e que assim será pelo resto da vida, até quando estiver bem velhinha! Incentive músicas românticas por todo o país, que possam quem sabe tomar lugar do horrendo funk promovido por Gilberto Gil. Sugira sempre que as pessoas leiam livros, revistas, assistam filmes com ênfases românticas. Promova o romantismo, sra. Roussef! Exulte nos quatro cantos do país que vale a pena ser uma pessoa romântica e fiel ao companheiro/a, mesmo que tenha 125 anos de idade! Incentive o romantismo sra, presidente, incentive-o mesmo que o mundo todo pareça chafurdar numa promiscuidade obscena, mesmo que se permita os desvarios e desrespeitos públicos do intolerante orgulho gay que se justifica dizendo que “traz dinheiro pra cidade”, mesmo que as festas se pareçam ainda mais depravadas do que o mais agressivo dos underground comics, mesmo que o país e o mundo se transformem numa imensa mtv, mesmo que atrizes famosas e famosinhas assumam com nariz empinado o aborto que deliberadamente cometeram, insista no romantismo, presidenta! Insista em estimular a cortesia, os atos carinhosos, gentis, fiéis, regrados, equilibrados, amorosos! Tenho certeza, dona Dilma, que agindo desta forma terá muito mais chances de cativar os católicos sinceros, ao menos muito mais do que teria protagonizando outra farsa ridícula como aquela das eleições, ao lado do deputado “bunitnho”. (JS)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

SURGEM OS JOVENS GUARDIÕES!!!

O mineiro Dennis Rodrigo Oliveira (desenhista do Tormenta e do álbum Destemido) acaba de lançar mais um prozine, Os Jovens Guardiões. Para entender o universo dos personagens criados por Dennis, deixemos que ele mesmo rapidamente o explique: “é uma realidade alternativa que abriga versões de meus super-heróis brasileiros prediletos”. Por isso, os fãs destes personagens terão motivos a mais para apreciar esta edição, descobrindo as inúmeras referências usadas na história do autor-fã. Mas mesmo quem nunca tenha nem ouvido falar em super-heróis brasileiros dos Quadrinhos (não sabem o que estão perdendo, hein?) vai poder entender e apreciar as bonitas páginas desta revista (21 cm x 15 cm capa couchê duas cores, 24 páginas p&b e tons de cinza). Os Jovens Guardiões é diversão de qualidade, graças ao talentoso artista e editor. Ah, como se não bastasse esta edição está ainda melhor, podendo contar com ilustrações de outro mineiro, Wellington ‘Vulto’ Santos. Saiba mais sobre este fascinante universo de fantasia em http://fotolog.terra.com/revistapequenoscontoshqs

MAIS UMA ÓTIMA EDIÇÃO DO FANZINE TCHÊ!

Recebo de Denílson Reis a 39ª edição do fanzine Tchê. Para quem não sabe o Denílson é um dos mais longevos e ativos fanzineiros do Brasil, há quase 25 anos nessa trincheira – não por acaso, um de seus fanzines chama-se exatamente “A Trincheira”. E este número 39 chega caprichadíssimo, formato 21 cm x 15 cm com 40 páginas variadíssimas (capa colorida), que resultam num conjunto excelente, de ótima qualidade para o leitor. A começar pela bonita capa de Mozart Couto, seguida de um editorial muitíssimo pertinente, então tenho a boa e grata surpresa de encontrar uma HQ do tresloucado Homem-Caveira, criação do parceiro Zílson Zeck Costa. Zeck mostra mais uma vez que não importa aquela discussão “autor brasileiro deve ou não fazer HQ estilo super-herói?”, mas o que vale mesmo é o talento do roteirista. Esta HQ chamada “Nuvem Passageira” é muito diferente do que é visto nos fanzines próprios do personagem, aquelas aventuras debochadas e irreverentes. Desta feita, Zeck foca sua atenção em Gílson Santos, o jovem adolescente alter-ego do herói, e num momento do dia do rapaz presenciamos evento tremendamente realista, problemas cotidianos enfrentados por tantos milhões de “gílsons” : os tormentos urbanos provocados pelas tempestades e enchentes. O Tchê 39 ainda apresenta outras HQs mais curtas, contando com grandes nomes do Quadrinho brasileiro como Julio Shimamoto, Elmano Silva e Edgar Franco. E é claro, muitos textos, artigos, crônicas tudo versando é claro no universo dos fanzines, dos Quadrinhos, da HQ no cinema, da música (ênfase no rock). O entrevistado desta edição é o ótimo Daniel HDR, talentoso e persistente, parceiro de longa data do Denílson. Enfim, só lendo pra saber mais. tchedenilson@gmail.com

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

LAGARTO NEGRO &VELTA EM EDIÇÃO ESPECIAL


Júpiter II promove mais um grande encontro entre personagens brasileiros dos Quadrinhos: Velta (de Emir Ribeiro) e Lagarto Negro (de Gabriel Rocha) unem forças nesta edição especialíssima de Lagarto Negro & Velta, com 28 páginas p&b (sendo a capa colorida ilustrada por Fabiano Ribeiro). Herói & heroína aparecem juntos na história “Romance Proibido” (escrita por Gabriel Rocha, lay outs de Abdon Soussy e desenhos de Emir Ribeiro), tentando evitar uma tragédia diante de um perigoso romance entre mocinha mimada e traficante barra-pesada. E ainda uma segunda HQ nesta edição, “A Incógnita Dos Sicários” (por Gabriel Rocha e Fabiano Ribeiro), onde Lagarto Negro descobre que combater o crime pode, por vezes, ser uma tarefa inglória. smeditora@yahoo.com.br

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

FANZINEIROS SERGIPANOS MANDANDO BEM!

