Cooperativa Júpiter II
acaba de lançar a segunda edição de Verdugo O Inacreditável, (21 cm x 15
cm, capa colorida em couchê, 22 páginas p&b) criação da brasiliense
Verônica Saiki. Desta feita, a autora reuniu quatro HQs que foram originalmente
publicadas nos fanzines que a mesma Verônica editou nos anos de 2007 a 2009,
mostrando as primeiras aparições de seus divertidos e instigantes personagens –
Verdugo, Chupeta, Silueta Ada e Eva. Este editor confessa a vocês que ficou
felicíssimo com esta edição, e explico: eu conheci os fanzines do Verdugo na ocasião em que foram
lançados, e a impressão foi tão boa e marcante que, quase cinco anos depois,
mesmo eu tendo perdido contato mais próximo com a autora, fiz convite para que
ela participasse da Júpiter II. Quando me apresentou o material fiquei
surpreso, pois tinha em mente o Verdugo
dos fanzines e não esperava a drástica mudança estética que Verônica mostrara.
Mas o talento estava lá, firme, vívido, arrojado, incrível, e com muita
satisfação lançamos o número 1 do Verdugo
pela Júpiter II no mês de fevereiro próximo passado. E com alegria redobrada
recebi da autora o recado de que, para o segundo número, ela mesma reuniria HQs
publicadas nos fanzines. Conversando com a Verônica por email, me chamou a
atenção uma de suas frases, dizendo que ela mal se reconhecia nessas HQs
antigas (nem tão antigas assim, né?). Claro que as pessoas mudam seus conceitos
e, no caso dos artistas, isso reflete nas obras de arte que elaboram. Mas a
alma, a boa índole, a dedicação, a convicção de querer passar uma boa mensagem,
nada disso Verônica perdeu, mas são sentimentos que engrandecem com a
maturidade da artista. Portanto, para quem não conheceu aqueles fanzines
maravilhosos da década passada, eis aí uma boa chance para conhecer, ao menos
pequena parte deles. E conheçam mais sobre o Verdugo e sua autora em www.verdugooinacreditavel.blogspot.com.br
(JS)
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
FANZINE QI SEGUE COM FORÇA TOTAL!!!
O editor Edgard
Guimarães parece mesmo cada vez mais empolgado com o fanzine QI,
como atestam as 32 páginas da 128ª. edição, já circulando para os interessados.
Autor da capa dramática, ele também assina diversos artigos, entre eles: na
sessão ‘Mistérios do Colecionismo’ fala sobre as publicações da Editora Versus,
que reuniu autores esquerdistas contra os governos militares – naquela ocasião
ainda era concebível autores de esquerda com aquele discurso, mas hoje, depois
de 12 anos de bandalheira petista, manter o mesmo discurso... não dá mais pra
aguentar; bem melhores são os assuntos que Ed trata nos outros artigos, como em
‘Desvendando a Alma em Matéria Pouca’, onde percebe uma incrível gafe de Bill
Waterson numa prancha dominical do Calvin;
ou a completa relação das edições do Monstro
do Pântano publicadas no Brasil – eu só acompanhei a fase pela Ebal em
formatinho, mas Guimarães apresenta amplo roteiro da trajetória do personagem
nas bancas brasileiras, apontando as lacunas editoriais de que o personagem foi
vítima. E mais um super-herói brasileiro dos Quadrinhos é retratado no QI (retratado por Marcos Fabiano Lopes e
comentado por Edgard Guimarães): o X-Man
de Eugenio Colonnese. Também Worney Almeida de Souza retorna com a coluna
‘Mantendo Contato’, abordando a Editora Nova Leitura que na década de 80
publicou mal e porcamente o clássico Os
Sobrinhos do Capitão. Olha só, e não é que o Ed me deu a honra de ter uma
de minhas modestíssimas resenhas sobre o QI neste blog, republicada nessa
edição do fanzine? Está lá na página 22, comentando o QI n.127. Há também HQs
curtas, de uma ou duas páginas – de duas páginas temos o Joe Ventania de Lincoln Nery, de página única temos dois ‘gaviões’:
O Gavião de Dennis Oliveira (que tem
outra HQ publicada, um sensível retrato de um palhaço de circo), e o outro é o Gavião Lunar, de Chagas Lima. Luís
Cláudio Faria Lopes reaparece com três divertidas tirinhas sobre o mundo da
política. O Fórum de leitores e as publicações independentes têm menos páginas
do que o habitual, mas continuam marcando espaço no QI, que encerra magistralmente com um libelo contra a pena de morte
nas palavras do Poeta Vital – é isso
aí Poeta, se não fomos nós humanos quem criamos a vida, não temos direito de
tirá-la de ninguém, muito menos de um de nossos semelhantes, e sempre há o
risco dum erro judiciário, que nesse caso seria irreparável. Ser contra a pena
de morte não quer dizer que homicidas não mereçam ficar presos, reclusos,
afastados da sociedade, proibidos de circular na ruas e de apreciar as coisas
boas da vida, mantendo contato unicamente com carcereiros e colegas de cela. E,
de preferência, trabalhando duro, diariamente, até ficar exausto! Isto porque
nós que acreditamos que o espírito é imortal, que a vida segue muito além da
carne putrefata, sabemos que o criminoso punido com a morte fica potencialmente
muito mais perigoso e nocivo quando desprendido da vestimenta carnal! Contato
com o Ed Guimarães em edgard@ita.br (JS)
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