terça-feira, 11 de agosto de 2015

DÉCIMA PRIMEIRA EDIÇÃO DE O BOM & VELHO FAROESTE É O 'CANTO DE CISNE' DA JÚPITER 2

A décima primeira edição de O Bom Velho Faroeste mais uma vez apresenta aventuras inéditas de dois dos mais brasileiros dos personagens do faroeste: Flecha Ligeira e Cavaleiro Negro (anteriormente eles já apareceram aqui http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2011/06/heroi-do-velho-oeste-e-atracao-do.html, aqui http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2013/03/flecha-ligeira-retorna-em-aventura.html e aqui http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2014/09/o-bom-velho-faroeste-apresenta-os-mais.html). Cada um com duas HQs distribuídas nas 32 páginas desta edição que é o derradeiro lançamento da cooperativa Júpiter 2 – e fico imensamente feliz que estejam aqui presentes tanto Adauto Silva (o autor da capa, relembrando o traço do grande capista da Rio Gráfica e Editora/RGE, Walmir Amaral de Oliveira – que foi, a propósito, colega de Adauto Silva na RGE nos anos 70, quando Adauto usava uma cabeleira de fazer inveja aos Rolling Stones!), quanto José Menezes, co-autor e ilustrador de todas as histórias, ele que só desenhou menos HQs do Flecha Ligeira do que o próprio Fred Meagher! Dois artistas que brilharam na inesquecível RGE, que encheu de gibis os deslumbrados jovens leitores de várias gerações – a minha incluída, só não podia prever naquela época que um dia eu viria a ser parceiro de trabalho desses dois grandes artistas dos Quadrinhos brasileiros. Os autores das histórias presentes nesta edição, sabedores da dificuldade de ser original diante de tudo que já foi produzido com estes personagens, limitaram-se a manter o que poderíamos chamar de ‘espírito’ da época em que as histórias do Cavaleiro Negro e do Flecha Ligeira eram lidas mensalmente, por centenas de milhares de leitores – brasileiros, principalmente. Quando as Histórias-em-Quadrinhos ainda não haviam sido contaminadas com a malícia da cultura underground, e posteriormente pelas perversões de Alan Moore, Neil Gaiman e cia., que acabaram por gerar uma atual geração de roteiristas abomináveis, que trataram de ferir de morte as HQs, despopularizando-as, elitizando-as de forma pedante e idolátrica, como acontece hoje com os decadentes super-heróis norte-americanos dos Quadrinhos. A Júpiter 2 foi uma tentativa de combater tudo isso, todo esse lixo moral em que se transformaram as Histórias-em-Quadrinhos. Foram ótimos esses dez anos de existência do selo smeditora, depois chamado Júpiter 2. Valeu a pena mesmo, ótimas parcerias resultando em quase duas centenas de gibis, e, pelo que já foi vendido e distribuído até hoje, cerca de 70 mil edições circulando por aí. Quem criticou ferozmente desde o começo, que faça melhor. Chegamos a incomodar, sendo objeto de escárnio de alguns ‘grandões’ da mídia como o HQ Mix e a revista Mundo dos Super-Heróis – que deveria de uma vez por todas mudar o nome para Mundos dos Super-Heróis Marvel e DC! Que ridículo ver gente com mais de 40 anos bajulando filmes ruins como esses que vem sendo feitos dos asquerosos super-heróis norte-americanos dos Quadrinhos!
Bem, mas estes assuntos já não me interessam mais. Me despeço avisando que não estarei mais atualizando o blog nem nada, se o blogger tirar do ar, tirou. Mas ainda tenho disponível a maioria dos títulos publicados ao longo dos dez anos de atividades editoriais, e vou continuar atendendo pedidos de interessados através do email smeditora@yahoo.com.br


E por enquanto é só, pessoal... (JS)

sexta-feira, 24 de julho de 2015

DUPLA JOSÉ SALLES/ADAUTO SILVA RETORNA NO DÉCIMO NÚMERO DE O BOM & VELHO FAROESTE

Os nossos leitores que apreciam a parceria entre José Salles (textos) e Adauto Silva (desenhos) nas HQs de faroeste, provavelmente sejam os que mais aguardam por este novo lançamento da Júpiter II, o décimo número de O Bom & Velho Faroeste, 32 páginas p&b apresentando a HQ ‘Os Amores de Amanda Jones’, produzida pela dupla supra-citada. Mais uma vez Adauto Silva emprestando seu talento para nossas publicações mostrando história de amor entre uma mulher e dois homens que se consideravam como irmãos. Um faroeste com pitada romântica, relembrando alguns gibis do passado como o Cowboy Romântico da Ebal. Também é mais uma vez nostálgica a coluna Os Grandes Clássicos do Western', por José Salles, relembrando o filme A Voz da Honra/ Fury At Furnace Creek, com Victor Mature (JS).

