sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CONVERSA COM O EDITOR

TENTANDO DESVENDAR OS ANÔNIMOS


E a população do Brasil dá mostras, a cada dia que passa, de que os dias de dominação petista estão chegando ao fim (a não ser é claro que, assim que perderem o poder, queiram retomá-lo à força). Os protestos contra as intermináveis falcatruas petistas-comunistas vão ganhando entusiasmo. Os blogs internéticos mais acessados e lidos são aqueles dos jornalistas mais combativos, exemplo óbvio é o de Reinaldo Azevedo: o cara quase nunca aparece nem na tv nem nos jornais nem revistas, nem mesmo é ouvido em estações de rádio, e que mesmo assim tornou-se nacionalmente conhecido através de seu blog na internet, com milhões de visitantes e seguidores (os livros impressos vieram só depois de muitíssimas postagens). Outro grande inimigo do petismo que também atua na internet talvez seja aquele mais letal para as intenções rapinantes comuno-pt. Aquele que pode ser mesmo considerado como o maior inimigo do petismo – inimigo sendo por enquanto um tanto subestimado, especialmente entre aqueles não muito informados das atualidades. Amigos e amigas, não sei quanto a vocês, mas um fato que muitíssimo me impressionou e ainda vem me impressionando muito este ano, diz respeito a atuação do grupo Anonymous (que serão chamados Anônimos até o fim desta crônica, ok?). Primeiro foi aquele cyber-ataque em massa aos sítios internéticos das corruptas administrações governamentais. E então, a partir do dia 7 de setembro próximo passado, promoveram manifestações populares sem participação de partidos políticos, nem une nem cut. Dezenas de milhares de pessoas, a grande maioria de participantes jovens e muito jovens. E no dia 12 de outubro (com mais uma série de descalabros político-administrativos no meio-tempo), novas manifestações com as mesmas características.


Quase nada sobre as manifestações de rua foi noticiado pela grande mídia, e creio que nem mesmo nas tvs fechadas. Quando o foram, aconteceu de modo depreciativo. Desta forma vem reagindo a canalha petista-comunista contra os Anônimos, que vem sendo ridicularizados, menosprezados e debochados pelos governistas e aliados. Uma das “acusações” é que se trata, vejam só, de “filhinhos-de-papai”. Pode até ser que boa parte dos manifestantes advenham de famílias financeiramente sólidas, mas certamente há pessoas de várias classes sociais nestas manifestações. A propósito, esta é a tática petista que já passou do limite, já encheu o saco até não poder mais: inspirados pela malfeitor-mor sr. Lula da Silva, vivem provocando discórdias entre brasileiros pobres e ricos, brancos e negros, sulistas e nortistas, “nazistas” (aqueles que deles discordam) e “bonzinhos” (como os próprios petistas e comunistas se exaltam). Por mais de oito anos o sr. da Silva vem dividindo os brasileiros, vociferando discursos virulentos provocando ódio e desavença entre seu próprio povo. Com seus pronunciamentos agressivos e inconseqüentes, atua contra a união dos brasileiros! Nunca um governante brasileiro se portou de modo tão gritantemente anti-cristão! Que nódoa lamentável para nossa Pátria, esses anos de governo petista! Quantos golpes traiçoeiros vêm sofrendo a Pátria do Evangelho! Creio firmemente no triunfo da História, e num futuro breve esses dias de comuno-petismo no governo do Brasil serão muito mais rejeitados e abominados do que hoje o são os governos militares! A prepotência e arrogância petista-comunista os levam também a desprezar com sarcasmo os Anônimos. Por incrível que pareça, o único petista que deu uma declaração razoável foi o ministro Mercadante, convidando os Anônimos para trabalharem para o governo. O sr. Mercadante, que durante os anos 90 era chamado de “uma anta” mesmo por seus assessores mais próximos (escutei isso diretamente de um deles, gente...), parece que foi um dos poucos petistas que percebeu o perigo que representam os Anônimos para a supremacia vermelha (seu convite foi quase uma confissão do ditado “se não der para vencê-los, juntemo-nos a eles”).