Por incrível que pareça, mesmo nestes dias em que celebra-se (eu não!) as geringonças inúteis de Steve Jobs, ainda existem almas abnegadas que não desistem de produzir fanzines de papel! Recebi do editor Rodrigo Costa o número Zero do fanzine Ói (21 cm x 15 cm, 36 páginas p&b, capa a duas cores) apresentando ótimas Histórias-em-Quadrinhos. O destaque da capa é O Monstruoso Frank, numa HQ toda produzida pelo editor, a história inicial parece instigante e certamente deixará os leitores curiosos pela continuação, como deixou curioso este que vos escreve. E o Monstruoso Frank ainda aparece em duas lindas ilustrações de Chagas Lima e de Luís Moraes. Mas incríveis mesmo são as outras duas HQs que constam desta publicação, ambas produzidas por Rodrigo Seixas: “Lucidez” sobre a aceitação da morte; e a melhor de todas, “O Maior Exemplo”, um olhar piedoso sobre o mais famoso traidor da História, Judas Iscariotes. São anunciados também outros personagens, que deverão estar presentes nos próximos números: The Noir Samurai Tango (olha que nome bacana!) e O Carrasco. Coisas ótimas vêm a caminho, não tenham dúvidas! darcelcomics@gmail.com

terça-feira, 8 de novembro de 2011

CALAFRIO n.54, AINDA MELHOR DO QUE A EDIÇÃO ANTERIOR!

E antes mesmo do que pensávamos (ainda bem!) saiu a 54ª. edição do redivivo Calafrio, editado por Wagner Augusto e mestre Rodolfo Zalla. Seguindo os padrões do número anterior, no tamanhão europeu (28 cm x 21 cm) capa colorida em papel couchê com 50 páginas em p&b e tons de cinza, apresentando e re-apresentando algumas memoráveis HQs do estilo terror & suspense. A primeira é logo aquela destacada na capa, “A Bruxa Afogada”, ilustrada por Rodolfo Zalla a partir de conto de Jorge Sinelli: motim e assombração em alto-mar! Segue com “Noite de Hallwoeen”, também escrita por Sinelli, ilustrada por Rubens Cordeiro, mesclando surpresas e até mesmo humor – negro, é claro. “O Fantasma do Músico”, por Pedro de Queiroz (texto) e José Pimentel Filho (desenhos) mostra o tema da vingança do além numa narrativa próxima àquela dos comics da década de 50 – talvez não por acaso a ação da história se passe nos EUA. Uma história republicada dos gibis da GEP (Gráfica e Editora Penteado) é o grande destaque desta edição: “Bisavô Patrick”, produzida por ninguém menos do que Eugênio Colonnese e Rodolfo Zalla, italiano e argentino que adotoram o Brasil no coração, apresentam uma ótima narrativa de guerra & terror – antes mesmo que a DC-National Comics lançasse seu Weird War Tales (no Brasil publicado pela Ebal como Terror Em Combate). Como qualquer edição de terror que se preze não pode faltar algo de Edgar Allan Poe, temos aqui uma adaptação feita pelas talentosas mãos do mestre Zalla: “O Homem Na Mulitidão”. E restam ainda mais duas histórias curtas para completar a revista: “Homo-Lupus”, de Sidney Silva e Rubens Cordeiro (publicada com páginas trocadas no número anterior, retorna certinha aqui) e “A Sereira Da Morte”, escrita por Osvaldo Talo e ilustrada pelo saudoso Colonnese. E ainda o indefectível artigo de Luiz Antônio Sampaio, o notável historiador dos comics, falando sobre a aventura do Tarzan nos Quadrinhos. Ao contrário do que acontecia durante a década de 80 e início de 90 do século passado, quando saía em todas as bancas e com isso tornou-se muito popular, o que possibilitou uma vida longeva ao título (e também a Mestres do Terror), a nova versão da Calafrio tem tiragem de 300 exemplares e preço mais salgado. Mas isso apenas reflete o final, digo, sinal dos tempos para as Histórias-em-Quadrinhos, ou o que sobrou dela depois da avalanche imoral de Alan múúúú, Nil Gosma, Frank Milho e uma incrível plêiade de idiotas destruidores de comics, cujas temáticas execráveis de suas obras arruinaram com a popularidade dos gibis, transformando-os em objeto de pedantismo e arrogância de grupelhos “iluminados”. Bem, mas esqueçamos esses tontos e foquemo-nos na Calafrio, e a promessa de que mestre Zalla voltará a ilustrar uma HQ do Drácula no próximo número. Nós, fiéis e privilegiados fãs, aguardamos ansiosos. cluq@terra.com.br

