domingo, 22 de julho de 2012

PERYC, O MERCENÁRIO


Denílson Rosa dos Reis, experiente fanzineiro conhecido como Tchêdenílson (alusão ao fanzine Tchê, que Denílson edita há mais de duas décadas), lança a primeira edição de uma revista com histórias do personagem de sua criação: Peryc, O Mercenário, formato 21 cm x 15 cm, capa couchê colorida (autoria de Marcel de Souza), 28 páginas em tons de cinza, edição caprichadíssima. Deixemos que o próprio Denílson explique melhor, e apresente o Peryc àqueles que ainda não o conhecem:


Realização de um sonho! (...) Não um sonho sonhado exclusivamente por mim, mas por vários editores de fanzines que ao longo dos anos buscaram uma melhor edição para seus zines. (...) Peryc é minha mais importante criação. Não que eu tenha criado muitos personagens nestas mais de duas décadas dedicadas ao Quadrinho nacional e aos fanzines. Ele vem de minha vontade de entrar no mundo da espada e da fantasia, o mesmo mundo que me levou ao universo dos fanzines quando, ainda adolescente, travei contato com o mundo de Conan, O Bárbaro.


E a admiração do autor/editor/roteirista com o Conan se percebe nesta edição que dedica sete páginas com textos e ilustrações (lindíssimas) a respeito do universo Conan, sua trajetória no mercado editorial brasileiro, e até mesmo sobre aquele filme lançado recentemente. E, nas três HQs criadas por Denílson, seus colegas do Quadrante Sul, antigos e novos amigos feitos pelo caminho – histórias muito bem narradas e ricamente ilustradas (Alex Doeppre, Marcel de Souza, Matias Streb e Jáder Corrêa) – Peryc mostra que foi inspirado pelo Conan, mas não é o Conan: o diferencial está mesmo nos toques de brasilidade com os quais é apresentando, não somente no vestuário (especialmente aquele visto na HQ “Rumo A Pedras Negras), mas também na narrativa: Peryc, vivendo numa era futurista pós-holocausto nuclear, é um “bárbaro sulista criado nos pampas do sul da América” – o que é óbvia referência ao Rio Grande do Sul, estado natal do autor Denílson; além disso, o deus de Peryc é uma antiga divindade sul-americana, Sepé – que também é referência a um clássico dos Quadrinhos brasileiros, de Flávio Colin. Denílson, eu é que sou seu discípulo! Quando você iniciava nos fanzines, eu não fazia nada da vida, exceto me embebedar e/ou me ‘chapar’ o tempo todo! Parabéns a você e a seus parceiros que nunca perderam tempo assim e que produziram, após muitíssima insistência, esta pequena pérola em Quadrinhos, desta nova coleção que se inicia! Entrem em contato tchedenilson@gmail.com  – http://www.perychq.blogspot.com/  (JS)