De qualquer forma, a respeito dos Anônimos, eu penso muito diferente do que pensa a maioria petista-comunista. Mais impressionante ainda do que a intrusão em massa dos sítios das entidades governamentais corruptas (tango down!), foram as mensagens em vídeo espalhadas na internet logo após. Mensagens diretas, decididas, ousadas, desafiadoras, demonstrando muita inteligência, cultura e perspicácia por parte de seus criadores e organizadores. Como os Anônimos quase não aparecem na grande mídia, quem não acompanha notícias pela internet fica pensando se tratar de atuação de “desordeiros”. Mas quem acompanhou e acompanha os fatos, deve estar tão impressionado quanto eu. O ator Carlos Vereza, em seu blog, também já denotou sua admiração pelos Anônimos. Eu e ele achamos que o aparecimento desse grupo vai mudar a História da humanidade. É mais uma convicção do que um palpite, mas tanto uma quanto outro podem falhar. Aguardemos os fatos.


Se demonstro até aqui minha admiração a respeito dos Anônimos, enquanto vou acompanhando as notícias (especialmente os vídeos-mensagens na internet), vou tentando formular opiniões. Ou, melhor dizendo: formulando questões. A primeira, e mais óbvia: quem são esses jovens que formam e organizam os Anônimos? Parcialmente respondida: são jovens mesmo, vamos dizer, entre 13 e 25 anos. E, como não poderia deixar de ser, influenciados pela cultura pop, como vêm sendo influenciadas as gerações desde os anos 50 do século passado. Observando atentamente os vídeos, pude captar duas influências: o rock agressivo e odiento (como Rage Against The Machine, System Of Down e quejandos), e Alan Moore. Alan Moore é um roteirista de História-em-Quadrinho que divulga os piores sentimentos da humanidade: satanismo, loucura psicótica, perversões sexuais, niilismo. Os Anônimos adoram aparecer nos vídeos com a máscara teatral da HQ V de Vingança. Me desculpem, mas li esta obra somente na ocasião de seu lançamento (anos 80 do século passado), achei uma chatice insuportável e nunca mais quis saber. Quase desapareceu de minha memória. Também não fui ver o filme (este sim parece ter impressionado mais aos jovens Anônimos, do que os quadrinhos). Menos mal que tenham escolhido como símbolo o mascarado do V de Vingança, do que um daqueles neuróticos idiotas de wathcmen!


A presença de Moore e daqueles roqueiros cretinos influenciando os Anônimos engatou em meu cérebro a segunda questão: será que estarão a favor ou contra mim? Estamos juntos contra o petismo-comunismo, é certo. Mas Alan Moore... olha, antes que soem na minha direção os brados de “hipócrita”, devo confessar sim a quem ainda está suportando ler isso aqui, que sou, no mínimo, um cúmplice do modorrento escritor inglês, pois eu também, assim como ele, escrevi coisas abomináveis, chafurdando no mesmo universo descrito por ele, fazendo apologia das mesmas idiotices. Mas felizmente deixei isso de lado e escolhi outro caminho, a antítese daquilo, ou seja, o exercício do Cristianismo. Moore permanece onde sempre esteve, eis a diferença.


