sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ICFIRE CHEGA A 80a. EDIÇÃO!!!

Icfire, personagem de História-em-Quadrinho criado por Chagas Lima, chega em sua 80ª. edição. Não, não, vocês não se enganaram nem leram errado: octagésima edição! E esta chega caprichada como as anteriores, no fomatinho (21 cm x 15 cm), capa colorida em papel couchê com 32 páginas em p&b apresentando a HQ “Voar” (escrita e ilustrada por Lima) com mais um capítulo da revonada origem do herói, que carrega consigo o poder do fogo e do gelo no combate contra o mal. De quebra, reprodução de algumas capas de gibis anteriores, e a indefectível sessão de cartas. Agora, cá pra nós, não é mesmo impressionante uma longevidade dessa magnitude, em se tratando de personagem brasileiro dos Quadrinhos, em se tratando de produção independente? Pois fiquem sabendo que o feito é ainda maior do que parece, pois Chagas Lima é diretor de escola (um ofício que, como vocês sabem, é praticamente tempo integral) e produz HQs em seus momentos de “folga”! Ah, quase ia me esquecendo, ele é pai de família com dois filhos! E ainda assim consegue manter regularidade nos lançamentos do Icfire! Um fenômeno! Se eu fosse organizador do troféu HQ mix (“o ‘oscar’ dos Quadrinhos brasileiros”, ó céus...) eu parava de ficar premiando toda hora alan múúú, nil gosma, franque milho, angeli e laerte, e dava uns 20 troféus para Chagas Lima e Icfire! Mas Chagas Lima não mora no eixo Rio-SP (é de Natal, RN) e felizmente não precisa daqueles chatos para criar gibis. icfire.clima@gmail.comicfirehq.blogspot.com

4 comentários:

Carlos Henry disse...

Rapaz, eu admiro os autores e HQs independentes...pq?Pq eles fazem HQs bem melhores que as porcarias Marvel e Dc em banca!
Saudades da época da Ebal e da RGE publicando Marvel e DC,da fase formatinho da Abril (mesmo com os cortes nas histórias)...neste período, a HQ nacional tinha uma cara,com variedade de gibis em banca,onde se via artistas brasileiros: Calafrio e Mestres do Terror,do Rodolfo Zalla, Jaspion e Cia,A Maldição do Guerreiro Ninja, quadrinhos eróticos,qudrinhos de terror,quadrinhos infantis,etc.
O que matou os quadrinhos no Brasil foram a publicação em 2000 da famigerada Linha Premium,de gibis Marvel e DC. O que valia agora era o formatão de lombada quadrada, capa cartonada e com 160 páginas em papel especial. o início da elitização das Hqs.
Abril cancelou todos os formatinhos e lançou cinco revistas no formato Premium: X-Men, Superman, Batman, Homem-Aranha e Grandes Heróis Marvel. A proposta era boa: muitas páginas, excelente qualidade e só os maiores heróis das duas editoras. Só tinha o porém: o preço.
Os nerds que estavam acostumados a comprar seus gibis de 100 páginas por módicos R$2,50 tomaram um susto quando olharam o preço: 10 reais (9,90, pra falar a verdade). Os mais fudidos de grana até tentaram acompanhar, mas depois, estava difícil juntar tanto dinheiro... Resultado? Muitos pararam de colecionar gibis.
A Abril tentou, mas a Linha Premium foi pro Limbo. Depois a editora ensaiou uma volta ao formatinho, mas não adiantou... Os heróis foram pra italiana Panini Comics, onde estão até hoje.
Agora ,a Panini, está trilhando o mesmo caminho: formatão e preço caro. A única diferença é que em vez de papel especial, é o vagabundo... E o preço já chegou lá!
As revistas se tornaram caras, com preços abusivos de 8,50 e 15 reais, histórias e personagens pretensiosos, numa cronologia confusa , ligados à “grandes eventos” à toda hora,com histórias repetitivas a exaustão!
Em contrapartida, as Hqs da Júpiter II não são caras,tem roteiros que realmente entretem os leitores,não são presos a cronologias confusas.Se existem clichês,se usa de uma forma muito pessoal de se fazer,o que as torna diferente do que se tem em banca.
Revistas como Reação,Capitão McNamara contra a Invasão Espacial e Tiras X Monstros tem HQs que se diferenciam pelo conteúdo e moda de mercado atual.Se um leitor busca Hqs que realmente divertem,vá atrás delas!
Acredito que por isso,os indies estão achando seu mercado.Não pra competir com Panini ou similares,mas,apenas pra ter sua fatia no meio.Conheço autores que estão vendendo bem seus produtos,de forma artesanal.Não dá pra ficar rico,mas, dá pra se fazer o que se gosta,paralelo ao trabalho formal,aquele que sustenta sua casa.
Não acredito que a HQ nacional se torne uma industria como a foi nos anos 60,mas,acredito que terá eu nicho de leitores pra quem arregaçar a manga e publicar,como já está acontecendo.Nem pensem em editores de mercado !Estes não estão interessados em nós. Façamos acontecer sem eles ou em parcerias com produtores da HQ indie.

Carlos Henry disse...

Vou dar meu exemplo,com licensa do dono do Blogg.
Recentementeestava numa agência de publicidade,como ilustrador.Mas,depois de meses,levei Aviso Prévio.Sem emprego,tive oportunidade de fazer teste pro mercado americano.O agente me pediu pra seguir a tendencia da moda.
Depois de pensar muito,resolvi fazer seguinte:estudar Photoshop e Corel DRAW! aliado à Design Gráfico,pra viver disso e fazer minhas HQs,do jeito que queria.Detalhe: pago pensão de 2 filhos meus e sou casado.com obrigações de uma casa.
Não tenho o sonho de muitos de trabalhar na Marvel ou Dc,sacrificando até os FDS com família e amigos.Isso pra mim,não tem preço.Agora,se eu posso fazer Hqs com personagens que gosto e da forma que gosto,tendo meu emprego que sustente a minha familia,memso recebendo menos,fico satisfeito.essa é a verdadeira riqueza pra mim!

SULLIVAN SUÁD disse...

Tenho q parabenizar o Chagas... Ele é o cara!

Zilson Costa disse...

Olha, concordo em gênero, número e grau com Salles, quadrinhos em Ação e Riccelle. Deixemos mesmo esse papo de ficar correndo atrás de quem não se interessa por nosso trabalho e parabéns ao Chagas Lima!