sexta-feira, 29 de junho de 2012

SAIU O QUINTO NÚMERO DO BLENQ!

Saiu pela cooperativa Júpiter 2 o quinto número de Blenq, o polêmico personagem do mais polêmico ainda Rod Gonzalez (21 cm x 15 cm, 24 páginas em p&b e tons de cinza, capa couchê colorida – autoria de William Cabral, que já desenhou o Blenq no terceiro número da revista, e também as duas edições lançadas até agora do Reação, o super-herói reacionário). A HQ deste número é referente àquela publicada no primeiro número da revista, apresentando uma personagem real dentro de uma história fictícia:a bióloga Vera Lúcia de Oliveira, a Verinha, a salvaguarda dos bichos-preguiça. Ela reaparece nesta edição em ‘No Fio Da Navalha’ (escrita por Rod Gonzalez e ilustrada por Darlei Nuñez), sendo raptada por um perigoso supervilão, o Adaga Vermelha, mestre no uso, por vezes mortal, que faz de objetos pontiagudos. O Adaga agia por ordem & pagamento do Chefe Rocha, um inescrupuloso contrabandista e empresário de fachada. Blenq e seu inseparável parceiro Luã correm em auxílio de Verinha – enquanto Luã enfrenta o bando do Chefe Rocha no resgate, Blenq quebra o pau com o perigoso Adaga Vermelha. No gibi ainda consta entrevista com o artista Darlei Nuñez, sessão de cartas muito especial e galeria do Blenq, ilustrações com os heróis por Carlos Henry, Márcio Rogério Silva e do mestre José Menezes. smeditora@yahoo.com.br (JS)

BILLY THE KID & OUTRAS HISTÓRIAS CHEGA NA 16a. EDIÇÃO COM MUITO TIROTEIO!

Saiu o 16º. número de Billy The Kid & Outras Histórias, através do selo independente Opção 2, editado pelo gaúcho Arthur Filho. Formato 21 cm x 15 cm, capa couchê colorida com 32 páginas em p&b apresentando HQs e textos a respeito do faroeste (ao preço de R$ 7,00). A formidável capa (do talentoso E. Thomaz, meu parceiro em Chico Spencer) apresenta um personagem de sobretudo azul, trocando tiros com Billy The Kid, que me trouxe imediatamente a lembrança de El Diablo, o misterioso justiceiro do oeste lançado pela DC Comics na década de 70 do século passado – e do qual os leitores das edições coloridas de Reis Do Faroeste da Ebal devem se lembrar muito bem. Mas trata-se de um outro personagem, igualmente misterioso, que pode ser visto nesta edição de Billy The Kid na história ‘O Bem & O Mal’ (que inclui um pouco de feitiçaria no faroeste), toda produzida pelo editor. Este, a propósito, acertadamente reconhece seus desenhos como de ‘estilo descompromissado, mas sempre em busca de melhorar e mostrar seus esforços’. E os leitores mesmo podem comprovar isso lendo as outras HQs produzidas por Arthur Filho para esta edição: ‘Terra Para Todos’, mostrando a difícil situação dos negros no velho oeste, mesmo após a guerra civil americana; ‘Billy The Kid E Pat Garret’, mostrando mais um confronto entre os desafetos; e nesta outra HQ chamada ‘Velho Oeste’. Os colaboradores deste número são Airton Marcelino, com a HQ que abre a edição, a ótima 'Billy The Kid, O Acusado’; e temos a estréia de Aurélio Filho em ‘Dois Defuntos E Um Caixão’, fazendo referência ao Django, célebre personagem do faroeste italiano no cinema. E ainda: sessão de cartas e artigo de Worney Almeida de Souza comentando o centésimo número da revista Mocinhos & Bandidos, editada por Diamantino da Silva (eu também comentei a respeito disso, aqui: ttp://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2011/12/mocinhos-bandidos-chega-na-100a-edicao.html). Entrem em contato com o editor Arthur Filho e completem sua coleção – arthurgoju@bol.com.br (JS)