GRANDES EDITORAS BRASILEIRAS DO PASSADO SÃO DESTAQUE NO 133o. NÚMERO DO FANZINE QI

Saiu o 133º. número do fanzine QI, mais uma vez capitaneado pelo editor mineiro Edgard Guimarães, com 32 páginas repletas de atrações que continuam maravilhando aqueles que são estudiosos, colecionadores e interessados no universo das Histórias-em-Quadrinhos (dentre os quais se inclui este vosso humilde escriba). O artigo de ‘fechar o comércio’ é a respeito da análise e relação completa (completíssima!) de número a número das memoráveis Edições GEP, lançadas nas bancas brasileiras entre a virada das décadas de 60 e 70 do século passado – e algumas destas edições eu vim a encontrar numa banca de revistas usadas na minha terra natal em São José do Rio Preto/SP, quando ainda criança. Foi através desta coleção lançada pela GEP (Gráfica e Editora Penteado) que os leitores brasileiros primeiramente tiveram contato com os personagens da Marvel que se tornariam muito populares: X-Men (na época nós falávamos ‘xis-méin’), Surfista Prateado e Capitão Marvel (que nome original, não?), mas não só isso, Edições GEP também publicou HQs brasileiras de guerra, a série Jonny Star No Mundo Dos Gigantes, de Gedeone Malagola, Paulo Hamasaki e Moacir Rodrigues, além de almanaques de curiosidades e passatempos. Os X-Men tiveram até mesmo HQs criadas por autores brasileiros, Gedeone Malagola (roteiros) e Walter Gomes (desenhos) – que recentemente foram compiladas numa edição especial, conforme comentamos aqui: (http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2014/10/os-x-men-por-gedeone-malagola.html). Enfim, como foi dito, o artigo está completíssimo, tanto é assim que o autor relata de antemão uma breve biografia do grande editor Miguel Penteado, ele que foi amigo e querido por todos os colegas e parceiros de trabalho, à esquerda ou à direita.
                Ótimo encontrar no QI um artigo comentando o personagem de Fernando Ikoma, Fikom – cujas HQs (não todas) também já foram compiladas num álbum de luxo, que igualmente já comentamos aqui: http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2013/01/personagem-de-fernando-ikoma-ganha.html. No final do artigo, Ed relembra que sonhos oníricos já não eram novidade quando Fikom foi publicado – ok, mas faltou dizer que o sucesso do tal Sandman de Neil Gaiman, que eu considero ser a maior frescura da História das HQs (e muitíssimas de suas histórias não deveriam nem mesmo ser consideradas como HQ!), teve conceito plagiado do personagem de Fernando Ikoma, e não do Little Nemo. A mim me parece um plágio (do conceito) descarado – a propósito, o nome também é plágio, de dois personagens que apareceram décadas antes do tal Sandman de Neil Gaiman. Mas tá mais do que perdoado, Ed, pois incrível mesmo foi a catalogação que você fez do Fikom no mercado editorial brasileiro, dando oportunidade para que comentasse também a respeito da importância da Editora Edrel em nosso mercado editorial, no passado.
                Na coluna ‘Mantendo Contato’, Worney de Almeida apresenta a segunda parte da entrevista com Maurício de Souza – fiquei particularmente bem impressionado com esta segunda parte, onde Maurício de Souza relata as dificuldades que enfrentou no começo de carreira, incluindo perseguições ideológicas que sofreu dos meios de comunicação e de alguns de seus colegas de profissão. Dificuldades e obstáculos que nem sempre conseguimos enxergar quando olhamos para homens de sucesso, imaginando que tudo aquilo tenha lhes caído do céu – muito ao contrário, foram superados com muito trabalho e talento.
                Outro artigo do QI que merece destaque é escrito pelo amigo Espedicto Figueiredo a respeito do ‘Fim do Jornal Impresso’! Fig reconta sucintamente o histórico do jornalismo e comenta as mudanças que vêm ocorrendo neste meio de comunicação em consequência do progresso tecnológico, a ponto de se perguntar se acontecerá ou não o que se lê no título que encabeça o artigo. Se me permitem um pitaco a respeito, eu digo que sim! Quando eu não sei, mas pelo que vejo, as novas gerações não têm pelas publicações de papel nenhum ou quase nenhum afeto. Quem tem mais de, vá lá, 35 anos, o que é meu caso há um bom tempo, creio que todos nós jamais aceitaríamos o fim das publicações de papel, pois fomos criados por elas. O que não é o caso de grande parte dos jovens de hoje, e provavelmente, num futuro próximo ou não, a maioria, ou todos os jovens, já não mais serão criados com publicações de papel. Evidente que tudo isso é ‘palpitaria’, futurologia de botequim, mas é só minha opinião, ok? E, de minha parte, se ou quando não mais houver publicações de papel no mundo, espero que meu espírito já esteja vagando nas nuvens do além.
E como sempre, no QI: HQs curtas, tirinhas, o Fórum de leitores e a divulgação dos fanzines e publicações independentes. Mas o melhor anda está por vir...

 Trata-se do encarte especial com que Edgard Guimarães presenteia seus leitores, o terceiro volume da Pequena Biblioteca de Histórias-em-Quadrinhos, polpudas 60 páginas apresentando uma interessantíssima seleção de Crianças Nos Quadrinhos Brasileiros. É o próprio editor quem aponta uma importante distinção:

Neste volume, estou reunindo Histórias-em-Quadrinhos Brasileiras protagonizadas por crianças. É preciso não confundir com Histórias-em-Quadrinhos infantis. O objetivo não é compilar HQs feitas para o público infantil, mas, sim, Quadrinhos em que o personagem principal (ou um deles) seja uma criança.


E daí temos uma compilação com personagens & autores pra lá de heterogêneos, desde os tempos de O Tico-Tico. Os estudiosos e pesquisadores das HQs agora têm em mãos mais um precioso documento à disposição. Vejam logo abaixo um exemplo do personagem Lamparina de J. Carlos publicado em O Tico-Tico na primeiras décadas do século passado. Reparem e reflitam: hoje, nesses tempos de correção política, não se acusaria o grande artista da prática de racismo? Contatos com o editor Edgard Guimarães em edgard@ita.br (JS)

domingo, 5 de julho de 2015

REAÇÃO, O SUPER-HERÓI REACIONÁRIO, VAI COM TUDO CONTRA A DITADURA DAS MINORIAS!

Saiu o sexto número de Reação, o super-herói reacionário, reagindo contra tudo em que foram transformados os super-heróis dos Quadrinhos na atualidade (e já há uns bons 30 anos...). Mais uma vez com histórias escritas por José Salles e ilustradas pelo paulistano William Cabral, a sexta edição possui capa colorida (arte de Cabral e cores de Adauto Silva, também a dupla responsável pela capa alternativa, que pode ser vista aí embaixo) e em suas 24 páginas apresenta duas HQs: ‘O Ataque das Dragonas’ com Reação; e ‘Surgem as Feminazis’, com a Mulher Reação. Essas ameaças monstruosas, tanto as dragonas quanto as feminazis são óbvias referências à militância gayzista, feminista e abortista (tão conhecidas aqui no Brasil como lgbt, ‘mulheres vadias’ e congêneres), grupos que são financiados por entidades internacionais globalistas como Open Society, Fundações Ford e Rockefeller e outras ‘iluminadas’. Ficam aí posando de minoria coitadinha, mas são regularmente abastecidas com generosos milhões de dólares que recebem daquelas bilionárias fundações apátridas, obcecadas com o controle populacional – e divulgar maciçamente o aborto e a prática homossexual que são exatamente as ‘armas’ para frear o crescimento populacional. Sou mais Joanna de Ângelis: qualquer forma de controle populacional é um crime contra a consciência divina!
                Pena que não adianta falar que as páginas dessa revista do Reação tratam de um protesto contra a militância homossexual, o gayzismo, que é muito diferente do que seria um protesto contra aqueles que, na intimidade e sem orgulho, mantêm hábitos homossexuais. Mas não adianta, então o jeito é esperar novas acusações de ‘homofobia’ – bem, mas se já falavam isso quando eu escrevia Jack The Fag, imaginem hoje em dia! A propósito, a HQ da Mulher Reação é baseada em fato real, acontecido numa igreja em Buenos Aires – quem não viu pode conferir no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=wPUvUYU7Qzw

Confiram como os militantes gayzistas, feministas e abortistas são tolerantes, são meigos, são pacíficos, cordiais e bem educados, elegantes, confiram quão boas pessoas são estas que se consideram melhor do que os outros. (JS)