CLÃ RIBEIRO LANÇA 2a. EDIÇÃO DA HISTÓRIA DA PARAÍBA EM QUADRINHOS

Se há alguns meses atrás já ficamos empolgados com o lançamento do álbum comemorativo dos 35 anos de Itabira, personagem de História-em-Quadrinho criado pelo professor Emilson Ponce Leon Ribeiro (roteiro) e seu filho Emir Ribeiro (desenho), agora a alegria é redobrado com a chegada da 2ª. edição da História da Paraíba em Quadrinhos, sendo que a primeira edição foi lançada originalmente em meados da década de 80 do século XX, pela mesma dupla de autores. Uma edição primorosa (23 cm x 16 cm) com capa couchê colorida, lombada quadrada e 128 páginas p&b alternando HQs com textos explicativos sobre todo o processo histórico da criação e da fundação do estado da Paraíba, desde as capitanias hereditárias mostrando as durezas da colonização civilizatória, a luta entre portugueses e tabajaras versus franceses e potiguaras, as invasões holandesas, as conturbações e mudanças no Império e na República, até os nossos dias. O trabalho de Emir Ribeiro já nos é muito conhecido e demais apreciado, e estou me tornando igualmente fã do trabalho de seu pai, o professor Emilson. Além de se mostrar um historiador muito honesto e competente, o homem escreve bem pra caramba! Além do didatismo necessário para uma narração deste tipo, o álbum funciona da mesma forma como entretenimento de qualidade, como devem ser as HQs. Depois de terem lido esta nota vocês devem estar pensando “puxa, um livro tão importante quanto este deve ter sido editado com os incentivos governamentais, para ser distribuído em escolas, etc”. Ledo engano, amigos (mas nenhuma surpresa para quem acompanha as notícias). Mas também, quem mandou os autores não citarem Marx nem Gramsci, não incluírem música funk ou rap, e ainda por cima mostrar nativos brasileiros assaltando, saqueando, assassinando colonos e incendiando suas vilas? É que a preocupação dos autores foi mesmo com a História, apresentando seus protagonistas tais como foram, ou seja, homens de todas as etnias com suas virtudes e defeitos. E sorte nossa que os Ribeiro são trabalhadores valorosos e podem, com recursos próprios, brindar os leitores com mais este belíssimo lançamento, sem depender de esmolas públicas. emir.ribeiro@gmail.com ou emir_ribeiro@yahoo.com.br

SAIU O SEGUNDO VOLUME DOS 35 ANOS DE NOVA

E a História Da Paraíba Em Quadrinhos não é o único lançamento promovido por Emir Ribeiro nos dias que seguem: acaba de sair o segundo volume comemorando os 35 anos da personagem Nova, a ruiva cibernética (idealizada por Emir antes do famoso seriado da Mulher Biônica, com Lindsay Wagner). Neste álbum comemorativo (23 cm x 16 cm) com 64 páginas p&b, capa colorida em couchê, Emir reapresenta duas aventuras da sensual andróide publicadas anteriormente pela Press Editorial e pela Icea, na antológica Guerreiros de Jobah. Completa o álbum uma novela literária ilustrada por craques do traço como Paulo Nery e Gabriel “Lagarto Negro” Rocha – além da reprodução de tiras em Quadrinhos produzidas pelo próprio Emir, quando publicadas nos jornais paraibanos na década de 70 do século passado. Ah, também Lorde “Penitente” Lobo colaborou, criando um novo logotipo para a anti-heroína. emir.ribeiro@gmail.com ou emir_ribeiro@yahoo.com.br

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

JÚPITER 2 LANÇA SEGUNDO NÚMERO DE CHICO SPENCER

Saiu pela Júpiter II o segundo número de Chico Spencer (28 páginas p&b) apresentando mais uma história deste novo personagem de HQ que agradou a muitos que leram o primeiro número. Estão de volta mais uma vez José Salles (roteiro) e Emmanuel Thomaz (desenhos, incluindo a capa) mostrando que o corpulento detetive teve uma adolescência meio infeliz, mas amadureceu e hoje sabe como deve agir e a quem ajudar. smeditora@yahoo.com.br

CADA VEZ MELHOR O FANZINE DO HOMEM CAMALEÃO

Recebo do colega e amigo Riccelle Sullivan Suád o décimo número do fanzine do Homem-Camaleão – título que ele e os parceiros vêm mantendo numa regularidade impressionante, em se tratando de publicações independentes. Mais 24 páginas p&b (capa colorida – excelente trabalho de Lunio S. Freitas), apresentando a HQ “Primeiro Contato” – na verdade uma HQ a quatro mãos: as oito primeiras páginas desenhadas por Well Jun, e as dez restantes desenhadas por Suád. O que mais me chamou a atenção neste número foi o fato do jovem Sawane (a identidade secreta do herói) ter se esquecido da mochila com o uniforme do Homem-Camaleão na biblioteca da escola e quando retorna para buscá-la, havia sumido! Isso na certa ainda vai trazer aborrecimentos ao nosso rapaz. Mas havia uma emergência e ele improvisa um uniforme muito bacana para agir. E o “gancho” para o próximo número é promissor: Sawane/Homem-Lagarto-de-uniforme-improvisado tromba com um vilão parrudo chamado Crocodilo, cínico, feioso de chifres na cabeça mas vestindo um terno preto impecável! Visitem o blog www.homemcamaleao.blogspot.com e saibam mais sobre este personagem que vem ganhando espaço graças ao talento e a perseverança dos envolvidos, e conheça a respeito do projeto Novo Sistema. (JS)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CONVERSA COM O EDITOR

TENTANDO DESVENDAR OS ANÔNIMOS


E a população do Brasil dá mostras, a cada dia que passa, de que os dias de dominação petista estão chegando ao fim (a não ser é claro que, assim que perderem o poder, queiram retomá-lo à força). Os protestos contra as intermináveis falcatruas petistas-comunistas vão ganhando entusiasmo. Os blogs internéticos mais acessados e lidos são aqueles dos jornalistas mais combativos, exemplo óbvio é o de Reinaldo Azevedo: o cara quase nunca aparece nem na tv nem nos jornais nem revistas, nem mesmo é ouvido em estações de rádio, e que mesmo assim tornou-se nacionalmente conhecido através de seu blog na internet, com milhões de visitantes e seguidores (os livros impressos vieram só depois de muitíssimas postagens). Outro grande inimigo do petismo que também atua na internet talvez seja aquele mais letal para as intenções rapinantes comuno-pt. Aquele que pode ser mesmo considerado como o maior inimigo do petismo – inimigo sendo por enquanto um tanto subestimado, especialmente entre aqueles não muito informados das atualidades. Amigos e amigas, não sei quanto a vocês, mas um fato que muitíssimo me impressionou e ainda vem me impressionando muito este ano, diz respeito a atuação do grupo Anonymous (que serão chamados Anônimos até o fim desta crônica, ok?). Primeiro foi aquele cyber-ataque em massa aos sítios internéticos das corruptas administrações governamentais. E então, a partir do dia 7 de setembro próximo passado, promoveram manifestações populares sem participação de partidos políticos, nem une nem cut. Dezenas de milhares de pessoas, a grande maioria de participantes jovens e muito jovens. E no dia 12 de outubro (com mais uma série de descalabros político-administrativos no meio-tempo), novas manifestações com as mesmas características.