terça-feira, 19 de junho de 2012

AVENTURAS NO CANGAÇO n.1 TRAZ DE VOLTA ANTIGO PERSONAGEM DE GEDEONE MALAGOLA

A cooperativa de Quadrinhos Júpiter II tem como uma de suas propostas resgatar estilos e personagens das Histórias-em-Quadrinhos do passado, alegrando os velhos fãs e apresentando o personagem a jovens e novos leitores, tornando-o mais conhecido – ou menos desconhecido – do público brasileiro. Por isso este lançamento que relembra uma temática muito corriqueira no passado: na literatura, no cinema, nas HQs, as histórias tendo o cangaço como pano de fundo, histórias por vezes realistas, por vezes aventurescas – não que ainda não seja um tema apreciado por muitos artistas e historiadores, mas muito menos do que era nas décadas passadas. Aventuras No Cangaço n.1 (no formato 21 cm x 15 cm, capa couchê colorida – autoria de Edu Manzano – com 24 páginas preto & branco) começa mostrando em seu primeiro número um personagem criado por Gedeone Malagola na década de 50 do século passado: Milton Ribeiro, baseado no ator, mais precisamente num personagem interpretado por este ator no filme O Cangaceiro, de Lima Barreto. Mais informações sobre este personagem aqui: http://www.sallesfanzineiro.blogspot.com.br/2010/12/as-aventuras-de-milton-ribeiro.html
São reapresentadas nesta edição duas HQs lançadas originalmente na revista Vida Juvenil, editada por Mário Hora Júnior no ano de 1957. E aguardem mais surpresas nos próximos números! Personagens memoráveis a caminho! Pedidos para smeditora@yahoo.com.br (JS)

12a. EDIÇÃO DE QUADRANTE X COMEMORA OS 10 ANOS DO NÚCLEO QUADRINHOS S.A. DE SANTA MARIA/RS

O grupo de artistas de HQ de Santa Maria/RS, Quadrinhos S.A., está completando 10 anos de estrada e comemorando de forma muito especial, com o lançamento da 12ª. edição da revista Quadrante X (26 cm x 17 cm, capa couchê colorida e miolo com 68 páginas sulfite em tons de cinza), apresentando uma variedade de artigos, crônicas, dicas e, é claro, muita HQ. Como é tradicional nesta revista, sempre um tema específico perpassa por toda edição, e neste número o foco é no ‘Apocalipse’ e as previsões catastróficas de ‘fim do mundo’, com ênfase nas previsões maias que acabaram se popularizando por conta daquele filmeco de Hollywood. Mas certo mesmo está o editor da revista, Marcel Jacques:


Se pensarmos bem, acredito que os maias, em seu calendário, não indicam necessariamente um fim, mas o início de um novo ciclo.

Concordo plenamente, sabendo que a palavra ‘apocalipse’ quer dizer revelação, e desta forma é batizado o capítulo final do Novo Testamento, o Apocalipse de Jesus revelado a João Evangelista – e que perpassa por toda a Bíblia Sagrada: no Antigo Testamento, no Novo Testamento, nas cartas paulinas e nas cartas católicas. Mas, muito antes deste documento teológico, outros tantos já narravam eventos dito ‘apocalípticos’, ou seja, já constando em seus textos algumas passagens e metáforas semelhantes àquelas que futuramente seriam mostradas a João Evangelista e narradas por este. De fato, seja no Sutta Pittaka (as escrituras canônicas do budismo); seja no Livro dos Mortos dos antigos egípcios; seja no Mahbharata (os textos sagrados hinduístas); seja no Zend-Avesta, os livros sagrados persas de Zarastustra, seja nas tradições maias, astecas e incas; seja na Bíblia Sagrada dos cristãos ou no Alcorão Sagrado dos muçulmanos: por todos esses cânones sagrados o que se narra não é exatamente o fim do mundo, a destruição do planeta e da humanidade: antes falam sobre renovação de ciclos, o fim de um e o início de outro, re-início.
São muitas as atrações em mais uma excelente edição da Quadrante X, dentre as quais destaco a HQ ‘Genesis’, com o instigante personagem Abysmo, por Milton Soares (criação e arte; roteiro de Marcel Ibaldo); os personagens cativos da revista como Super-Anões (de Marcel Ibaldo e Rafael Grasel), Chicken Man (da Quadrinhos S.A.) e Putzman (Marcel Ibaldo e Guiga Hollweg) enfrentam um de seus piores inimigos, numa super-HQ em três partes. Dentre os articulistas, destaque para o amigo Antonio Mello relembrando os tempos passados das HQs de terror brasileiras.
Enfim, é uma baita revista e está repleta de entretenimento e reflexão. Contatem os caras no email quadrinhos.sa@ibest.com.br  e visitem o blog http://www.quadrinhossa.blogspot.com/  