ANTONIÊTO PEREIRA LANÇA BIOGRAFIA DE SANTA RITA DE CÁSSIA EM QUADRINHOS

                O potiguar Antoniêto Pereira é um colaborador ativo da Júpiter 2, meu caríssimo parceiro de trabalho em Tiras vs Monstros (confiram a postagem abaixo). Enquanto estávamos produzindo esta série, casualmente vi na televisão uma reportagem sobre a cidade de Santa Cruz, no estado do Rio Grande do Norte – exatamente a cidade onde vive o Antoniêto. E o que me deixou mais impressionado do que a deslumbrante paisagem que circunda a cidade, foi o monumento em homenagem e devoção à santa católica Rita de Cássia, na forma de uma imensa estátua (dizem que ainda maior do que a do Cristo Redentor no Rio de Janeiro), motivo & roteiro de intensa peregrinação de pessoas de todo o Brasil, anualmente (constantemente). Pois bem, a mais nova empreitada nas Histórias-em-Quadrinhos do talentoso Antoniêto tem tudo a ver com isso: com apoio da prefeitura de Santa Cruz (que bom que a prefeita Fernanda Costa Bezerra gosta de gibis), acaba de lançar a biografia de Santa Rita de Cássia em Quadrinhos, numa revista formato 21 cm x 15 cm, capa colorida, 28 páginas p&b em papel couchê onde Antoniêto demonstra toda sua versatilidade como bom narrador que é. Ficamos conhecendo, a partir do que conta um padre durante uma missa, a sofrida História da mulher nascida no interior da Itália na baixa Idade Média. Após uma série de infortúnios num casamento infeliz, ela consegue seu desejo de se filiar a um convento, onde, durante oração, recebeu na testa um dos espinhos da coroa de Cristo. O espinho saiu e deixou uma ferida que traria restrições atrozes à Rita, mas que se tornaria fonte de milagres, curas e libertações para o povo cristão a ponto de ser intitulada como a santa curadora dos feitos impossíveis, canonizada pelo Vaticano. Uma devoção que cruzou o oceano e veio se mostrar ainda mais pujante na brasileiríssima cidade de Santa Cruz. Parabéns ao Antoniêto e também para a prefeitura de Santa Cruz, que soube valorizar o talentoso filho da terra. (JS)

domingo, 7 de junho de 2015

QUINTO NÚMERO DE TIRAS vs MONSTROS PRESTA HOMENAGEM AOS FILMES 'B'

              Júpiter 2 lançando o quinto número de Tiras vs Monstros, formato 21 cm x 15 cm, capa colorida em papel couchê (arte de Antoniêto Pereira) com 28 páginas em p&b apresentando a HQ ‘Ameaças Gigantescas’. Já disse anteriormente que este gibi Tiras vs Monstros é uma extensão dos fanzines, ou seja, foi concebido através de dois fanzineiros: este que vos escreve, encarregado de rabiscar os roteiros, e o ilustrador Antoniêto Pereira. De minha parte, busquei inspiração em outras Histórias-em-Quadrinhos, mas principalmente nos filmes B. Esta edição, em especial, mais do que nunca é inspirada nesse estilo de se fazer cinema. São vários os estilos de filmes B e dentre os mais conhecidos estão os chamados drive in movies, produzidos nos EUA durante a década de 50. Os drive ins, cinemas ao ar livre onde os espectadores podiam entrar com seus automóveis e daí mesmo assistir confortavelmente aos filmes, eram frequentados majoritariamente por jovens e muito jovens, que acabaram por criar um novo nicho mercadológico de filmes, à margem das grandiosas produções hollywoodianas. Produtores arrojados, diante de orçamentos restritos ou restritíssimos, foram encarregados de suprir aquela nova forma de entretenimento que surgia. As fontes de inspiração vieram da ficção-científica, plena de monstros, mutantes, invasores do espaço, e daí resultaram filmes que na época pouco chamavam a atenção do público – incluindo grande parte do público que frequentava os drive ins, jovens mais interessados em paqueras ou em comer hambúrgueres e cachorros-quentes nas lanchonetes locais, do que propriamente em assistir aos filmes. O tempo fez justiça àquelas produções feitas com pouco dinheiro e muita criatividade, e hoje em dia muitos daqueles filmes exibidos nos telões dos drive ins acabaram se tornando objeto de culto, e ganharam até mesmo uma nova denominação: filmes trash (‘lixo’) – outra grande injustiça, haja vista que algumas daquelas produções eram muito mais divertidas do que determinadas super-produções dos grandes estúdios de Hollywood.
  Os já iniciados perceberão facilmente quais os filmes que são referência nesta edição de Tiras vs Monstros: primeiramente trata-se de O Ataque da Mulher de 15 Metros/Attack Of The 15th Foot Woman, lançado em 1958, com direção de Nathan Juran (nos créditos, com o pseudônimo Nathan Hertz). No filme, uma socialite entediada e corneada pelo marido, durante um solitário passeio de automóvel acaba sendo surpreendida por uma nave interplanetária e seu misterioso viajante espacial, que acaba raptando-a por breves momentos. De volta a sua casa, a mulher começa a sentir-se estranha e, sem que perceba, sofre mutação que aumenta o tamanho de seu corpo até 15 metros de altura – e assim ela vai tirar satisfação do marido infiel. Um dos mais cultuados filmes B de nossos dias, graças especialmente aos (d)efeitos especiais, abuso de retro-projeção, e o maior charme: a incrível e gigantesca mão de borracha que aparece em cena destruindo um bar. O filme teve nos anos 90 uma refilmagem lamentável, a despeito de se tratar de uma produção milionária.

Outro filme de referência é O Monstro Atômico/The Amazing Colossal Man, de 1957, dirigido por Bert I. Gordon, ou ‘Mr. BIG’ para os fãs, um dos mais criativos produtores de filmes B. Foi dele também a continuação desse filme e que inspira mais diretamente a segunda parte da HQ desta revista: War Of The Colossal Beast, lançado no ano seguinte. Em O Monstro Atômico, um cientista é atingido pela radiação de uma bomba de plutônio que lhe provoca mutações: seu corpo cresce na proporção em que sua mente enlouquece, aterrorizando a cidade de Las Vegas. Vendo este filme, a gente fica com uma forte suspeita de que o roteirista de HQ Stan Lee deve não só ter assistido mas gostado muito dele, e lembrou-se disso ao escrever o seu Incrível Hulk, especialmente na seqüência decisiva em que os raios de plutônio atingem em cheio o cientista. Em War Of The Colossal Beast, quando todos davam o Monstro Atômico como morto, eis que ele retorna, com o rosto deformado e ainda mais irracional e violento. Tão marcantes foram estes filmes, não só para Stan Lee mas para tantos outros fãs espalhados pelo mundo, que mesmo aqui no Brasil os dois filmes foram recentemente lançados em dvd pela Cult Classics, cópias de boa qualidade – se quando exibido nos cinemas brasileiros o filme The Amazing Colossal Man ganhou o título de O Monstro Atômico, agora neste lançamento da Cult Classics o nome do título foi simplesmente traduzido para o português, O Incrível Homem Colossal; já a seqüência (que, creio eu, seja inédita nos cinemas daqui), ganhou o título de A Volta do Homem Colossal. A lamentar no lançamento da Cult Classics, somente as legendas, dessincronizadas com os diálogos dos personagens. (JS)

