quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

MAIS VELTA EM LIVRO DE BOLSO

Emir Ribeiro lança o terceiro número da coleção de bolso As Aventuras de Velta, no formato 15 cm x 10 cm, capa couchê colorida (arte do próprio Emir Ribeiro) e 20 páginas de miolo em tons de cinza, apresentando a HQ ‘Encontro Casual’, escrita por Marcos Franco e ilustrada por Gilberto Borba, dois craques no assunto, que mostra o primeiro encontro entre os super-heróicos Lagarto Negro de Gabriel Rocha e, é claro, a Velta de Emir Ribeiro, lutando juntos contra uma quadrilha de traficantes de drogas. Trama despretensiosa, divertida e bem humorada, cujo título original já diz tudo, um encontro casual entre os dois super-heróis brazucas. Não se esqueçam de que esta é uma produção independente do artista Emir Ribeiro, então os interessados entrem em contato diretamente com ele, ok? emir.ribeiro@gamil.comwww.emirribeiro.com.br


PS: o segundo encontro do Lagarto Negro com a Velta coube a nós da Júpiter II a primazia de tê-lo publicado, na edição especial lançada em 2011 – temos em estoque alguns pouquíssimos exemplares desta edição, que logo logo vai estar se tornando item raro de colecionador, o que já acontece com várias de nossas revistinhas. Esta vocês podem pedir diretamente pra mim, ok? smeditora@yahoo.com.br

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

FANZINE QI CHEGA NA 130a. EDIÇÃO

                A 130ª. edição do fanzine QI lançada neste final de ano representa, como sempre, uma grande alegria – mesmo que, tal como no número anterior, a capa nos informe de triste notícia, da partida de outro grande editor brasileiro, o alagoano Valdir de Amorim Dâmaso, possivelmente o maior editor de fanzines que o Brasil já teve, com mais de 150 publicações lançadas de suas polpudas Edições Gibizada. Foi-se o grande mestre fanzineiro depois de oitenta anos de vida muito bem vividos e produtivos. A caricatura na capa representando Valdir Dâmaso (e que ele mesmo sempre utilizava em suas edições) foi feita por um ex-colaborador de seus fanzines, o grande artista ítalo-brasileiro Umberto Losso, que também já nos deixou, há alguns poucos anos atrás. Mais do que merecida a homenagem a Dâmaso prestada pelo editor do QI Edgard Guimarães (que por muito tempo distribuiu os fanzines Gibizada pelos correios), além da capa assinando bonita crônica sobre vida & trabalho do ex-parceiro.
                E segue a vida, segue o QI. Edgard Guimarães assina neste número mais artigos sobre o universo das HQs, começando com ‘Coisas de Akim’ – quem não se lembra do Akim?, aquele personagem italiano que era cópia do Tarzan, e que por tantos anos circulou nas bancas brasileiras? Pois Guimarães faz uma incrível listagem completa das edições do Akim lançadas na Itália e no Brasil; em ‘Considerações Sobre os Fanzines’, reproduz uma entrevista feita com o editor do QI por Douglas Utescher, e destaco uma das repostas concedidas pelo Edgard Guimarães: “mas a internet tem criado uma geração de gente que quer tudo de graça. Não são essas pessoas que vão se interessar por fanzines impressos”. Triste verdade...
                Como vem sendo praxe nas edições do QI, sempre ou quase sempre nos é relembrado algum personagem super-heróico brasileiro dos Quadrinhos, e o homenageado deste número é o Flama, do paraibano Deodato Borges – o pai de Deodato Filho, aquele que hoje é internacionalmente reconhecido como Mike Deodato – criado no ano de 1963 no rastro do sucesso de um programa radiofônico. Lembrando que, infelizmente, também Deodato Borges nos deixou neste ano de 2014.
                Ausente do número anterior, a sessão ‘Mistérios do Colecionismo’ aborda sobre aquelas chatíssimas revistas de ‘resistência à ditadura’ – oh, que ditadura cruel essa que permitia a livre circulação dessas tralhas como o Pasquim, não é mesmo? E pensar que os editores dessas porcarias hoje recebem indenizações milionárias por causa disso! Sorte do “revolucionário” Jaguar, que hoje pode comprar caixas e mais caixas de uísque importado, e nem precisa mais se preocupar em desenhar ou escrever – sorte nossa, pois há muito esse sujeito já perdeu a criatividade e vive dos ‘louros’ do Pasquim! Muito mais interessante foi ler, de autoria do mesmo Ed Guimarães, o artigo intitulado ‘Histórias Sem Fim’, a respeito daquelas sagas intermináveis, típicas dos quadrinhistas europeus, de apresentar histórias que demoram décadas para terminar (quando terminam)! Mas foi bom saber que lá no Japão e em outros países já circula a nova versão do Lobo Solitário, escrita pelo mesmo Kazuo Koike e agora ilustrada por Hideki Mori, haja vista que Goseki Kojima, o ilustrador da série original, já nos deixou. Na coluna ‘Mantendo Contato’, Worney Almeida de Souza relembra algumas publicações nacionais com personagens estrangeiros que, apesar de bem produzidas, tiveram vida curtíssima nas bancas.
                E temos as sessões habituais: o Fórum de leitores, a relação das edições independentes, além da bonita crônica natalina de Espedicto Figueiredo e algumas HQs poéticas (de Dennis Oliveira e Chagas Lima) e cômicas (de Luís Cláudio Lopes Faria, Paulo Miguel dos Anjos e Rafael Grasel) – além do indefectível Poeta Vital, na quarta capa.