Quase nada sobre as manifestações de rua foi noticiado pela grande mídia, e creio que nem mesmo nas tvs fechadas. Quando o foram, aconteceu de modo depreciativo. Desta forma vem reagindo a canalha petista-comunista contra os Anônimos, que vem sendo ridicularizados, menosprezados e debochados pelos governistas e aliados. Uma das “acusações” é que se trata, vejam só, de “filhinhos-de-papai”. Pode até ser que boa parte dos manifestantes advenham de famílias financeiramente sólidas, mas certamente há pessoas de várias classes sociais nestas manifestações. A propósito, esta é a tática petista que já passou do limite, já encheu o saco até não poder mais: inspirados pela malfeitor-mor sr. Lula da Silva, vivem provocando discórdias entre brasileiros pobres e ricos, brancos e negros, sulistas e nortistas, “nazistas” (aqueles que deles discordam) e “bonzinhos” (como os próprios petistas e comunistas se exaltam). Por mais de oito anos o sr. da Silva vem dividindo os brasileiros, vociferando discursos virulentos provocando ódio e desavença entre seu próprio povo. Com seus pronunciamentos agressivos e inconseqüentes, atua contra a união dos brasileiros! Nunca um governante brasileiro se portou de modo tão gritantemente anti-cristão! Que nódoa lamentável para nossa Pátria, esses anos de governo petista! Quantos golpes traiçoeiros vêm sofrendo a Pátria do Evangelho! Creio firmemente no triunfo da História, e num futuro breve esses dias de comuno-petismo no governo do Brasil serão muito mais rejeitados e abominados do que hoje o são os governos militares! A prepotência e arrogância petista-comunista os levam também a desprezar com sarcasmo os Anônimos. Por incrível que pareça, o único petista que deu uma declaração razoável foi o ministro Mercadante, convidando os Anônimos para trabalharem para o governo. O sr. Mercadante, que durante os anos 90 era chamado de “uma anta” mesmo por seus assessores mais próximos (escutei isso diretamente de um deles, gente...), parece que foi um dos poucos petistas que percebeu o perigo que representam os Anônimos para a supremacia vermelha (seu convite foi quase uma confissão do ditado “se não der para vencê-los, juntemo-nos a eles”).


De qualquer forma, a respeito dos Anônimos, eu penso muito diferente do que pensa a maioria petista-comunista. Mais impressionante ainda do que a intrusão em massa dos sítios das entidades governamentais corruptas (tango down!), foram as mensagens em vídeo espalhadas na internet logo após. Mensagens diretas, decididas, ousadas, desafiadoras, demonstrando muita inteligência, cultura e perspicácia por parte de seus criadores e organizadores. Como os Anônimos quase não aparecem na grande mídia, quem não acompanha notícias pela internet fica pensando se tratar de atuação de “desordeiros”. Mas quem acompanhou e acompanha os fatos, deve estar tão impressionado quanto eu. O ator Carlos Vereza, em seu blog, também já denotou sua admiração pelos Anônimos. Eu e ele achamos que o aparecimento desse grupo vai mudar a História da humanidade. É mais uma convicção do que um palpite, mas tanto uma quanto outro podem falhar. Aguardemos os fatos.


Se demonstro até aqui minha admiração a respeito dos Anônimos, enquanto vou acompanhando as notícias (especialmente os vídeos-mensagens na internet), vou tentando formular opiniões. Ou, melhor dizendo: formulando questões. A primeira, e mais óbvia: quem são esses jovens que formam e organizam os Anônimos? Parcialmente respondida: são jovens mesmo, vamos dizer, entre 13 e 25 anos. E, como não poderia deixar de ser, influenciados pela cultura pop, como vêm sendo influenciadas as gerações desde os anos 50 do século passado. Observando atentamente os vídeos, pude captar duas influências: o rock agressivo e odiento (como Rage Against The Machine, System Of Down e quejandos), e Alan Moore. Alan Moore é um roteirista de História-em-Quadrinho que divulga os piores sentimentos da humanidade: satanismo, loucura psicótica, perversões sexuais, niilismo. Os Anônimos adoram aparecer nos vídeos com a máscara teatral da HQ V de Vingança. Me desculpem, mas li esta obra somente na ocasião de seu lançamento (anos 80 do século passado), achei uma chatice insuportável e nunca mais quis saber. Quase desapareceu de minha memória. Também não fui ver o filme (este sim parece ter impressionado mais aos jovens Anônimos, do que os quadrinhos). Menos mal que tenham escolhido como símbolo o mascarado do V de Vingança, do que um daqueles neuróticos idiotas de wathcmen!


A presença de Moore e daqueles roqueiros cretinos influenciando os Anônimos engatou em meu cérebro a segunda questão: será que estarão a favor ou contra mim? Estamos juntos contra o petismo-comunismo, é certo. Mas Alan Moore... olha, antes que soem na minha direção os brados de “hipócrita”, devo confessar sim a quem ainda está suportando ler isso aqui, que sou, no mínimo, um cúmplice do modorrento escritor inglês, pois eu também, assim como ele, escrevi coisas abomináveis, chafurdando no mesmo universo descrito por ele, fazendo apologia das mesmas idiotices. Mas felizmente deixei isso de lado e escolhi outro caminho, a antítese daquilo, ou seja, o exercício do Cristianismo. Moore permanece onde sempre esteve, eis a diferença.