Os vídeos a que assisti pela internet, apresentando imagens, momentos e entrevistas durante as manifestações de rua nos dias 7 de setembro e 12 de outubro parecem, felizmente, muito longe do niilismo boçal propagado por Alan Moore (muito apropriadamente apelidado de “Alan múúúú” por alguns colegas meus). O que vi foram imagens de jovens de fisionomia resplandecente, ativos, decididos. E mais importante, organizados e pacíficos. Desta feita, observando os vídeos, me senti muito próximo aos Anônimos. Em 1992 eu morava na capital paulista, cursava História e mergulhei de cabeça nas manifestações contra o governo Collor de Mello (um cordeirinho, se comparado a atual rapinagem petista – não me admira que o sr. Collor de Mello tenha de fato se transformado num cordeirinho político, aliado subserviente ao pt). A internet só iria começar a se popularizar dali uns anos, e o que motivou as grandes passeatas naquela ocasião, foi mesmo a indignação popular. Já havia ocorrido algumas manifestações espontâneas quando veio o seriado Anos Rebeldes pela Rede Globo, o que aumentou estrondosamente a adesão popular nas passeatas. Eu tinha 25 anos e me sentia meio que um “tiozão”, pois a grande maioria dos caras-pintada era realmente composta pelos muito jovens. E pára por aí mesmo a semelhança dos caras-pintada com o movimento dos Anônimos. As diferenças são abissais. Os jovens que hoje formam os Anônimos cresceram com a agilização, massificação e apuro tecnológico da internet (eu só fui descobrir internet uns dez anos depois das passeatas pelo impeachment). Entre os caras-pintada, só uma minoria estava lá por intenções sinceramente políticas. Era fácil perceber que grande parte dos jovens estava ali a fim de curtição, de diversão – e não era raro encontrar festivos grupos embalados por cerveja, destilados vagabundos e maconha. Eu andava no meio daquela multidão juvenil, ciente da imensa alienação, presenciando meu último suspiro esquerdista... felizmente esta atual geração de jovens, ao menos parte significativa e crescente dela, começa a adotar uma postura de aversão às drogas & alcoolismo (exultemos, gente! Está chegando ao fim o domínio cultural da chiclete com banana!). Outra diferença eloqüente entre os caras-pintada de antanho e os Anônimos de hoje, é que os antecessores se deixaram manipular pelos políticos mais chinfrins do mundo; os Anônimos não permitiram nem que o psol chegasse lá com suas bandeiras vermelhas. De certa forma, os Anômimos estão proporcionando manifestações com as quais eu sonhava, na época em que caminhava entre os festivos caras-pintada.


Não é pra menos que os Anônimos vêm causando comoção, dividindo as opiniões das pessoas. Eu mesmo me sinto muito dividido, defensor que sou da civilização Cristã e do Estado de Direito, mas que fiquei fascinado com aquele ataque cibernético, juridicamente ilegal – mas penso que me alegrei pelo fato de terem sido alvo os meus inimigos, e pensando assim vergonhosamente me distancio das lições de Jesus (e mostra como ainda estou longe do caminho de santidade). Se me permitem um pequeno devaneio profético, penso que em poucos anos– talvez até antes do que esperemos – os Anônimos vão estar governando o Brasil e o mundo (pois se trata de um movimento internacional, com expressiva manifestação aqui entre nós). Certamente, com todos os defeitos que tiverem, não serão ruins como os petistas. Mas uma frase marcante, repetida constantemente nos vídeos das redes sociais, continua martelando minha cabeça, me levando a perguntar-me constantemente: os Anôminos são meus aliados? As imagens das passeatas me deixaram ótima e feliz impressão. Mas a tal frase, demonstração de ousadia, e que já se transformou numa assinatura dos Anônimos, costuma repetir “nós somos legião. Nós não esquecemos. Nós não perdoamos.” “Legião” é o nome com o qual se designa a reunião de mil ou dois mil demônios, conforme algumas interpretações teológicas das Escrituras. “Nós somos chamados legião, porque somos muitos!” pode ser lido no episódio do endemoninhado geraseno, narrado pelos evangelistas Mateus, Marcos e Lucas. E a recusa de perdão é um dos maiores pecados diante de Deus e de Jesus, como atestam diversas passagens bíblicas. “Se teu irmão tem alguma coisa contra você, procure se reconciliar enquanto ainda estiverem a caminho do tribunal”; e “ao contrário do que diz o mundo, amai e orai por vossos inimigos”, são as lições mais conhecidas (estou citando de memória, ok?). A resposta da pergunta a qual constantemente me faço (serei aliado ou inimigo dos Anônimos?) por enquanto só tem resposta parcial: depende dos Anônimos. É isso mesmo. Depende da escolha que fizerem, especialmente quando eles estiverem no poder. Se vão ficar ao lado de Alan Moore, ou de Jesus Cristo... Se escolherem o primeiro, não tenho a menor chance, não quero fazer parte de uma legião que não perdoa; na segunda hipótese, estaremos juntos, até a Vida Eterna! (JS)

8 comentários:

Cruzaltino disse...

Ao lado de Alan Moore ou de Jesus Cristo?
Alan Moore é a reencarnação do anti-cristo?

