segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

MOCINHOS & BANDIDOS CHEGA NA 100a. EDIÇÃO

Chega ao centésimo número a revista Mocinhos & Bandidos (30 cm x 21 cm, 48 páginas p&b, capa colorida), editada por Diamantino da Silva. Para quem não sabe, trata-se de um notável historiador dos comics, autor de livros como Quadrinhos Para Quadrados (que teve recentemente uma nova edição lançada) e Quadrinhos Dourados. Diamantino da Silva é um dos precursores dos personagens brasileiros dos gibis, tendo feito parte da História da Editora Júpiter (a original, paulistana, da primeira metade dos anos 50 do século passado, a mesma onde trabalhou Gedeone Malagola). Nas páginas das edições originais da Editora Júpiter foram publicados personagens criados e desenhados por Diamantino da Silva, como Ney Foguete, Flávio Corsário e Rosinha Repórter. Por esta mesma época, fez para os jornais Simão Brasil. Já o Mocinhos & Bandidos na verdade é uma extensão de uma iniciativa pra lá de simpática que é o Clube Amigos do Western, que promove reuniões entre fãs dos antigos seriados de cinema – todos trajados adequadamente, ou seja, vestidos como caubóis de filme antigo. O primeiro número de Mocinhos & Bandidos saiu como fanzine xerocado no ano de 1986, depois foi crescendo, ganhou patrocinadores, virou revista mas nunca deixou de ser o que sempre foi: uma valorosa publicação independente de Diamantino da Silva e seus parceiros, lançada com impressionante regularidade trimestral. Mocinhos & Bandidos trata não somente de faroeste, pois sempre esteve aberto a outros estilos como aventura, ficção, suspense, etc, mas sempre com olhos voltados para o passado, mais precisamente o das épocas em que Diamantino e amigos eram crianças e frequentavam as matinês e deliravam com os serials que eram projetados nas telas de cinema. Como não poderia deixar de ser, esta 100ª. edição está especialíssima, com ótimos artigos sobre Hopalong Cassidy, Vincent Price, The Son Of The Pioneers (a fabulosa banda country que aparecia nos filmes de Roy Rogers), Robert Lowery (que foi o Batman no seriado de cinema de 1949), a maravilhosa Gloria Grahame e a sensual Jane Russel. Não faltam as sessões habituais: o teste de Você Sabe?, as sínteses sobre Seriados do Cinema, a Galeria dos B Westerns, a memória de grandes artistas do cinema em Você Lembra Deles?, além da estréia de duas novas sessões: Sidekicks & Vilões e Galeria dos Mocinhos (começando muitíssimo bem com Roy Rogers). Como não poderia faltar numa edição comemorativa, há artigo e fotos fazendo referência a História do Mocinhos & Bandidos e também do Clube Amigos do Western. Imperdível! Ei, os jovens seguidores do nosso blog devem ter ficado “boiando” nessa postagem, perguntando-se continuamente “quem? quem?” – fica a sugestão para começarem a colecionar Mocinhos & Bandidos a partir deste centésimo número. Peçam através do email mocinhosebandidos@ig.com.br

XIRULAUTÉRIO E OS DINOSSAUROS: UMA PEQUENA OBRA-PRIMA DOS QUADRINHOS

Jorge Ubiratã da Silva Lopes, o Byrata, é um experiente artista dos Quadrinhos, apesar de ainda ser pouco conhecido entre os brasileiros. No seu estado do Rio Grande do Sul é diferente, e mais ainda na sua boa terrinha Santa Maria. Pois foi com incrível talento e dedicação pessoal ao longo de anos, e com ajuda de diversos empresários e amigos santa-marienses, que foi possível o lançamento de um caprichado álbum em Quadrinhos apresentando seu personagem Xiru Lautério, a segunda parte de suas aventuras com dinossauros. O ambiente em que vive Xiru é o dos pampas gaúchos (quem não conhecer as gírias locais vai precisar de dicionário), mas vai se decepcionar quem espera encontrar narrativa regionalista piegas. Em Xirú Lautério estão muito presente as tradições gauchescas, e muito mais: Xiru Lautério E Os Dinosauros II (30cm x 21 cm, 100 páginas p&b, capa colorida cartonada e plastificada, lançamento da Editora Rio das Letras) mostra experiência científicas temporais, apresentações de compositores já falecidos (uma ótima chance do autor prestar homenagem a grandes cantores do cancioneiro popular, gaúcho e brasileiro), dinossauros pra lá e pra cá, mas mostra também luta de facão, tchê! A narrativa de Byrata alterna aventura, suspense, bom-humor, e seu traço é sóbrio, muito agradável de se ver. Trata-se de uma obra-prima dos Quadrinhos, que vale a pena conhecer! Eu só pude conhecer graças a meu bom amigo Antonio Mello (que os fiéis leitores dos gibis da Júpiter II já conhecem como roteirista do Brigada das Selvas e do Capoeira Negro), que gentilmente me enviou um exemplar, mas vocês podem conseguir contatando o próprio autor em www.byrata.com.brbyrata@hotmail.com

BILLY THE KID & OUTRAS HISTÓRIAS CHEGA NA 15a. EDIÇÃO COM MUITO TIROTEIO!

Chega ao 15º. número – o que não é pouca coisa em se tratando de publicação independente – Billy The Kid & Outras Histórias, 21 cm x 14 cm com 36 páginas p&b e capa colorida de Emmanuel Thomaz, por R$ 7,00, apresentando HQs de faroeste narradas e ilustradas por ótimos artistas brasileiros como Sandro Marcelo, Teo Pinheiro e o editor Arthur Filho, além do citado capista Emmanuel Thomaz, meu parceiro atualmente em Chico Spencer, aventurando-se com o talento peculiar no mundo do faroeste – ele que já havia ensaiado alguns passos no referido estilo de HQ aqui mesmo na Júpiter II, ilustrando a segunda parte de Capitão MacNamara Contra A Invasão Extraterrestre. Nesta edição de Billy The Kid ele abrilhanta ainda mais o ótimo roteiro de Arthur Filho em “Cidade Tranquila”, narrativa sobre o dilema de ser um xerife de verdade ou um simples funcionário da lei. Thomaz também ilustra outra HQ desta feita baseada em letra de música de Wilson Renato: “Ringo” surpreende pelos criativos enquadramentos e narrativa meio lisérgica. A revista ainda apresenta ilustrações de grandes nomes dos Quadrinhos brasileiros como Lancelott Bartolomeu, Luís Saindenberg e Adauto Silva. Pedidos para arthur.goju@bol.com.br