Os vídeos a que assisti pela internet, apresentando imagens, momentos e entrevistas durante as manifestações de rua nos dias 7 de setembro e 12 de outubro parecem, felizmente, muito longe do niilismo boçal propagado por Alan Moore (muito apropriadamente apelidado de “Alan múúúú” por alguns colegas meus). O que vi foram imagens de jovens de fisionomia resplandecente, ativos, decididos. E mais importante, organizados e pacíficos. Desta feita, observando os vídeos, me senti muito próximo aos Anônimos. Em 1992 eu morava na capital paulista, cursava História e mergulhei de cabeça nas manifestações contra o governo Collor de Mello (um cordeirinho, se comparado a atual rapinagem petista – não me admira que o sr. Collor de Mello tenha de fato se transformado num cordeirinho político, aliado subserviente ao pt). A internet só iria começar a se popularizar dali uns anos, e o que motivou as grandes passeatas naquela ocasião, foi mesmo a indignação popular. Já havia ocorrido algumas manifestações espontâneas quando veio o seriado Anos Rebeldes pela Rede Globo, o que aumentou estrondosamente a adesão popular nas passeatas. Eu tinha 25 anos e me sentia meio que um “tiozão”, pois a grande maioria dos caras-pintada era realmente composta pelos muito jovens. E pára por aí mesmo a semelhança dos caras-pintada com o movimento dos Anônimos. As diferenças são abissais. Os jovens que hoje formam os Anônimos cresceram com a agilização, massificação e apuro tecnológico da internet (eu só fui descobrir internet uns dez anos depois das passeatas pelo impeachment). Entre os caras-pintada, só uma minoria estava lá por intenções sinceramente políticas. Era fácil perceber que grande parte dos jovens estava ali a fim de curtição, de diversão – e não era raro encontrar festivos grupos embalados por cerveja, destilados vagabundos e maconha. Eu andava no meio daquela multidão juvenil, ciente da imensa alienação, presenciando meu último suspiro esquerdista... felizmente esta atual geração de jovens, ao menos parte significativa e crescente dela, começa a adotar uma postura de aversão às drogas & alcoolismo (exultemos, gente! Está chegando ao fim o domínio cultural da chiclete com banana!). Outra diferença eloqüente entre os caras-pintada de antanho e os Anônimos de hoje, é que os antecessores se deixaram manipular pelos políticos mais chinfrins do mundo; os Anônimos não permitiram nem que o psol chegasse lá com suas bandeiras vermelhas. De certa forma, os Anômimos estão proporcionando manifestações com as quais eu sonhava, na época em que caminhava entre os festivos caras-pintada.


Não é pra menos que os Anônimos vêm causando comoção, dividindo as opiniões das pessoas. Eu mesmo me sinto muito dividido, defensor que sou da civilização Cristã e do Estado de Direito, mas que fiquei fascinado com aquele ataque cibernético, juridicamente ilegal – mas penso que me alegrei pelo fato de terem sido alvo os meus inimigos, e pensando assim vergonhosamente me distancio das lições de Jesus (e mostra como ainda estou longe do caminho de santidade). Se me permitem um pequeno devaneio profético, penso que em poucos anos– talvez até antes do que esperemos – os Anônimos vão estar governando o Brasil e o mundo (pois se trata de um movimento internacional, com expressiva manifestação aqui entre nós). Certamente, com todos os defeitos que tiverem, não serão ruins como os petistas. Mas uma frase marcante, repetida constantemente nos vídeos das redes sociais, continua martelando minha cabeça, me levando a perguntar-me constantemente: os Anôminos são meus aliados? As imagens das passeatas me deixaram ótima e feliz impressão. Mas a tal frase, demonstração de ousadia, e que já se transformou numa assinatura dos Anônimos, costuma repetir “nós somos legião. Nós não esquecemos. Nós não perdoamos.” “Legião” é o nome com o qual se designa a reunião de mil ou dois mil demônios, conforme algumas interpretações teológicas das Escrituras. “Nós somos chamados legião, porque somos muitos!” pode ser lido no episódio do endemoninhado geraseno, narrado pelos evangelistas Mateus, Marcos e Lucas. E a recusa de perdão é um dos maiores pecados diante de Deus e de Jesus, como atestam diversas passagens bíblicas. “Se teu irmão tem alguma coisa contra você, procure se reconciliar enquanto ainda estiverem a caminho do tribunal”; e “ao contrário do que diz o mundo, amai e orai por vossos inimigos”, são as lições mais conhecidas (estou citando de memória, ok?). A resposta da pergunta a qual constantemente me faço (serei aliado ou inimigo dos Anônimos?) por enquanto só tem resposta parcial: depende dos Anônimos. É isso mesmo. Depende da escolha que fizerem, especialmente quando eles estiverem no poder. Se vão ficar ao lado de Alan Moore, ou de Jesus Cristo... Se escolherem o primeiro, não tenho a menor chance, não quero fazer parte de uma legião que não perdoa; na segunda hipótese, estaremos juntos, até a Vida Eterna! (JS)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

JOSÉ MENEZES DE VOLTA NO 4o. NÚMERO DE HISTÓRIAS SAGRADAS

No quarto número de HISTÓRIAS SAGRADAS com o selo Júpiter II temos mais 28 páginas p&b apresentando 6 Histórias-em-Quadrinhos adaptadas para narrar algumas passagens dos textos bíblicos, em destaque o Novo Testamento e episódios como A Profecia de Simeão, A Pregação de João Batista e O Cego Bartimeu. A exemplo do que aconteceu nos dois primeiros números desta série, os autores são José Salles (adaptando o texto) e José Menezes, o veterano artista da HQB mostrando toda sua categoria nos desenhos (como por exemplo na capa que vocês puderam conferir). smeditora@yahoo.com.br

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

CALAFRIO DE RODOLFO ZALLA ESTÁ DE VOLTA!!!