Pô, pessoal!!!
A única coisa que o Alan Moore fez foi mostrar como é que se faz quadrinhos com qualidade literária (Quadrinhos + arte) ao invés dos habituais roteiros infantis sem pé-nem-cabeça que só reforçam a idéia de que quadrinhos é apenas diversão boba para crianças ou adultos com problemas mal resolvidos na infância.

Graças ao Alan Moore, adultos como eu lêem quadrinhos, pois ele mostrou que a 9ª arte pode, sim, ter a mesma qualidade de um bom romance literário.

Bem, esta é minha modesta opinião.

Um abração e parabéns por divulgar nossos artistas tupiniquins!!!

José Salles disse...

tá registrada a opinião do colega, que pelo dito "habituais roteiros infantis sem pé-nem-cabeça que só reforçam a idéia de que quadrinhos é apenas diversão boba para crianças ou adultos com problemas mal resolvidos na infância" conhece muito pouco ou quase nado do que foi feito nos Quadrinhos antes de Alan Múúúú.

José Salles disse...

"Alan Múúúú" é o anticristo"? Mas é claro que é! Qualquer um que faça apologia do satanismo, do niilismo e das perversões sexuais, tudo contrário aos ensinamentos do Cristo, é um... anti-cristo!

Vicente Cardoso disse...

Alan Moore não é o anticristo, ele é "apenas" um dos maiores roteiristas e escritores de todos os tempos. Você faz tanta questão de enxergar apenas "perversões, niilismo" e outras bobagens mas ignora, de maneira proposital e tantando fazer "polêmica", de que seus (do Moore) trabalhos já foram lidos por milhares de pessoas e considerados pela crítica MUNDIAL como exemplos do que há de mais original e moderno em se tratando de arte sequencial (ou quadrinhos, como queira).

José Salles disse...

registrada também a opinião do sr.Bk, digo, do sr. JRP num de seus incontáveis "pseudônimos", que diz detestar tudo que fazemos aqui na Júpiter II mas não consegue deixar de visitar nosso blog! Vai entender o que se passa nos corações humanos...

jupiter2hq disse...

Terá mesmo alan muuu elevado os Quadrinhos a categoria de literatura? Esta é uma afirmação que ouço constantemente, e, olhando para o passado, podemos facilmente considerá-la uma cristalina inverdade. Senão vejamos: a primeira forma de HQs como veículo de massas, se deu nas tiras dos jornais e nos primeiros comic books (primeiro em formato tablóide, como encarte dos jornais, e posteriormente vendidos de forma independente em formato diferenciado). E as tiras de jornal (especialmente as tiras de aventuras, a partir da década de 30) beberam em fonte certa: forma e temáticas são todas oriundas da literatura pulp, os livros de 10c que eram vendidos como bananas, apresentando contos ilustrados de aventura, policial, guerra, suspense, ficção científica etc., muitos deles com personagens fixos. Portanto, os Quadrinhos são uma forma de evolução da literatura pulp. E, dentre os escritores de pulp, muitos deles acabaram roteirizando tiras de jornais, caso de Leslie Charteris, Don Moore (ajudou Alex Raymond em Flash Gordon e Jim das Selvas), Philip Nowlan, e mesmo célebres autores que não escreveram diretamente para os comics, mas tiveram seus personagens indissociavelmente ligados a eles, como Edgar Rice Burroughs e Robert Howard. Também Zane Grey, o prolífico escritor estadunidense, embora tenha seu nome indevidamente ligado a tira em Quadrinhos do Rei da Polícia Montada, teve vários de seus contos e livros transformados em HQs.

jupiter2hq disse...