CORONEL TELHADA EM QUADRINHOS

O sr. Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada, aposentando como Coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo, após anos de bons serviços prestados à população decidiu por candidatar-se à uma das vagas da Câmara Municipal da capital paulista, concorrendo com o nome com que ficou conhecido na corporação militar policial, Coronel Telhada. E a expressiva votação que o levou a ocupar uma das cadeiras legislativas da vereança paulistana mostrou como a maioria do povo da cidade de São Paulo corrobora com os valores morais defendidos pelo Coronel. Assim como qualquer outro legislador que não reze pela cartilha comunista, Telhada não tem o menor espaço na maioria dos meios de comunicação de massa, quase nunca é entrevistado em programas de rádio ou televisão que atingem o grande público. Além da tribuna e do púlpito na Câmara Municipal paulistana, o Coronel Telhada usa a internet para divulgar suas idéias, e mais recentemente, vem fazendo isso através de um outro meio de comunicação: as Histórias-em-Quadrinhos. Eu já havia lido na internet, há alguns meses, breve notícia sobre esta publicação denominada exatamente Coronel Telhada em Quadrinhos, mas não havia encontrado a revista de estréia em lugar nenhum, nem nas bancas de Jaú, nem nas bancas de Bauru, nem de São José do Rio Preto, nem nas bancas que pude visitar na cidade de São Paulo. Mas eis que, para minha grata surpresa, caminhando pelas ruas da capital paulista eis que encontro, numa banca de revistas próxima à estação Consolação do metrô, o segundo número de Coronel Telhada em Quadrinhos, a capa já impressionando ao mostrar um soldado da Polícia Militar de São Paulo segurando uma bandeira do Brasil encharcada de sangue, e a legenda nos indica que se trata da ‘Morte de Um Herói’. Esta segunda edição possui tamanho 20,5 cm x 14 cm, com generosas 52 páginas em papel couchê colorido apresentando duas HQs produzidas pelo Atreyu Studio – feitas para agradar o público leitor dos dias de hoje, usando dos únicos estilos aceitos atualmente, o da Marvel e o dos mangás – além de reproduções e comentários sobre antigas reportagens de jornais. No editorial, o Coronel Telhada diz com todas as letras a intenção da revista:

Incomodamos aqueles que desejam acabar com nossa Polícia Militar, pois mostramos o quanto a PM ajuda a população, salva vidas e defende a integridade das pessoas. E nossa missão é realmente esta, divulgar o bom trabalho de nossa tropa.

                A primeira HQ, intitulada ‘Risco Mortal’, mostra um dos tantos embates do Coronel Telhada contra a bandidagem, no caso, trocando tiros com um assaltante, onde este levou a pior, alvejado por um balaço fatal disparado pelo Coronel. O mais importante, porém, foi constatar que, ao contrário do que pensa a maioria, o bom policial militar, especialmente aquele que é temente à Deus, odeia ter que tirar a vida de outra pessoa, seja ela quem for. Nas palavras do próprio Coronel Telhada:

Um PM não sente prazer de matar ninguém, pois somos treinados para salvar vidas e não para tirar vidas. Cada criminoso que nós matamos em um confronto, é como se fosse um pedaço de nós também indo embora. Somos seres humanos, com sentimentos. Mas, nas ruas, é matar ou morrer. Precisamos nos defender. Se o bandido atira, nós atiramos de volta.

A segunda HQ, ‘Um Trágico Dia Das Mães’ é ainda mais incrível, por retratar sem falsificações históricas o triste episódio do crime frio, cruel e bárbaro cometido pelos terroristas da Vanguarda Popular Revolucionária do desertor Carlos Lamarca, que raptaram, amarraram, amordaçaram e, com facadas e golpes de coronha de rifle, despedaçaram o crânio do jovem Tenente da Polícia Alberto Mendes Jr., que a eles havia se entregado para salvar a vida de seus comandados. De modo que este ato de bravura incomum faz jus à chamada da capa, sendo Mendes Jr. um verdadeiro herói, que morreu para defender seus companheiros e amigos.
                Não me admira que o gibi do Coronel Telhada seja totalmente ignorado pela ‘elite’ dos Quadrinhos brasileiros, toda ela dominada pelo ideologia esquerdista, toda ela odiando a polícia (mas sempre chamando por ela quando tem seu automóvel assaltado ou quando querem expulsar algum mendigo da porta de suas casas), essa elite esquerdista que deve ficar horrorizada quando aparece alguém como Telhada que  procura contar as coisas como são, como aconteceram, sem ‘dourar a pílula comunista’ com mentiras e deformações históricas. Faço votos de que o Coronel Telhada consiga se re-eleger vereador e que possa continuar lançando essa revista que vai na contra-mão da demagogia esquerdista que vem destruindo os valores morais do nosso país. E atenção: não há um centavo de dinheiro público investido nesse gibi! Ele só foi possível de sair com essa ótima qualidade gráfica, graças aos patrocinadores (todos da iniciativa privada). Se a grande maioria dos partidos de oposição e nossas Forças Armadas parecem inermes diante do avanço petista-comunista, mesmo contando com a notória aversão da maioria dos brasileiros contra o governo do pt, é sempre bom poder contar com um opositor valoroso como o Coronel Telhada. Claro que nossa Polícia Militar ajuda a população – eu mesmo posso dar testemunho pessoal disto, eu que já fui salvo das mãos de um assaltante armado, graças a firme e decidida intervenção de dois jovens e valorosos policiais militares pilotando motocicletas e prendendo o infeliz meliante, com muita coragem, habilidade e determinação! Também é claro que existem policiais desonestos, alguns capazes de crimes cruéis, porém a maioria dos policiais militares é formada de pessoas decentes e honestas – não fosse assim, nossa vida seria insuportável, teríamos dificuldade para fazer as coisas mais simples, como ir comprar pão na padaria da esquina, ou levar uma criança na escola. Que Deus abençoe os valorosos policiais militares, nossos soldados, nossos escudos, homens e mulheres que dão tudo de si para nossa proteção.

                Como foi dito no início desta crônica, a tendência é deparar com muita dificuldade para adquirir esta publicação, portanto, quem não a encontrar nas bancas pode tentar o contato através do email contato@coroneltelhada.com.br ou quem sabe através do sítio www.coroneltelhada.com.br. Parabéns, Coronel Telhada! Siga firme na rota, não dando moleza pra essa canalhada comunista! (JS)

segunda-feira, 25 de maio de 2015

O INCRÍVEL CELTON EM MAIS UMA INCRÍVEL EDIÇÃO

Mais uma vez, através de meu mui estimado amigo Paulo Joubert Alves, recebo mais uma incrível edição do Celton, a de número 35 (21 cm x 15, capa colorida, 32 páginas p&b). Para quem ainda não conhece, Celton é um personagem criado pelo mineiro Lacarmélio Alfêo de Araújo, que até adotou o nome de seu conhecido personagem, ele que, além de escrever, desenhar e editar o gibi do Celton, é também o responsável direto pelas vendas, que faz pessoalmente nos engarrafamentos no tráfego de Belo Horizonte, São Paulo e, mais recentemente, também no Rio de Janeiro. É onde se passa a história desta edição, ‘A Fúria da Mulher Traída’, com o bom humor lascado desse incansável artista e trabalhador dos Quadrinhos brasileiros. Mais divertido ainda do que ler a HQ, é ler a crônica sobre as aventuras do autor na viagem entre Belo Horizonte e Rio de Janeiro, que percorreu numa ‘possante’ motocicleta de 125 cilindradas. Quem acompanha este blog sabe de minha admiração pelo Celton, basta escrever este nome no campo de busca para se ter uma idéia. A despeito de uma certa ingenuidade política (chegou a publicar um gibi exaltando o ‘Barba do DOPS’, digo, o ex-presidente Lula da Silva, na época do mensalão!) é de se admirar mesmo a pujança e empreendedorismo do Lacarmélio, que é recompensado pelas ótimas vendas que consegue de seus gibis, muitíssimo maior do que essas porcariadas da Marvel ou dessas insuportáveis revistas em couchê colorido de autores intelectualóides que vivem aparecendo nos segundos cadernos dos jornais ou até em programas televisivos imbecis como aquele da Fátima Bernardes. Para conseguir gibis do Celton, só mesmo encontrando com ele por aí – ou tendo algum bom amigo mineiro, como Paulo Joubert. (JS)