                E mais uma vez Ed presenteia os fiéis leitores do QI com um brinde sensacional, o segundo volume da coleção ‘Pequena Biblioteca Sobre Histórias-em-Quadrinhos’: O Outro Maurício, produzido pelo ilustrador e editor Luiggi Rocco, abordando uma faceta do criador da Turma da Mônica, Maurício de Souza, que poucos conhecem ou se lembram: como distribuidor de tiras em Quadrinhos para jornais, no estilo dos syndicates americanos, não só com seus personagens mas também outros de autores diversos: Osvaldo Talo com Caramuru e Licky Lucky; Otávio Câmara de Oliveira com Canarinho, Lyrio Aragão com Teobaldo, o Detetive; Jaime Colin com Vizunga; Julio Shimamoto com O Gaúcho (que os leitores da Júpiter II conhecem tão bem) e Coisas do Futebol. De Maurício de Souza são citados personagens que hoje estão praticamente esquecidos, como Os Dez Ajustados, Teveluisão, Mug, Nico Demo, Os Souza, entre outros. Um resgate importantíssimo feito por Rocco, com ajuda de Guimarães. Portanto, mais do que nunca é preciso conhecer e prestigiar o QI, contatando o editor Edgard Guimarães em edgard@ita.br (JS)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

NATAL - FONTE VIVA

              Chega o Natal e momento de reflexão para todos, especialmente para aqueles que se comprometeram ao longo dos anos a seguir os ensinamentos do aniversariante Jesus de Nazaré. Todo aquele, seja de qual credo for, que se dedica com sinceridade a seguir os passos do Cristo, reconhecem que o obscurantismo religioso ainda grassa entre nós, nos colocando, aos olhos dos materialistas mais agressivos e menos instruídos, no mesmo balaio daqueles que se dizem cristãos mas agem de maneira totalmente oposta ao que ensinava o Mestre nazareno. Para estes, o Natal nada mais é do que ocasião para beberagens e glutonarias ainda mais exageradas do que aquelas que mantêm durante todo o ano; já para aqueles que sentem no coração a presença de Jesus, reconhecem a própria pequenez e com isso se esforçam para se tornar pessoas melhores – ou menos ruins – do que vêm sendo, o Natal é ocasião de grande alegria pois celebramos o aniversário do amigo mais querido: Jesus de Nazaré, o Messias esperado, não aquele que viria com exércitos invencíveis, mas o que nasceu na humildade de uma manjedoura, ao lado de animais, e quando cresceu legou ao mundo lições de generosidade até hoje impactantes: ame a seu próximo como a si mesmo, faça aos outros o que gostaria que fizessem a você, ame seus inimigos e reze por eles. Tudo muito difícil, como bem sabemos. Para mim, particularmente, o amor aos inimigos (quer dizer, o perdão incondicional), ainda é meta muito longe de ser alcançada. E só conseguiremos evoluir, só conseguiremos atingir a plenitude da vida (o que chamamos de Reino dos Céus) quando pudermos seguir integralmente, sem desvios, os difíceis ensinamentos do Cristo para nós. Até lá, temos que suportar com altivez a incompreensão dos arautos do deboche, do escárnio, daqueles que nos rotulam como “fanáticos fundamentalistas”.
                Viva o Natal! E para aqueles que não reconhecem a importância de Jesus, nem mesmo sua importância crucial para a História dos humanos, lembremos da crônica ditada por Emmanuel (segue a opinião de alguém das esferas superiores, muito acima dos comezinhos dilemas humanos, onde a passagem de cem anos terrestres equivale a um único dia, extraída do livro Fonte Viva):

