quarta-feira, 14 de maio de 2014

MUITAS NOVIDADES NO QUINTO NÚMERO DE REAÇÃO, O SUPER-HERÓI REACIONÁRIO

                É realmente incrível o que ocorre na cultura política do Brasil desde 1994 (talvez um pouco antes). A partir do momento em que começamos a ser governados por presidentes de esquerda – e Fernando Henrique Cardoso é de esquerda sim, fabianista juramentado, de carteirinha desde a década de 80 do século passado, quem não tiver preguiça de pesquisar vai se deparar com a verdade dos fatos, por mais que esperneiem os esquerdistas ignorantes (estrondosa maioria) – enfim, desde o início da hegemonia socialista-comunista em nosso país (lamentável situação que não só persiste mas se agrava a cada dia que passa), repararam como os atores políticos (incluindo aí também artistas, jornalistas, economistas, escritores), quase todos eles, têm pavor de serem chamados e considerados reacionários? O exemplo mais notável é o ‘tucano’ José Serra. Líder estudantil nos anos 60, ex-presidente da União Nacional dos Estudantes, era então um esquerdista radical. Procurem na internet alguns discursos radiofônicos da figura proferidos em 1964, e entenderão o que quero dizer. Impropérios contra a burguesia, o imperialismo, a direita fascista, contra as forças armadas, enfim, tudo que qualquer petista, psolista e/ou anarcoshit vomita hoje em dia, o sr. José Serra já vociferava décadas atrás. Na eleição presidencial de 2010, quando conseguiu perder para a candidata mais bisonha da História da República, um dos motivos desse lamentável revés eleitoral se deu antes mesmo da escolha do vice em sua chapa: os aliados suplicaram para que a escolhida fosse a senadora Kátia Abreu, essa mulher notável, corajosa, ferrenha defensora da propriedade privada e da liberdade individual. Eis que o sr. José Serra, do alto de sua arrogância, descartou a senadora por considerá-la muito ‘reacionária de direita’! E durante a referida campanha, sua tibieza ficou mais do que evidente quando fez pouco caso do clamor dos cristãos que se levantaram contra a bandeira esquerdista do aborto indiscriminado. Deu no que deu. E bem feito para o sr. José Serra, que mesmo assim acabou pegando fama de reacionário! Fama bastante injusta, diga-se. A mediocridade do sr. José Serra é somente um exemplo da triste cultura política que nos assola. Não é raro, nos debates políticos, encontramos pantomimas dignas de comiseração, com algum candidato se autoproclamando “eu sou mais de esquerda do que você!”. E o interpelado, sentindo-se ofendido, retruca dizendo ser ele o mais legítimo esquerdista!
                Pois bem, se a maioria tem receio de ser chamada de reacionário, comigo isso não acontece. Podem me chamar de reacionário, à vontade. Aliás, dependendo de quem quiser me “ofender” com esse epíteto, fará de mim um homem ainda mais realizado. Se políticos como o ‘Barba do Dops’, digo, o ex-presidente Lula de Silva e o senador Eduardo Mocorongo Suplicy, por exemplo, viessem bradando contra minha pessoa: “seu reacionário!”, eu certamente ficaria mais tranquilo, tendo certeza de que estou do lado certo no terreno político. Se alguém como o deputado Jean Willys viesse gritando em minha direção: “oh, você é um reacionário!”, eu me sentiria tão satisfeito como se tivesse acabado de comer um docinho de côco. Se um black block viesse correndo em minha direção, com a cabeça cheia de punk rock, Alan Moore e outras drogas, pronto a me lançar um coquetel molotov, gritando: “morra, seu reacionário!”, eu queimaria com muita honra, com a certeza de estar do lado certo da trincheira política. Se pessoas como Leonardo Boff e Frei Betto, este com uma metralhadora na mão (e isso não é exagero, haja vista que essa anta já igualou Jesus Cristo a Che Guevara) esbravejassem contra mim, gritando: “seu reacionário!”, então eu me sentiria mais próximo do Reino dos Céus!

                Não tenho nenhum receio de ser chamado de reacionário, pelo contrário, sinto-me honrado com isso. Claro que não tenho o mesmo talento, mas procuro ter a coragem e a independência do cronista Nélson Rodrigues, que surgia na boca de cena dizendo “minhas senhoras, meus senhores, sou um reacionário da cabeça aos sapatos!”. Da mesma forma, busco seguir outra lição de vida deixada pelo saudoso dramaturgo: “sou um reacionário, reajo contra tudo que não presta!”. Dentro de minhas limitações como editor e roteirista das Histórias-em-Quadrinhos, o que pude fazer foi criar um personagem do estilo super-herói que fosse uma antítese de tudo que vem sendo feito no estilo, atualmente. Um personagem super-heróico que não fosse niilista, ateu, sanguinário, depressivo, neurótico, paranóico, raivoso, dopado, satânico, etc. Enfim, um personagem sem a menor chance de virar filme de Hollywood. Daí surgiu exatamente, e não por acaso com este nome, o Reação, que chega agora no quinto número. A capa é de William Cabral, colorizada por Adauto Silva (também autor de uma ilustração colorida na segunda capa, bem como o colorista de outra ilustração de Cabral na terceira capa). A história que abrange as 24 páginas (p&b) da edição foi escrita por mim e ilustrada por Cabral, apresentando muitas novidades: novos supervilões, os N.O.M. (Natos Ociosos Milionários), mega-empresários do Clube Bíld Bérgui, que dominam governos e governantes, com uma engenhoca diabólica capaz de mudar o clima em qualquer parte do mundo. Mas Reação não estará mais sozinho: terá a seu lado sua namorada Patrícia, transformada em Mulher-Reação. Diversão fantasiosa baseada em fatos reais? Será? (JS)