EDITORA UNIVERSO LANÇA NOVA SÉRIE COM BENJAMIN PEPPE

Já sabendo da proximidade do fim da Júpiter II, o ex-colaborador Paulo Miguel dos Anjos, o criador do Benjamin Peppe (cinco edições lançada pela Júpiter II) já encontrou outra editora que pudesse publicar seu personagem. Eis que antes mesmo do final definitivo da Júpiter II, surge o primeiro número do Benjamin Peppe com o selo da Universo Editora de Publicações Independentes, capitaneada por Gil ‘Lorde Kramus’ Mendes, que vem realmente surpreendendo pela quantidade de publicações lançadas em poucos meses (já comentei a respeito aqui: http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2015/02/editora-universo-chega-com-tudo-no.html). Pois bem, o primeiro número desta nova coleção do Benjamin Peppe tem o formato 19,5 cm por 13,5 cm, capa colorida (arte de Chagas ‘IcFire’ Lima) com 28 páginas em preto & branco apresentando a turma do Benjamin Peppe em HQ ilustradas por Laerçon, tiras por Rafael Grasel e o grande destaque, uma super-HQ ilustrada por Chagas Lima onde Benja e amigos disputam um partida de vôlei para salvar um sítio ecológico. De quebra, diversos autores ecléticos apresentam ilustrações com o personagem. Contatos com o autor em anjospaulo@zipmail.com.br – o email da Universo é universoeditoraindependente@gmail.com. Mais informações sobre o Benjamin Peppe em www.benjaminpeppe.webnode.pt. Valeu, Anjos! Muito grato por ter contando com sua preciosa parceria durante todo esse tempo! Que Deus o abençoe! Fico imensamente feliz de ver o Benjamin Peppe seguindo firme em novos caminhos editoriais! (JS)

segunda-feira, 11 de maio de 2015

ARTIGO SOBRE O JUDOKA É A GRANDE ATRAÇÃO DO QI

A 132ª. edição do fanzine QI (22 cm x 16,5 cm, 28 páginas em off-set), editado pelo mineiro de Brasópolis, Edgard Guimarães, começa com força total, apresentando um artigo sobre o personagem dos Quadrinhos, o Judoka (escrito pelo próprio editor), que é o melhor que eu já li a respeito deste herói brasileiro das HQs – e olhem que eu já li ‘uns par deles’, como a gente costuma falar aqui em Jaú (creio que em Brasópolis se fala assim, também). Uma relação completa de todos os artistas que passaram pela longeva coleção publicada pela Ebal de Adolfo Aizen na primeira metade dos anos 70 do século passado – e não só isso, mas também sobre o filme feito sobre o personagem (uma raridade que não se encontra em lugar nenhum, e olhem que sou um cinéfilo garimpeiro com mais de 600 filmes em minha coleção). Ed não se esquece nem mesmo do Judomaster, o personagem norte-americano da Charlton Comics que precedeu o Judoka na coleção da Ebal, que tem no artigo uma cronologia completa – e bem humorada, tantos foram os ‘furos’ da Ebal com o personagem da Charlton. Outro destaque é a coluna ‘Mantendo Contato’, apresentando a primeira parte de uma entrevista com Maurício de Souza feita por Worney Almeida de Souza em 2009. Permitam os amigos alguns pitacos de minha parte: convivi com um ex-colega de Maurício de Souza, o roteirista e ilustrador Gedeone Malagola, nos últimos anos de sua vida, quando penava contra problemas físicos consequência de um acidente doméstico, e que o deixaram recluso na cama. Na referida entrevista, Maurício diz que, no início dos anos 60, quando já publicava em jornais, apresentou uma história de terror ao diretor de arte da Editora Continental, Jayme Cortez. Segundo de Souza, o grande capista teria lhe dito para esquecer aquela ‘merda’ e trazer seus personagens infanto-juvenis. Gedeone Malagola me confessou, numa das inúmeras conversas que tivemos, que Maurício de Souza recorreu a ele e a Waldyr Igayara, profícuos desenhistas, para que pudessem lhe ajudar a produzir gibis com Bidu e Franjinha, de modo que Gedeone e Igayara produziram, eles mesmos, as HQs para aquelas publicações. O próprio Gedeone me presenteou com algumas revistas Zaz-Traz e Bidu lançadas pela Continental (inclusive uma que tem a capa reproduzida nas páginas do QI), onde pode-se constatar facilmente quem foi que desenhou aquelas histórias. Ei, mas que fique bem claro, isso não desmerece de forma alguma a vitoriosa trajetória de Maurício de Souza no campo dos Quadrinhos e do entretenimento. Se Maurício de Souza foi ou não ingrato com aqueles que lhe ajudaram anteriormente, cabe a Deus o julgamento. De qualquer forma, Gedeone não demonstrava ressentimento contra Maurício de Souza – tenho uma carta deste a Gedeone, datada de julho de 1980, que parece ser muito simpática.
E como não poderiam faltar em qualquer número do QI, temos o Fórum de Leitores, a relação dos mais recentes lançamentos de publicações independentes, além da participação dos colaboradores Chagas Lima, Luís Cláudio Lopes Faria, Paulo Miguel dos Anjos, Rafael Grasel, César Silva – até eu apareço por lá, exercendo meu rancor político. Mas a melhor colaboração veio do meu querido amigo Antônio Armando Amaro, que enviou ao Edgard uma página antológica de O Tico-Tico onde são homenageados dois dos mais geniais artistas daquela publicação, Max Yantok e Luiz Sá. E ainda temos o Poeta Vital de ‘saideira’, refletindo sobre a vagabundagem criativa. Como sempre, o QI é uma publicação indispensável. Contatos com o Ed Guimarães em edgard@ita.br (JS)