A revista Calafrio, que, juntamente com Mestres do Terror, ambas editadas pelos estúdios D’Arte de Rodolfo Zalla, circularam por mais de uma década apresentando grandes autores dos Quadrinhos brasileiros produzindo histórias de terror e suspense, e arrebatando toda uma geração de fãs! E estes fãs, somados a novos outros, podem festejar a truinfal volta de Calafrio em edição caprichada, ainda melhor do que teve durante sua longa duração nas bancas: formato 28 cm x 21 cm, capa cartonada e 48 páginas em preto & branco e tons de cinza. Do alto de seus sublimes 80 anos de idade, é o próprio Zalla quem está a frente deste projeto, com a colaboração de Wagner Augusto do Clube dos Quadrinhos (CLUQ). Na capa aparece o número 53, retomando a numeração de onde havia parado em 1993. E temos seis HQs de excelente qualidade, apresentando colaboradores da antiga fase e outros novos e talentosos autores. Como não apreciar uma revistona como esta, com colaborações de artistas tais como do mestre Zalla, do saudoso Eugênio Colonnese, de Rubens Cordeiro, Sidemar de Castro, Luís Meri? Como se não bastasse, para ser realmente fiel à antiga série, Calafrio apresenta artigo de Luiz Antônio Sampaio, o grande historiador dos comics, numa explanação completa sobre o Agente Secreto X-9 e sua formidável galeria de autores. Pode ser encontrado em lojas especializadas (cada vez menos delas no Brasil, sucumbindo que estão ao triste processo de elitização das HQs, que elas mesmas promoveram ao longo de décadas) ou podem pedir no e-mail do CLUQ, cluq@terra.com.br

SAIU O 9o. NÚMERO DO HOMEM-CAMELEÃO

Ilustrador e editor Riccelle Sullivan Suád lança mais um número do fanzine com seu personagem Homem-Camaleão (formatinho, tamanho ½ A4, 20 páginas, capa colorida por Lunyo Souza Freitas). A história deste número é chamada “O Assassino Autômato”, escrita e ilustrada por Suád, onde vemos o Homem-Camaleão e Smoke enfrentando um andróide gigantesco. Além de seu projeto com o Homem-Camaleão, sendo lançado regularmente em fanzines, Suád vem relançando as HQs de outro de seus perosnagens, o Átomo (em fanzine que já está no terceiro número). Como se não bastasse, o intrépido maranhense vem comandando um interessante projeto abrangendo outros autores & personagens – procurem no orkut pela comunidade Novo Sistema. E não deixem de visitar o blog do Homem-Camaleão: www.homemcamaleao.blogspot.com


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ICFIRE CHEGA A 80a. EDIÇÃO!!!

Icfire, personagem de História-em-Quadrinho criado por Chagas Lima, chega em sua 80ª. edição. Não, não, vocês não se enganaram nem leram errado: octagésima edição! E esta chega caprichada como as anteriores, no fomatinho (21 cm x 15 cm), capa colorida em papel couchê com 32 páginas em p&b apresentando a HQ “Voar” (escrita e ilustrada por Lima) com mais um capítulo da revonada origem do herói, que carrega consigo o poder do fogo e do gelo no combate contra o mal. De quebra, reprodução de algumas capas de gibis anteriores, e a indefectível sessão de cartas. Agora, cá pra nós, não é mesmo impressionante uma longevidade dessa magnitude, em se tratando de personagem brasileiro dos Quadrinhos, em se tratando de produção independente? Pois fiquem sabendo que o feito é ainda maior do que parece, pois Chagas Lima é diretor de escola (um ofício que, como vocês sabem, é praticamente tempo integral) e produz HQs em seus momentos de “folga”! Ah, quase ia me esquecendo, ele é pai de família com dois filhos! E ainda assim consegue manter regularidade nos lançamentos do Icfire! Um fenômeno! Se eu fosse organizador do troféu HQ mix (“o ‘oscar’ dos Quadrinhos brasileiros”, ó céus...) eu parava de ficar premiando toda hora alan múúú, nil gosma, franque milho, angeli e laerte, e dava uns 20 troféus para Chagas Lima e Icfire! Mas Chagas Lima não mora no eixo Rio-SP (é de Natal, RN) e felizmente não precisa daqueles chatos para criar gibis. icfire.clima@gmail.comicfirehq.blogspot.com

CARTUNISTA MÁRCIO BARALDI TEM DOIS LANÇAMENTOS

O conehcido e premiado cartunista Márcio Baraldi tem mais dois álbuns lançados publicando coletâneas com seus personagens: Rap Dez (personagem rapper publicado na revista Viração) e Vapt & Vaput (já publicados em diversas edições voltadas a doutrina espírita). Ambos os álbuns em luxuoso acabamento gráfico (formato 21 cm x 28 cm, capa couchê plastificada, 50 páginas coloridas). www.marciobaraldi.com.br


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

SAIU O 2o. NÚMERO DE REAÇÃO, O SUPER-HERÓI REACIONÁRIO - A AINDA MAIS REACIONÁRIO DO QUE ANTES!