Já dentro das comics strips, das tiras diárias de jornais, tivemos também excelentes exemplos de roteiristas literatos, que, se não publicaram algum livro propriamente dito, mostraram tamanho talento na narrativa de suas histórias que não ficaram a dever nada a nenhum escritor de bom nível. Caso por exemplo dos parceiros Noel Sickels e Milton Caniff. Sickles mostrou que era um excelente artista e roteirista com Scorchy Smith, que infelizmente durou pouco tempo, mas deixando gigantesca influência. E sobre Caniff, que mais podemos dizer além dos vários anos que dedicou escrevendo e desenhando Terry e Os Piratas e Steve Canyon? Alguém pode negar os dotes literários deste autor, ainda uma das maiores referências na história dos comics? Há outros exemplos notáveis de literatura em Quadrinhos que podemos citar na lembrança de autores como Allen Saunders, autor de Steve Roper, Dateline Danger/Missão Perigo além da simpática velhinha Mary Worth por quatro décadas? Que tal Nicholas Dallis roteirista de Rex Morgan, Judge Parker e Apartamento 3-G? Ou Will Gould e as formidáveis tramas policiais de Red Barry? Pode-se desprezar o valor literário de Elliot Caplin em Big Ben Bolt? Ou de Ken Bald em Dr. Kildare? Fred Harman foi ou não um ótimo escritor nos quase 25 anos a frente de Red Ryder? Muitos apontam as deficiências do traço do desenho de Chester Gould em Dick Tracy, mas ninguém pode negar a formidável narrativa com que pontuou as aventuras do grande detetive durante mais de quatro décadas!, e a enorme influência que exerceu no mundo dos Quadrinhos – influência que chegou até mesmo ao célebre Nick Holmes/Rip Kirby de Alex Raymond, tão bem escrito por Ward Green e principalmente Fred Dickinson, que ajudou não somente Raymond, mas também John Prentice, após o falecimento do grande mestre dos Quadrinhos. Alex Raymond, a propósito, ilustrou os primeiros roteiros do Agente Secreto X-9 escritos por alguém que na época já era um consagrado escritor de cinco livros, Dashiell Hammet. Já o citado Phillip Nowlan autor do Buck Rogers, encontrou um colega digno de figurar entre os gigantes da ficção-científica em William Ritt, autor dos memoráveis e ainda mui criativos roteiros do Brick Bradford, ilustrados por Clarence Gray. E alguém mais pode duvidar que Will Eisner não praticou literatura em tudo que fez no Spirit do pós-II Guerra? E Hal Foster, escrevia ou não textos adequados ao monumental Príncipe Valente? E pra finalizar estes poucos exemplos, lembremo-nos do que disse o laureado escritor estadunidense John Steinbeck (As Vinhas da Ira) que, perguntando sobre quem deveria ser agraciado com o prêmio nobel da literatura, não titubeou e disse que o prêmio deveria ser entregue a Al Capp, o autor do Ferdinando/L’il Abner. E reparem que me limitei a exemplos estadunidenses; fôssemos para a Europa e encontraríamos aí mais incontáveis exemplos de roteiristas de Quadrinhos com dons literarários. Vou citar um único, muito representativo: Gian Luigi Bonelli, o célebre autor do Tex, que migrou da literatura para os Quadrinhos, campo onde trabalhou até o fim de sua vida. Opa, ouvi um sussurro: “Salles, não vá se esquecer de Hugo Pratt, que já era um artista consagrado quando alan muuu ainda era um projeto de vida nos culhões do pai dele”!

jupiter2hq disse...

Claro, todos têm o direito de apreciar ou não um autor, e sua forma de escrever. Há quem considere até mesmo Chico Buarque como autor literário..., um péssimo escritor, mas, ainda assim, um literato. Todos têm igualmente o direito de considerar a obra de alan muuuu superior a de todos estes citados. Eu pessoalmente não contrataria alan muuu nem para preencher minha agenda, mas respeito as opiniões contrárias. Mas considerar alan muuu “pioneiro da literatura nos Quadrinhos” é dose! Temos até mesmo exemplos mais recentes de roteiristas bons de literatura, mesmo no mundinho dos super-heróis marvel/dc, como Elliot Maggin, Dennis O’neil, Gerry Conway, Steve Englehart. Será que o colega Cruzaltino considera estes autores como “autores de roteiros sem pé nem cabeça, que reforçam a tese de que Quadrinhos é diversão boba para crianças ou adultos problemáticas?” Quantas generalizações, hein? Parece que até mesmo conter algum ataque velado a mim, mas não visto a carapuça. O que quis dizer é que este argumento ridículo de que “alan muuu elevou as HQs à literatura” (sic) pode funcionar nalgum fórum da panini ou no multiverso bate-boca, mas por aqui tem vida curta.