MAIS UM SENSACIONAL ENCONTRO DE SUPER-HERÓIS BRASILEIROS: VULTO E CORCEL NEGRO

O novo lançamento da Júpiter 2 apresenta mais um cross-over (ou ‘crós-ovo’, como diria o Emir Ribeiro) entre dois personagens brasileiros dos Quadrinhos – e, não por acaso, dois dos mais queridos publicados pela Júpiter 2: criação de Well Santos e Alcivan Gameleira, respectivamente, eis aí Vulto & Corcel Negro, numa edição de 32 páginas apresentando a HQ ‘Aliança Inusitada’. O mutante surdo-mudo, viajante do tempo, vem parar num beco de Belo Horizonte logo quando uma mocinha acabara de ser espancada e estuprada por dois malacos. O Corcel Negro dá uns sopapos e os manos se mandam de lá, quando aparece o Vulto que, assim como a polícia, pensa que o negrão seja o verdadeiro criminoso. O Corcel Negro é levado preso, enquanto Nélson Montenegro (o Vulto na vida civil) pesquisa a respeito daquele homem, e põe em xeque suas convicções. Tudo leva a crer que o mandante daquele crime tenha sido um cantor de funk que se julga inimputável. Coitado, com o Vulto e o Corcel Negro atrás dele... neste momento em que a Júpiter 2 prepara sua saída de campo, nada melhor do que uma edição apresentando uma aventura com dois de seus mais queridos personagens – e, caso vocês não saibam, seus autores são dois de meus mais queridos parceiros de trabalho! Deus permita a vocês que tenham, pelo menos uma vez na vida, parceiros de trabalho tão valorosos, leais e fiéis quanto Wellington Santos e Alcivan Gameleira! Obrigado por tudo que me proporcionaram, rapazes! A Júpiter 2 logo encerra suas atividades, mas certamente o Vulto e o Corcel Negro continuarão firmes, supimpas, encantando os leitores e arregimentando, a cada dia que passa, novos fãs. Eu mesmo, fã juramentado, vou acompanhar com muita atenção e carinho a carreira desses dois bravos defensores da justiça, nos caminhos editoriais do porvir! (JS)

SAIU MAIS UM ESPETACULAR ALMANAQUE ROCKY LANE!

O sr. Primaggio Mantovi, desde que decidiu republicar as HQs do personagem Rocky Lane que ele mesmo produziu para a Rio Gráfica & Editora (RGE) de Roberto Marinho, em novíssimas e luxuosas edições, vem aos poucos ‘matando’ as saudades dos leitores nostálgicos (este blogueiro certamente incluído) – ou por outra, nos ‘matando’ do coração diante de tantas preciosidades, não só com as HQs citadas, mas apresentando, a cada edição, um outro personagem do faroeste em Quadrinhos. Já tivemos chance de comentar a respeito dos almanaques de Rocky Lane aqui: http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2013/01/almanaque-rocky-lane-traz-de-volta.html e aqui: http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2015/02/almanaque-rocky-lane-para-2015-relembra.html. Agora chega a sexta edição do Almanaque Rocky Lane (28 cm x 21 cm, capas coloridas em couchê plastificado, 48 páginas p&b) com mais uma HQ do grande cow-boy das telas e dos Quadrinhos produzida pelo então jovem artista ítalo-brasileiro Primaggio Mantovi na segunda metade dos anos 60 do século passado, e o convidado especial desta edição é o cow-boy cantor Rex Allen, que além de resenha completa de seus filmes e gibis, reaparece numa HQ ilustrada por ninguém menos do que Russ Manning. E não só isso, temos a sessão ‘Crônicas do Velho Oeste’ com curiosidades e fotos – sr. Mantovi, aquela foto com Walt Disney cavalgando lado a lado com o ator Fess Parker a caráter como  o Davy Crockett que ele imortalizou nas telas do cinema e televisão (antes do Daniel Boone, viu gente?), foi tirada exatamente no dia da inauguração da Disneylândia em Los Angeles, no ano de 1955, ok? Quem não mora na capital paulista e não tem acesso a loja Comix Book Shop (único lugar no Brasil onde podem ser encontradas as edições), pode tentar adquirir os almanaques pelos telefones 11-30889116 e 11-3061-3893. (JS)

sexta-feira, 24 de abril de 2015

JÚPITER 2 LANÇA SEGUNDO NÚMERO DE GUARDIÃO & OUTROS HERÓIS, APRESENTANDO PERSONAGENS DO OESTE PAULISTA

Cooperativa Júpiter II lançando o segundo número de Guardião e Outros Heróis, formato 21cm x 15cm, capa em papel couchê colorido (arte de Greifo) com 32 páginas preto & branco apresentando duas HQs com personagens super-heróicos do oeste paulista: O Guardião, da cidade de Bauru, enfrentando seu primeiro super-vilão, o gigantesco e poderoso Erosão (HQ produzida pelo criador do personagem Leandro Gonçalez). A segunda HQ apresenta a origem do Gavião Real (criação de Gonçalez e parceiros), super-herói representando a cidade paulista de Santa Cruz do Rio Pardo. A região do oeste paulista muito bem representada por seus super-seres e seus mui talentosos artistas. (JS)

FANZINE TCHÊ ATINGE A 41a. EDIÇÃO

Circulando no meio independente desde a década de 80 do ano passado, o fanzine Tchê, editado pelo professor Denílson Reis de Alvorada/RS, chega pleno de vigor em seu 41º. número (fomato ½ A4, 40 páginas, capa colorida produzida pelo casal Henry e Maria Jaepelt). No editorial Denílson conta um fato que mostra as diferenças e discrepâncias entre os fanzineiros do passado e os de hoje, e logo já está apresentando grandes artistas brasileiros dos Quadrinhos, destaque para Elmano Silva com ‘Ianá’, a versão feminina do Boto, seduzindo os homens e abandonando-os na tristeza e na solidão. E ainda: entrevistas, resenhas de filmes, sessão de cartas, tudo isso que faz do Tchê um Fanzine com ‘F’ maiúsculo. Para fechar com chave de ouro, uma ilustração do mestre Julio Shimamoto na quarta capa (que vocês conferem abaixo). Contatos com o Denílson em tchedenilson@gmail.com ou no blog www.tchezine.blogspot.com (JS)