Júpiter II lança o segundo número de Reação, o super-herói reacionário, 28 páginas formatinho em p&b apresentando duas aventuras com o jovem herói, histórias escritas por José Salles e ilustradas por William Cabral (que desenhou também a capa complementada por Wellington ‘Vulto’ Santos). E Reação volta ainda mais reacionário: continua anticomunista, apoia a Polícia Militar, prefere música erudita a música popular e defende os valores cristãos – e ainda por cima católico! Um personagem de História-em-Quadrinho que não teria mesmo a menor chance no atual mercado editorial brasileiro (e mundial) de Quadrinhos. Mas vocês iriam se surpreender: centenas de exemplares do primeiro número de Reação foram distribuídos em eventos promocionais e/ou beneficente diversos, e a aceitação entre aqueles que o leem é a melhor possível! Especialmente entre os mais jovens. Claro que são jovens que não tem acesso as caríssimas edições do atual mercado editorial brasileiro de HQ, o que não quer dizer que não gostem das “tralhas” que nós da Júpiter II lançamos. As cartas que recebi de jovens fãs – e mais ainda, as cartas que recebo dos pais desses jovenzinhos, elogiando-nos pelo conteúdo dos nossos gibis, é o que me faz insistir com o Reação. smeditora@yahoo.com.br

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

ESTÚDIO INKBLOOD LANÇA REVISTA DE TERROR

O estúdio InkBlood Comics capitaneado por Fábio Chibilski (responsável pelo relançamento do caubói dos Quadrinhos Chet, de Wilde Portela), lança nova edição agora dedicada ao gênero terror & ficção: Necronomicomics Terror & Ficção n.1, formatinho (20cm x 14 cm), capa couchê colorida (por William Soares) com 52 páginas p&b apresentando ótimas HQs e textos. Começa com “O Despertar da Besta” (roteiro de Fábio Chibilski e arte de Thiago Santos, com arte final do prórprio Chibilski) apresentando a origem do personagem Anubis Warrior, onde o espírito do deus egípicio Anubis escolhe um arqueólogo cínico para transformá-lo num guerreiro na batalha contra as forças do mal na Terra. História muito bem narrada e muitíssimo bem desenhada, que deixará a todos nós ansiosos pela continuação. Outras duas HQs presentes nesta publicação: “Estranho Passageiro” (escrita por Chibilski e ilustrada por Elton Dias) aventura de ficção fantástica reunindo influências da obra do desenhista Moebius bem como de cineastas como Ridley Scott e George Romero; e também temos “O Guardião do Portal”, escrita por Leo Weber e ilustrada por Deivis Goetten e Cidglei Vantroba. A fronteira México-EUA, nós sabemos, é palco de invasões clandestinas e crimes diversos, mas nada tão apavorante como o relatado aqui. E para completar temos os textos, ótimos artigos sobre HQs: a sessão “Relembrado” sobre a obra do grande mestre dos Quadrinhos Edmundo Rodrigues (assinado por Leo Weber) e outro artigo, agora assinado por Paulo Castilho, comentando The Tomb of Dracula, a versão do vampiro por Marv Wolfman e Gene Colan para a Marvel Comics. E desta forma o estúdio InkBlood vai se firmando como um dos melhores dos Quadrinhos brasileiros da atualidade. (JS) www.inkbloodcomics.cominkbloodcomics@gmail.com



terça-feira, 2 de agosto de 2011

HOMEM LUA É O DESTAQUE NA 13a. EDIÇÃO DO RAIO NEGRO

Assim como aconteceu no número anterior, nesta edição de Raio Negro Super-Herói o destaque é o Homem Lua, sendo reapresentada sua primeira aventura, que foi lançada originalmente em Raio Negro Super-Herói n.1 pela Gráfica & Editora Penteado (GEP) por volta de 1965 ou 1966. De acordo com depoimento do próprio autor Gedeone Malagola numa entrevista a Worney Almeida de Souza publicada na revista Mestres do Terror n.38 (de 1986) da Editora D’Arte de Rodolfo Zalla (e confirmado por Gedeone no fanzine comemorativo dos 40 anos do Raio Negro, lançado em 2004), a intenção ao criar a história da origem do Homem Lua era para dar início a um gibi próprio deste personagem, conforme havia lhe pedido o diretor artístico da GEP na ocasião, Jayme Cortez. Acontece que o grande capista não gostou do Homem Lua, e pediu a Gedeone que criasse rapidamente algum outro herói, e para isso repassou-lhe alguns comics dos revitalizados personagens da DC Comics, The Flash e Green Lantern da Era de Prata. Daí Gedeone criou rapidamente o Raio Negro (mais especificamente, a história republicada no número 11 da coleção da Júpiter II). Hoje em dia é fácil apontar o dedo e acusar os artistas brasileiros do passado de “plagiadores”, como repetem constantemente os furiosos e rancorosos inimigos da HQ brasileira, espalhados pela internet. Mas penso que tudo deve ser analisado com mente e coração voltados para o passado, com as características e necessidades do mercado editorial da época, muito mais dinâmico e diversificado, produção muito mais intensa, quando era senso comum imitar os personagens estadunidenses dos comics, que eram os mais vendidos nas bancas. Por isso a vilã que o Raio Negro enfrenta na aventura desta edição, não é lá muito original, também. A propósito, não consegui descobrir em qual número do Raio Negro da GEP esta história foi publicada, o certo é que foi republicada na edição especial lançada pela Editora Grafipar, por volta de 1982. A capa que vocês viram acima é do maranhense Zílson "Zeck" Costa, o intrépido autor do Homem-Caveira. (JS) smeditora@yahoo.com.br

terça-feira, 19 de julho de 2011

SAIU O 4a. NÚMERO DA TURMA DO GABI

Acaba de sair o 4ª. número da Turma do Gabi com o selo Júpiter II em parceria com o Estúdio Moacir Torres, mais 24 páginas em tons de cinza com Gabi, Bacana, Fred, Lorenço, Geninha, os personagens que vem encantando a garotada que lê os nossos gibis. HQs produzidas por Moacir Torres e Júlio Maga. Entretenimento de qualidade. smeditora@yahoo.com.br - estudioemt@gmail.com