XIRÚ LAUTÉRIO ENFRENTA A MORTE!


Recebo do amigo Antonio Pereira Mello o novo álbum em Quadrinhos do personagem Xirú Lautério, criado pelo sul-riograndense Jorge Ubiratã da Silva Lopes, o Byrata – e o meu exemplar veio com dedicatória do autor! No caprichado formatão (30 cm x 21 cm), capa cartonada colorida com 24 páginas preto & branco, Xirú Lautério Contra A Morte reúne tiras diárias publicadas no jornal A Razão, da cidade gaúcha de Santa Maria, no ano de 1986. Vemos o Xirú Lautério numa enroscada dos diabos – sem trocadilho: caído num forge brabo (um buraco profundo), vai parar nos quintos dos infernos onde enfrenta a própria morte, de foice e tudo! Mas deixemos que o próprio autor explique as metáforas e os significados subliminares que constam desta história:


Esta não é apenas mais uma nova aventura do Xirú Lautério, esse personagem que povoa minha mente desde os 15 anos de idade. É literalmente sua luta contra a morte, pois, desde que nasceu, sempre lutou para não desaparecer. Foi criado no interior de Tupanciretã, em plena região missioneira, estimulado pelas histórias e causos ouvidos nas rodas de fogo de seu velho e esfumaçado galpão. (...) Xirú Lautério é o retrato deste indivíduo que se encontra hoje em extinção por causa da evolução dos sistemas de vida do homem no planeta.


Ah, sem falar que o tipo é engraçado de fazer rachar o bico! Quem já conhece não vai deixar de procurar, quem ainda não conhece entre em contato com o autor pelo email byrata@hotmail.com

QI CHEGA NA115a. EDIÇÃO REPLETO DE BOAS ATRAÇÕES

Olhem só quanta coisa bacana que faz valer a pena a leitura obrigatória do QI, o longevo e renovado fanzine do mineiro Edgar Guimarães em sua 115ª. edição – de cara vocês mesmos podem conferir a super-capa do piauiense Lancelott retratando dois ícones do panteão dos super-heróis brazucas, Velta de Emir Ribeiro e Mylar de Eugênio Collonnese. O Mylar, a propósito, é o tema de uma nova coluna que se inicia neste número do fanzine, dedicada especialmente aos Heróis Brasileiros das Histórias-em-Quadrinhos. Um artigo conciso e ao mesmo tempo detalhado, baseado nas fontes mais confiáveis. Também ressalto um outro artigo muito interessante do editor, comentando ‘O Fim Dos Fanzines’. Na coluna Memória Do Fanzine Brasileiro, o depoimento de José Valcir, da Prismarte. E a coluna que vem sendo reputada (por este que vos escreve, inclusive) como a melhor do renovado QI é aquela que relembra de alguns dos mais instigantes Mistérios Do Colecionismo, destacando neste número, entre outras curiosidades, a revista em formatinho A Vaca Voadora, de Edy Lima, lançada pela RGE nos idos dos anos 70 do século passado. E estão presentes nesta edição o fórum dos leitores, e os lançamentos editoriais independentes, que não podem faltar. edgard@ita.br