quarta-feira, 8 de abril de 2015

ROMANCE EM QUADRINHOS n.6, ILUSTRADO POR ADAUTO SILVA, É O NOVO LANÇAMENTO DA JÚPITER 2

O grande destaque do sexto número de Romance em Quadrinhos recém-lançado pela cooperativa Júpiter II é mais uma vez o traço do ilustrador carioca Adauto Silva, brilhando nessa revista que é uma das favoritas do público da Júpiter II. Foi uma de nossas jovens leitoras, a propósito, quem fez brotar a idéia de lançar um título como Romance em Quadrinhos. Aconteceu num certo evento ‘Dia Do Gibi Grátis’, ela já havia comparecido a um deles, e me perguntou se eu tinha algum ‘gibi de romance’. Eu disse que não mas ofereci o primeiro número de O Bom & Velho Faroeste (janeiro de 2008 – produzido pela mesmíssima dupla desta edição de Romance), pois antes desse evento uma vizinha que havia lido a edição de estréia do faroeste chegou a comentar: “adorei, é história de faroeste mas é bem romântica, né?”. Sem o saber, essa querida vizinha acabava de estremecer meus conceitos: eu até então pensava que, por conhecer nada da alma feminina, eu jamais conseguiria escrever qualquer HQ romântica. Mas eu sou um admirador de filmes antigos românticos (influência de minha saudosa mãe) e mesmo em meus tempos mais trevosos, essa admiração persistiu e persiste cada vez mais forte, diante do que é feito nos cinemas atualmente. Mas enfim, aquela minha vizinha (hoje uma ex-vizinha, mas ainda uma boa amiga) acabou me convencendo de que eu poderia mesmo escrever histórias românticas. E eis nesse meio tempo ainda vieram parar em minhas mãos muitas edições das revistas da Ebal dos anos 50 O Idílio e Rosalinda, mostrando astros hollywoodianos na capa e reproduzindo HQs românticas lançadas nos EUA pela National/DC. Isso meu ajudou muito não para simplesmente copiar aquelas histórias, mas certamente encheu de entusiasmo e inspiração para que em dezembro de 2001 estreasse a coleção de Romance em Quadrinhos, primeira edição também produzida pelos autores desta sexta edição que agora está sendo lançada. A HQ intitulada objetivamente ‘Fidelidade’ pois é este o tema central da HQ, esse ‘bicho-papão’ que atormenta tantos cônjuges. E os personagens principais, ao contrário do que foi visto nos números anteriores, já não são mais tão jovens, mas adultos chegando na meia-idade.

quarta-feira, 18 de março de 2015

SAIU O SEGUNDO NÚMERO DO CRÂNIO PELA UNIVERSO EDITORA INDEPENDENTE

Saiu pelo selo Universo o segundo número do Crânio, o super-herói brazuca criado por Francinildo Sena. Na capa, vemos o Crânio ao lado do Bispo, criação de Rodrigo Fernandes, e ambos aparecem juntos numa das três aventuras presentes neste número, ‘Noite Sem Lua’, escrita por Francinildo Sena & Alcivan ‘Corcel Negro’ Gameleira e ilustrada por Paulo Sbragi e Rodrigo Fernandes (os responsáveis pela bonita capa desta edição). Na HQ, Crânio e Bispo enfrentam uma quadrilha de traficantes. As outras HQs presentes neste segundo número também são do balacobaco: ‘Atos e Ações’, escrita por Francinildo em parceria com Mark Novoselic e ilustrada por este último, mostra o Crânio enfrentando um poderoso mutante – mais uma chance de matar a saudade do saudoso artista carioca Novoselic, falecido precocemente. E finalmente em ‘Atitude Desastrosa’, Crânio é atacado por forças policiais aéreas durante um jogo de futebol. Que maravilha ver o ótimo Crânio de volta com regularidade em publicação impressa, e ainda com a boa qualidade gráfica da Editora Universo. Contato em universoeditoraindependente@gmail.com ou no email do Francinildo, fscranio20@yahoo.com.br (JS)

BLENQ E LUÃ ESTÃO DE VOLTA

Saiu o sétimo número do Blenq, capa de Johnny Fonseca e 24 páginas apresentando duas aventuras com Blenq & Luã mais convidados, ambas ilustradas por William Cabral – que foi o principal motivo para que eu aceitasse financiar a tiragem desta edição, em homenagem ao meu fiel parceiro, esse talentoso artista que deu vida ao Reação. Com esta edição Blenq se despede da Júpiter II, e a Júpiter II se despede do Blenq, mas mesmo assim desejamos vida longa e próspera ao Blenq e seus amigos, nos novos caminhos editoriais que vierem a seguir (JS)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

131o. NÚMERO DO QI MANTÉM ALTO PADRÃO DE QUALIDADE

Com a satisfação habitual recebo o 131.o número do fanzine QI, editado pelo mineiro Edgard Guimarães, capa baseada num original do grande ilustrador brasileiro J. Carlos, formato ½ A4 com 28 páginas p&B, onde são tratados diversos assuntos sobre o universo das Histórias-em-Quadrinhos, a maioria dos artigos a cargo do editor Guimarães, o primeiro deles, ‘Coisas que Acontecem’, relembra a prática pouco ética do quadrinhista Francisco Ibañez, muito querido pelos leitores de minha geração por ter criado Mortadelo & Salaminho (Mortadelo y Filemon) e Miopinho (Rompetechos), mas que hoje é sabido tratar-se de um rematado plagiário, especialmente dos autores belgas. Duas homenagens são prestadas neste número do QI: a Moacir Torres pelos quarenta anos de criação da Turma do Gabi – e nós da Júpiter II nos sentimos muito honrados de fazer parte desta História, tendo publicado seis gibizinhos com esse grupo de personagens – e o outro homenageado, mais uma vez, é Valdir Dâmaso, um dos maiores fanzineiros do Brasil, que nos deixou há pouco tempo e já havia sido homenageado no número anterior do QI. Em sua crônica neste número, Ed relembra em tom afetivo a parceria editorial que manteve com o grande editor das Edições Gibizada. Em ‘Quadrinhos Brasileiros Bissextos’, o editor analisa dois pouco conhecidos personagens do cartunista Henfil, Lula & Zé Moita, criados exclusivamente para uma campanha publicitária da Petrobrás – apesar da coincidência do nome, esse Lula do Henfil não chegou a dilapidar o patrimônio da empresa usando de corrupção política, como aquele outro mais conhecido, o ex-presidente da república também chamado 'Barba do DOPS'. Em sua coluna ‘Mantendo Contato’, Worney de Almeida cita algumas edições que não passaram do primeiro número, e entre elas uma chamada Força Total editada em 1994 pelo catarinense Samicler Gonçalves, o mesmo que na década seguinte conquistaria muitos fãs com o seu personagem Cometa. Também constam neste número do QI as sessões indefectíveis do Fórum de leitores e a divulgação das edições independentes – fiquei besta de ver como o colega Antônio Luiz Ribeiro vem lançando vários fanzines relembrando os gibis da Ebal. E temos também várias HQs, de Dennis Oliveira, de Chagas Lima, tiras humorísticas de Cláudio Lopes Faria, o Benjamin Peppe de Paulo Miguel dos Anjos ilustrado por Rafael Grasel, e na quarta capa o Poeta Vital de Edgard Guimarães. E parece que o Ed decidiu me manter como colunista fixo do QI, sempre reproduzindo nas páginas impressas do fanzine as humildes resenhas que escrevo para este blog. Quero aproveitar a ocasião e pedir desculpas aos colegas e leitores do QI que tenham ficado meio chateados comigo, pois na resenha da edição passada eu realmente fui muito rude com o pessoal do Pasquim – mais que isso, fui rude e grosseiro, e o que é pior, não me arrependo um tico! Deus me perdoe pois me comprometi a seguir o cristianismo e desta forma eu deveria amar e orar pelos meus inimigos, mas como estou longe disso! É que eu realmente não tenho mais qualquer rasgo de tolerância com esse pessoal da esquerda caviar, esses comunistas milionários que desejam que somente os outros repartam e distribuam suas posses, esses vagabundos ideológicos que vêm justificando as atrocidades e os crimes infames do governo petista, dizendo que os bandidos engravatados e soberbos do pt estariam espalhando a corrupção por uma ‘boa causa ao povo brasileiro’... desculpem, mas eu não aguento mais isso, menos ainda após a última eleição presidencial, com as notórias evidências de fraude nas urnas eletrônicas. Além de mandar assassinar prefeitos, o partido governista dos trabalhadores corruptos também transformou nosso sistema político num simulacro de democracia, fazendo acontecer aqui as fraudes eleitorais que já haviam ocorrido em diversos países vizinhos da bolivariana América do Sul. Não estamos mais vivendo num regime democrático, como ainda vem sendo propagado por aí. E esses artistas e intelectuais abastados da esquerda caviar que defendem esse governo, Jaguar, Ziraldo, Chico Buarque, Fernanda Torres, José de Abreu, Frei Betto, Leonardo Boff, com esse pessoal não tem mais cavalheirismo e cortesia, vou partir logo para as ofensas, que é pouco diante do que eles realmente mereceriam. E quem acha que as obras desses tipos vale alguma coisa, eu acho uma grande merda – com exceção talvez da Turma do Pererê do Ziraldo. Também do Ziraldo gosto dos super-heróis que ele criou quando era jovem, Teleco e Tim. Mas isso foi no passado, antes de sermos tomados por esse nauseabundo governo esquerdista que nos assola e seus defensores da ‘high society’. Enfim, tolerância zero para os assassinos de nossa democracia e seus acólitos, esses nababos que vivem mamando nas tetas indenizatórias do governo, mamando DINHEIRO PÚBLICO! Em breve a História há de pôr tudo em seu devido lugar, e este período atual que estamos vivendo, no futuro será ainda mais execrado do que o é, hoje em dia, o tempo dos governos militares. E os que hoje defendem esse governo, hão de ser ainda mais execrados e desprezados.
 