BENJAMIN PEPPE E A LEI DA GRAVIDADE

sexta-feira, 8 de julho de 2011

RODOLFO ZALLA DE VOLTA EM BLENQ n.4

A chamada na capa do quarto número de Blenq (criado por Rod Gonzalez) informa que “O Lobisomem de Sepé está de volta”, referência a aventura publicada no segundo número. De fato, o nosso Blenq sente remorso por ter mandado o lobisomem para Londres, onde o monstrengo continua fazendo suas vítimas. De modo que ele e o parceirão Luan vão voando até Londres tentar deter o bicho de uma vez por todos. Se o lobisomem está de volta, de volta também está mestre Rodolfo Zalla, ilustrando esta HQ, sequencia daquela publicada no número 2, também desenhada por ele – sempre com roteiros do criador do personagem, Rod Gonzalez. A propósito, os fãs dos gibis da Júpiter II em São Paulo capital podem “trombar” com nosso bom Rod nalguma esquina da grande cidade, vendendo os gibis. Quem disse que o Celton não teria seus seguidores? Pela itnernet podem pedir para mim, que mando pelos correios onde quer que exista alguma agência. smeditora@yahoo.com.br

ALMANAQUE METEORO MELHOR A CADA EDIÇÃO!!!

Chegando com tudo o terceiro número do Almanaque Meteoro através do selo Guedes Manifesto, do editor, historiador e roteirista dos comics Roberto Guedes. Mais 58 páginas muitíssimo bem aproveitadas, sem falar na capa apresentando arte do experiente e talentoso Sebastião Seabra (colorizada por Zé Borba). Depois do editorial sempre entusiasmante, e rica sessão de cartas, a primeira HQ do Almanaque, como não poderia deixar de ser, é do personagem-título, o renovado Meteoro em “Doce Beijo, Amarga Decepção” (escrita por Guedes, lápis de Cláudio Vieira e nanquim de Emir Ribeiro). Desta feita, o jovem Roger Mandari é obrigado a enfrentar um grupo de roqueiros (lideradas por uma linda roqueira mascarada) que na verdade são estranhos seres de uma misteriosa comunidade com pretensões de dominar a humanidade. A propósito, o título desta aventura não poderia ser mais apropriado: o “doce beijo” (que aparece logo na capa) é na verdade é um truque de dominação da vilã; e a tal “amarga decepção” vem logo depois do beijo: o ciúme de Laura Lopez, paquerinha de Roger Meteoro. A edição apresenta mais quatro HQs: retorna Zan-Garr da Valákia em “O Templo da Morte” (escrita por Guedes e ilustrada pelo ótimo Fábio Cerqueira), excelente aventura no estilo espada & bruxaria, onde Zan enfrenta a maléfica Lilith, e para combatê-la vai contar com a ajuda de um menino iluminado e muuuuuito especial; “Jonni Star” é uma grande surpresa, uma personagem criada pelo estadunidense John G. Pierce que apareceu em publicações independentes nas terras do Tio Sam, e agora estréia em páginas brazucas e ainda com arte do nosso Emir Ribeiro (e será inevitável a lembrança da Velta, mesmo porque Jonni Star é uma loira bonita); comprovando o ecletismo da publicação, uma aventura curta de faroeste com nosso conhecido Chet de Wilde Portela, escrita por Wilde e ilustrada por A-Lima. E por fim, mas não finalmente, temos “Zax, O Meteoro Humano”, escrita por Guedes com arte de Marcelo Borba – na verdade, trata-se de uma ótima sacada de Roberto Guedes, mostrando uma história que teria sido desenhada pelo próprio Roger Mandari, apresentando um personagem evidentemente baseado no Meteoro, e resgatando elementos dos primórdios do herói – tal como o fato de herói se chamar Ric Marinetti, que era o nome que o Meteoro possuía antes do lançamento do Almanaque Meteoro 1, onde começou a renovação (a propósito, vocês sabem que a Júpiter II já editou dois números do Meteoro Comics, apresentando antigas aventuras do personagem – incluindo a primeiríssima aventura do jovem herói). Além das HQs, esta terceira edição do Almanaque Meteoro apresenta duas ótimas entrevistas: com o roteirista Steve Englehart e melhor ainda, com Primaggio Mantovi, o ítalo-brasileiro cuja trajetória nos comics se confunde com a própria História do mercado editorial brasileiro. E não poderia faltar a sempre esperada coluna “Giro de Mercado”, por Gérson Fasano, abordando raridades dos Quadrinhos, desta feita sobre os gibis do Speed Racer lançados pela Editora Abril nas décadas passadas. Como diria o editor e amigo Roberto Guedes: “Manifesta, Exulta e Vai”! E eu completo: não percam de jeito nenhum! guedesbook@gmail.com

quinta-feira, 23 de junho de 2011

SEGUNDO DIA DO GIBI GRÁTIS DE JAÚ/SP

amigos, amigas, quem já leu a crônica abaixo se lembra que eu disse ter esquecido de carregar a bateria da máquina fotográfica, por isso não daria para mostrar fotos do evento, o Segundo Dia do Gibi Grátis de Jaú. Acontece que a coordenadora do Escola da Família, sra. Beatriz, mui atentamente e mais gentil ainda, não só registrou fotos do evento mas como gentilmente mas enviou pelos correios. Confiram:


da esquerda para a direita: as amigas Aparecida e Márcia, eu e a coordenadora sra. Beatriz.


uma tarde diferente para os jovens daquele bairro!



esse meninão aí escolheu bem, vai ficar conhecendo três ícones entre os personagens brasileiros dos Quadrinhos!



a intenção principal foi atingida: melhor divulgação dos nossos gibis, dos nossos personagens!