Edgard
Guimarães lança a 126ª. edição do fanzine QI com 20 páginas repletas de
curiosidades e informações sobre o universo das Histórias-em-Quadrinhos – como é
praxe nesta publicação, que completa em 2014 sua ‘maioridade’, 21 anos de
existência! Autor da capa e da contracapa (com um inspirado e melancólico Poeta Vital refletindo sobre o tempo), o
editor Ed Guimarães assina quase todos os ótimos artigos presentes nesta edição,
com seu conhecimento do assunto e bom-humor habituais: em ‘Mistérios do
Colecionismo’, comenta algumas edições brasileiras produzidas visando o mercado
internacional; em ‘Desvendando A Alma Em Matéria Pouca’, comenta as
curiosidades e os ‘malabarismos’ dos tradutores das HQs, as vezes resvalando no
ridículo; mesmo que não tenhamos nessa edição a coluna ‘Heróis Brasileiros’, Ed
comenta a respeito de O Careca, de
Alan Voiss, personagem que se tornou cult entre os aficionados da HQ brazuca.
Outro artigo muito interessante é sobre a passagem do grande artista brasileiro
Gutemberg Monteiro pela editora Warren, ilustrando capas e HQs de terror. De
quebra, Guimarães apresenta duas crônicas muito agradáveis, uma relatando seu
encontro com Eduardo Vetillo, artista que desenhou no passado em revistas de
Quadrinhos muito populares como Os
Trapalhões, Spectreman e Chet e hoje produz caprichados álbuns
com temática histórica; e outra relembrando seus tempos de garoto, mais
especificamente sobre um trabalho escolar que produziu em forma de HQ. Na
coluna ‘Mantendo Contato’, Worney de Almeida relembra os gibis do Palhaço
Pixoxó, artista de cidade de Piracicaba/SP que teve três edições em Quadrinhos
produzidas pelo estúdio Magno Arte. Além do Fórum dos leitores e da divulgação
das edições independentes, os encartes também estão por aqui: no último ‘Cotidiano
Alterado’, o artista em foco é o norte-americano Rube Goldberg e seu Boob McNutt; além da seqüência da HQ de
faroeste Buster, do artista português
José Pires. Por si só, esta edição já poderia ser considerada a melhor desde a
renovação do QI no centésimo número – imaginem então se levarmos em conta o
precioso presente do editor, um suplemento de capa colorida e 34 páginas sobre Quadrinhos Europeus No Brasil, um
impressionante catálogo apresentando & comentando sobre autores e
personagens europeus publicados no Brasil desde a década de 50 do século passado
até os dias de hoje! Se a catalogação não é completa (e nem essa é a intenção
do editor/autor), haja vista que seria trabalho hercúleo digno de um museólogo
experiente, ainda assim é quase completa! Coisa admirável e, para leitores como
eu, um caipira cinquentão tal como o editor do QI, esta edição representou uma
viagem maravilhosa ao passado, quando as bancas estavam repletas de publicações
de todo estilo – mesmo que, na época (anos 70 do século XX), eu pouco me
importasse a respeito da nacionalidade dos autores. Desde já, uma obra indispensável para quem quiser estudar o mercado editorial brasileiro das Histórias-em-Quadrinhos. Escrevam para o editor
Edgard Guimarães e não deixem de conhecer essa preciosidade – edgard@ita.br (JS)
PS: Que Edgard Guimarães já tenha sido responsável por enriquecer sobremaneira a historiografia dos Quadrinhos eu já sabia; o que eu ainda não sabia, e só vim a saber após ler o fórum de leitores desta edição do QI, é que este fanzine já tenha sido o responsável por um casamento! Que maravilha! Além de notável fanzineiro, editor, ilustrador, roteirista, pesquisador, o Ed também é um eficiente cupido!
PS: Que Edgard Guimarães já tenha sido responsável por enriquecer sobremaneira a historiografia dos Quadrinhos eu já sabia; o que eu ainda não sabia, e só vim a saber após ler o fórum de leitores desta edição do QI, é que este fanzine já tenha sido o responsável por um casamento! Que maravilha! Além de notável fanzineiro, editor, ilustrador, roteirista, pesquisador, o Ed também é um eficiente cupido!
Um comentário:
Esse sempre foi um dos fanzines mais completos do meio alternativo, e continua sendo, ainda bem que o Q.I dura até hoje.
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