E mais uma vez o editor do QI presenteia seus leitores com uma edição-brinde primorosa da Biblioteca de Histórias-em-Quadrinhos, segundo volume (21 cm x 15 cm, capa em papel couchê colorido com 52 páginas p&b de miolo). Nesta nova pesquisa de Edgard Guimarães, a intenção foi reunir uma seleção de HQs que ele considera poéticas – e no editorial, após explicar claramente o que entende por HQ Poética, Ed arremata: “este volume procura reunir vários trabalhos que considerei fazerem uso de Poesia na forma de História-em-Quadrinho”. E entre as HQs selecionadas (todos apresentadas com textos introdutórios) estão algumas pequenas pérolas, grandes obras-primas dos Quadrinhos brasileiros, caso do Anjo Arnaldo de Ofeliano de Almeida (publicado originalmente no Coleção Assombração da Ediouro), e Bagual de Flávio Colin. Outra pequena obra-prima publicada nesta edição dedicada às HQs Poéticas brasileiras é ‘A Morte do Samurai’ de Hayle Gadelha e Julio Shimamoto – a dupla que pouco tempo depois lançaria na editora Grafipar o Meia Lua Rei da Capoeira na revista Kiai – e que nós da Júpiter II tivemos a honra de relançar numa edição especial, ainda disponível, mas com pouquíssimos exemplares antes de se tornar raridade. ‘A Morte do Samurai’ foi publicada originalmente na antológica revista Eureka da Editora Vecchi. Outro destaque desta edição é a Besta-Fera de Watson Portela, inspirado na literatura de cordel, publicada originalmente na famosa revista Spektro, também da Vecchi. Há outras duas HQs selecionadas, mas são essas quatro acima citadas que valem a pena. Contato com Edgard Guimarães em edgard@ita.br (JS)

ALMANAQUE ROCKY LANE PARA 2015 RELEMBRA GRANDES PERSONAGENS DO FAROESTE EM QUADRINHOS

                Rocky Lane, personagem do faroeste sucesso nos cinemas (interpretado pelo ator Allan Lane) e nas Histórias-em-Quadrinhos entre as décadas de 40 e 50 do século passado, esteve sempre presente na vida do ilustrador e editor ítalo-brasileiro Primaggio Mantovi. Quando menino, na Itália, assistia aos filmes de Rocky Lane; quando garoto, na década de 50, já no Brasil, continuou assistindo aos filmes do grande ‘mocinho’ do faroeste, e conheceu os gibis contando as aventuras daquele intrépido personagem. Ainda jovem, Primaggio Mantovi trabalharia na Rio Gráfica e Editora e uma de suas incumbências seria a de produzir HQs inéditas de... Rocky Lane! E, para matar as saudades dos fãs, Mantovi vêm relançando essas HQs que ele fez na segunda metade dos anos 60 do século passado, em primorosas edições de luxo editadas de maneira independente. A primeira delas já comentamos aqui: http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2013/01/almanaque-rocky-lane-traz-de-volta.html), e a mais recente é o Almanaque Rocky Lane para 2015, um apuro gráfico supimpa – tamanho 28 cm x 21 cm, capa couchê cartonada colorida – belissimamente ilustrada pelo editor – lombada retangular e mais 100 páginas com artigos, crônicas, fotos, e principalmente HQs não só de Rocky Lane, mas de grandes personagens do faroeste em Quadrinhos! Esta, a propósito, vem sendo a tônica nas edições especiais do Rocky Lane: sempre é apresentado um convidado especial, qual seja, outro grande personagem dos Quadrinhos de faroeste. Já tivemos Cavaleiro Negro/Black Rider e Roy Rogers, mas neste almanaque 2015 o sr. Primaggio realmente se superou: temos a gloriosa chance de rever numa única edição, como se estivéssemos ainda nos tempos dos almanaques, vários e antológicos personagens do faroeste em Quadrinhos: Don Chicote/Lash La Rue, Durango Kid, Zorro/Lone Ranger, Nevada(também conhecido como Bronco Piler, O Ruivo, Cavaleiro Vermelho)/Red Ryder, Dave Crockett (extraído não dos comics norte-americanos e sim da italiana Bonelli Editore, mais especificamente da coleção Storia del West, publicado pela Ebal em Epopéia Tri e posteriormente pela Editora Record em Histórias do Oeste). E o convidado especialíssimo, com direito a aparecer na capa e ganhar matéria completíssima antes de sua HQ: Flecha Ligeira/Straight Arrow, tão conhecido dos leitores da Júpiter II, que já publicou três HQs inéditas com este personagem em nossa coleção de O Bom & Velho Faroeste, ilustradas por um dos ilustradores do Flecha Ligeira desde os tempos da RGE, José Menezes. Muitíssimo obrigado, sr. Primaggio, por ter nos brindado com uma edição tão sensacional, especialmente aos nostálgicos, aqueles jovens leitores de antanho. Mais do que um almanaque só do Rocky Lane, esta edição pode ser considerada como um revival dos antológicos almanaques Reis do Faroeste, agora como uma qualidade gráfica que nem sonhávamos, na época. Eis os telefones da Comix Book Shop de São Paulo capital, onde pode se encomendar esta preciosidade: 11-30889116 ou 11-30613893 (JS)
PS: relembrem o Flecha Ligeira na Júpiter II: