segunda-feira, 31 de outubro de 2011

JÚPITER 2 LANÇA SEGUNDO NÚMERO DE CHICO SPENCER

Saiu pela Júpiter II o segundo número de Chico Spencer (28 páginas p&b) apresentando mais uma história deste novo personagem de HQ que agradou a muitos que leram o primeiro número. Estão de volta mais uma vez José Salles (roteiro) e Emmanuel Thomaz (desenhos, incluindo a capa) mostrando que o corpulento detetive teve uma adolescência meio infeliz, mas amadureceu e hoje sabe como deve agir e a quem ajudar. smeditora@yahoo.com.br

CADA VEZ MELHOR O FANZINE DO HOMEM CAMALEÃO

Recebo do colega e amigo Riccelle Sullivan Suád o décimo número do fanzine do Homem-Camaleão – título que ele e os parceiros vêm mantendo numa regularidade impressionante, em se tratando de publicações independentes. Mais 24 páginas p&b (capa colorida – excelente trabalho de Lunio S. Freitas), apresentando a HQ “Primeiro Contato” – na verdade uma HQ a quatro mãos: as oito primeiras páginas desenhadas por Well Jun, e as dez restantes desenhadas por Suád. O que mais me chamou a atenção neste número foi o fato do jovem Sawane (a identidade secreta do herói) ter se esquecido da mochila com o uniforme do Homem-Camaleão na biblioteca da escola e quando retorna para buscá-la, havia sumido! Isso na certa ainda vai trazer aborrecimentos ao nosso rapaz. Mas havia uma emergência e ele improvisa um uniforme muito bacana para agir. E o “gancho” para o próximo número é promissor: Sawane/Homem-Lagarto-de-uniforme-improvisado tromba com um vilão parrudo chamado Crocodilo, cínico, feioso de chifres na cabeça mas vestindo um terno preto impecável! Visitem o blog www.homemcamaleao.blogspot.com e saibam mais sobre este personagem que vem ganhando espaço graças ao talento e a perseverança dos envolvidos, e conheça a respeito do projeto Novo Sistema. (JS)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CONVERSA COM O EDITOR

TENTANDO DESVENDAR OS ANÔNIMOS


E a população do Brasil dá mostras, a cada dia que passa, de que os dias de dominação petista estão chegando ao fim (a não ser é claro que, assim que perderem o poder, queiram retomá-lo à força). Os protestos contra as intermináveis falcatruas petistas-comunistas vão ganhando entusiasmo. Os blogs internéticos mais acessados e lidos são aqueles dos jornalistas mais combativos, exemplo óbvio é o de Reinaldo Azevedo: o cara quase nunca aparece nem na tv nem nos jornais nem revistas, nem mesmo é ouvido em estações de rádio, e que mesmo assim tornou-se nacionalmente conhecido através de seu blog na internet, com milhões de visitantes e seguidores (os livros impressos vieram só depois de muitíssimas postagens). Outro grande inimigo do petismo que também atua na internet talvez seja aquele mais letal para as intenções rapinantes comuno-pt. Aquele que pode ser mesmo considerado como o maior inimigo do petismo – inimigo sendo por enquanto um tanto subestimado, especialmente entre aqueles não muito informados das atualidades. Amigos e amigas, não sei quanto a vocês, mas um fato que muitíssimo me impressionou e ainda vem me impressionando muito este ano, diz respeito a atuação do grupo Anonymous (que serão chamados Anônimos até o fim desta crônica, ok?). Primeiro foi aquele cyber-ataque em massa aos sítios internéticos das corruptas administrações governamentais. E então, a partir do dia 7 de setembro próximo passado, promoveram manifestações populares sem participação de partidos políticos, nem une nem cut. Dezenas de milhares de pessoas, a grande maioria de participantes jovens e muito jovens. E no dia 12 de outubro (com mais uma série de descalabros político-administrativos no meio-tempo), novas manifestações com as mesmas características.


Quase nada sobre as manifestações de rua foi noticiado pela grande mídia, e creio que nem mesmo nas tvs fechadas. Quando o foram, aconteceu de modo depreciativo. Desta forma vem reagindo a canalha petista-comunista contra os Anônimos, que vem sendo ridicularizados, menosprezados e debochados pelos governistas e aliados. Uma das “acusações” é que se trata, vejam só, de “filhinhos-de-papai”. Pode até ser que boa parte dos manifestantes advenham de famílias financeiramente sólidas, mas certamente há pessoas de várias classes sociais nestas manifestações. A propósito, esta é a tática petista que já passou do limite, já encheu o saco até não poder mais: inspirados pela malfeitor-mor sr. Lula da Silva, vivem provocando discórdias entre brasileiros pobres e ricos, brancos e negros, sulistas e nortistas, “nazistas” (aqueles que deles discordam) e “bonzinhos” (como os próprios petistas e comunistas se exaltam). Por mais de oito anos o sr. da Silva vem dividindo os brasileiros, vociferando discursos virulentos provocando ódio e desavença entre seu próprio povo. Com seus pronunciamentos agressivos e inconseqüentes, atua contra a união dos brasileiros! Nunca um governante brasileiro se portou de modo tão gritantemente anti-cristão! Que nódoa lamentável para nossa Pátria, esses anos de governo petista! Quantos golpes traiçoeiros vêm sofrendo a Pátria do Evangelho! Creio firmemente no triunfo da História, e num futuro breve esses dias de comuno-petismo no governo do Brasil serão muito mais rejeitados e abominados do que hoje o são os governos militares! A prepotência e arrogância petista-comunista os levam também a desprezar com sarcasmo os Anônimos. Por incrível que pareça, o único petista que deu uma declaração razoável foi o ministro Mercadante, convidando os Anônimos para trabalharem para o governo. O sr. Mercadante, que durante os anos 90 era chamado de “uma anta” mesmo por seus assessores mais próximos (escutei isso diretamente de um deles, gente...), parece que foi um dos poucos petistas que percebeu o perigo que representam os Anônimos para a supremacia vermelha (seu convite foi quase uma confissão do ditado “se não der para vencê-los, juntemo-nos a eles”).


De qualquer forma, a respeito dos Anônimos, eu penso muito diferente do que pensa a maioria petista-comunista. Mais impressionante ainda do que a intrusão em massa dos sítios das entidades governamentais corruptas (tango down!), foram as mensagens em vídeo espalhadas na internet logo após. Mensagens diretas, decididas, ousadas, desafiadoras, demonstrando muita inteligência, cultura e perspicácia por parte de seus criadores e organizadores. Como os Anônimos quase não aparecem na grande mídia, quem não acompanha notícias pela internet fica pensando se tratar de atuação de “desordeiros”. Mas quem acompanhou e acompanha os fatos, deve estar tão impressionado quanto eu. O ator Carlos Vereza, em seu blog, também já denotou sua admiração pelos Anônimos. Eu e ele achamos que o aparecimento desse grupo vai mudar a História da humanidade. É mais uma convicção do que um palpite, mas tanto uma quanto outro podem falhar. Aguardemos os fatos.


Se demonstro até aqui minha admiração a respeito dos Anônimos, enquanto vou acompanhando as notícias (especialmente os vídeos-mensagens na internet), vou tentando formular opiniões. Ou, melhor dizendo: formulando questões. A primeira, e mais óbvia: quem são esses jovens que formam e organizam os Anônimos? Parcialmente respondida: são jovens mesmo, vamos dizer, entre 13 e 25 anos. E, como não poderia deixar de ser, influenciados pela cultura pop, como vêm sendo influenciadas as gerações desde os anos 50 do século passado. Observando atentamente os vídeos, pude captar duas influências: o rock agressivo e odiento (como Rage Against The Machine, System Of Down e quejandos), e Alan Moore. Alan Moore é um roteirista de História-em-Quadrinho que divulga os piores sentimentos da humanidade: satanismo, loucura psicótica, perversões sexuais, niilismo. Os Anônimos adoram aparecer nos vídeos com a máscara teatral da HQ V de Vingança. Me desculpem, mas li esta obra somente na ocasião de seu lançamento (anos 80 do século passado), achei uma chatice insuportável e nunca mais quis saber. Quase desapareceu de minha memória. Também não fui ver o filme (este sim parece ter impressionado mais aos jovens Anônimos, do que os quadrinhos). Menos mal que tenham escolhido como símbolo o mascarado do V de Vingança, do que um daqueles neuróticos idiotas de wathcmen!


A presença de Moore e daqueles roqueiros cretinos influenciando os Anônimos engatou em meu cérebro a segunda questão: será que estarão a favor ou contra mim? Estamos juntos contra o petismo-comunismo, é certo. Mas Alan Moore... olha, antes que soem na minha direção os brados de “hipócrita”, devo confessar sim a quem ainda está suportando ler isso aqui, que sou, no mínimo, um cúmplice do modorrento escritor inglês, pois eu também, assim como ele, escrevi coisas abomináveis, chafurdando no mesmo universo descrito por ele, fazendo apologia das mesmas idiotices. Mas felizmente deixei isso de lado e escolhi outro caminho, a antítese daquilo, ou seja, o exercício do Cristianismo. Moore permanece onde sempre esteve, eis a diferença.


Os vídeos a que assisti pela internet, apresentando imagens, momentos e entrevistas durante as manifestações de rua nos dias 7 de setembro e 12 de outubro parecem, felizmente, muito longe do niilismo boçal propagado por Alan Moore (muito apropriadamente apelidado de “Alan múúúú” por alguns colegas meus). O que vi foram imagens de jovens de fisionomia resplandecente, ativos, decididos. E mais importante, organizados e pacíficos. Desta feita, observando os vídeos, me senti muito próximo aos Anônimos. Em 1992 eu morava na capital paulista, cursava História e mergulhei de cabeça nas manifestações contra o governo Collor de Mello (um cordeirinho, se comparado a atual rapinagem petista – não me admira que o sr. Collor de Mello tenha de fato se transformado num cordeirinho político, aliado subserviente ao pt). A internet só iria começar a se popularizar dali uns anos, e o que motivou as grandes passeatas naquela ocasião, foi mesmo a indignação popular. Já havia ocorrido algumas manifestações espontâneas quando veio o seriado Anos Rebeldes pela Rede Globo, o que aumentou estrondosamente a adesão popular nas passeatas. Eu tinha 25 anos e me sentia meio que um “tiozão”, pois a grande maioria dos caras-pintada era realmente composta pelos muito jovens. E pára por aí mesmo a semelhança dos caras-pintada com o movimento dos Anônimos. As diferenças são abissais. Os jovens que hoje formam os Anônimos cresceram com a agilização, massificação e apuro tecnológico da internet (eu só fui descobrir internet uns dez anos depois das passeatas pelo impeachment). Entre os caras-pintada, só uma minoria estava lá por intenções sinceramente políticas. Era fácil perceber que grande parte dos jovens estava ali a fim de curtição, de diversão – e não era raro encontrar festivos grupos embalados por cerveja, destilados vagabundos e maconha. Eu andava no meio daquela multidão juvenil, ciente da imensa alienação, presenciando meu último suspiro esquerdista... felizmente esta atual geração de jovens, ao menos parte significativa e crescente dela, começa a adotar uma postura de aversão às drogas & alcoolismo (exultemos, gente! Está chegando ao fim o domínio cultural da chiclete com banana!). Outra diferença eloqüente entre os caras-pintada de antanho e os Anônimos de hoje, é que os antecessores se deixaram manipular pelos políticos mais chinfrins do mundo; os Anônimos não permitiram nem que o psol chegasse lá com suas bandeiras vermelhas. De certa forma, os Anômimos estão proporcionando manifestações com as quais eu sonhava, na época em que caminhava entre os festivos caras-pintada.


Não é pra menos que os Anônimos vêm causando comoção, dividindo as opiniões das pessoas. Eu mesmo me sinto muito dividido, defensor que sou da civilização Cristã e do Estado de Direito, mas que fiquei fascinado com aquele ataque cibernético, juridicamente ilegal – mas penso que me alegrei pelo fato de terem sido alvo os meus inimigos, e pensando assim vergonhosamente me distancio das lições de Jesus (e mostra como ainda estou longe do caminho de santidade). Se me permitem um pequeno devaneio profético, penso que em poucos anos– talvez até antes do que esperemos – os Anônimos vão estar governando o Brasil e o mundo (pois se trata de um movimento internacional, com expressiva manifestação aqui entre nós). Certamente, com todos os defeitos que tiverem, não serão ruins como os petistas. Mas uma frase marcante, repetida constantemente nos vídeos das redes sociais, continua martelando minha cabeça, me levando a perguntar-me constantemente: os Anôminos são meus aliados? As imagens das passeatas me deixaram ótima e feliz impressão. Mas a tal frase, demonstração de ousadia, e que já se transformou numa assinatura dos Anônimos, costuma repetir “nós somos legião. Nós não esquecemos. Nós não perdoamos.” “Legião” é o nome com o qual se designa a reunião de mil ou dois mil demônios, conforme algumas interpretações teológicas das Escrituras. “Nós somos chamados legião, porque somos muitos!” pode ser lido no episódio do endemoninhado geraseno, narrado pelos evangelistas Mateus, Marcos e Lucas. E a recusa de perdão é um dos maiores pecados diante de Deus e de Jesus, como atestam diversas passagens bíblicas. “Se teu irmão tem alguma coisa contra você, procure se reconciliar enquanto ainda estiverem a caminho do tribunal”; e “ao contrário do que diz o mundo, amai e orai por vossos inimigos”, são as lições mais conhecidas (estou citando de memória, ok?). A resposta da pergunta a qual constantemente me faço (serei aliado ou inimigo dos Anônimos?) por enquanto só tem resposta parcial: depende dos Anônimos. É isso mesmo. Depende da escolha que fizerem, especialmente quando eles estiverem no poder. Se vão ficar ao lado de Alan Moore, ou de Jesus Cristo... Se escolherem o primeiro, não tenho a menor chance, não quero fazer parte de uma legião que não perdoa; na segunda hipótese, estaremos juntos, até a Vida Eterna! (JS)