                As legiões angélicas, junto à Manjedoura, anunciando o Grande Renovador, não apresentaram qualquer palavra de violência:
                Glória a Deus no Universo Divino.
                Paz na Terra.
                Boa Vontade para com os Homens.
                O Pai Supremo, legando a nova era de segurança e tranquilidade ao mundo, não declarava o Embaixador Celeste investido de poderes para ferir ou destruir.
                Nem castigo ao rico avarento.
                Nem punião ao pobre desesperado.
                Nem desprezo aos fracos.
                Nem condenação aos pecadores.
                Nem hostilidade para com o fariseu orgulhoso.
                Nem anátema contra o gentio inconsciente.
                Derramava-se o Tesouro Divino, pelas mãos de Jesus, para o serviço da Boa Vontade.
                A justiça do “olho por olho” e do “dente por dente” encontrara, enfim, o amor disposto à sublime renúncia até a cruz.
                Homens e animais, assombrados ante a luz nascente na estrebaria, assinalaram júbilo inexprimível...
                Daquele inolvidável momento em diante a Terra se renovaria.
                O algoz seria digno de piedade.
                O inimigo converter-se-ia em irmão transviado.
                O criminoso passaria a condição de doente.
                Em Roma, o povo gradativamente extinguiria a matança nos circos. Em Sídon, os escravos deixariam de ter os olhos vazados pela crueldade dos senhores. Em Jerusalém, os enfermos não mais seriam relegados ao abandono no vale da imundície.
                Jesus trazia consigo a mensagem da verdadeira fraternidade e, revelando-a, transitou vitorioso, do berço de palha ao madeiro sanguinolento.
                Irmão, que ouves no Natal os ecos suaves do cântico milagroso dos anjos, recorda que o Mestre veio até nós para que nos amemos uns aos outros.
                Natal! Boa Nova! Boa Vontade!...
                Estendamos a simpatia para com todos e comecemos a viver realmente com Jesus, sob os esplendores de um novo dia.


                Este editor e seus valorosos parceiros, os colaboradores da Cooperativa Júpiter II, desejamos a todos um Feliz Natal! (JS)

ICFIRE EDIÇÃO ESPECIAL DE NATAL

Chagas Lima lança edição especial de Natal com seu mais conhecido personagem, IcFire, uma edição especialíssima com 20 páginas coloridíssimas (incluindo a capa, esta em papel couchê), apresentando a HQ ‘IcFire na Terra de Noel’ – é isso mesmo, IcFire e Patrícia vão até a casa de Papai e Mamãe Noel, convocados por eles para tentar dar cabo de um imenso abominável monstro de neve que vinha trazendo terror e morte na região, pondo em perigo a tarefa do bom velhinho, qual seja, preparar e levar presentes para as crianças. Tudo isso feito com o carinho e o capricho habituais pelo editor-roteirista-desenhista Chagas Lima, que há muitos natais vem contemplando os fãs da HQ brasileira com seus ótimos fanzines – e todos nós fãs desse artista contamos que possa continuar durante todo o ano de 2015 – e além – a nos brindar com novas aventuras de seu maravilhoso universo de fantasia! Valeu, Chagas! (JS) icfire.clima@gmail.comwww.icfirehq.blogspot.com

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

SAIU O OITAVO NÚMERO DO CORCEL NEGRO!!!

Para fechar o ano com chave de ouro, a cooperativa Júpiter II lança o oitavo número do Corcel Negro, um dos personagens mais queridos pelos nossos leitores. Criação do potiguar Alcivan Gameleira, esta edição de 28 páginas p&b apresenta, além da bonita capa ilustrada por Marcelo Salaza e colorizada por Ton! Neri, quatro HQs escritas pelo autor: ‘Cego, Surdo e Mudo’ (ilustrada por Orlando Maro) onde o nosso herói enfrenta uma gangue de valentões que intimidava um cego conhecido como Morcego; ‘A Desconhecida’ (por Tarcílio Dias) leva o Corcel Negro mais uma vez no tempo da escravidão no Brasil imperial, lutando por sua vida e pela vida de uma jovem escrava fugitiva; ‘No Mundo da Lua’ (por Abdon Soussy) o guerreiro negro é visto andando a esmo pelas ruas e avenidas da metrópole paulistana, quando é salvo por um instigante personagem em cadeira de rodas; e ‘Inocência’ (por Paulo Ricardo), apresenta o Corcel num momento de descontração em Pau dos Ferros, terra natal do autor Alcivan. De quebra, este número traz ilustrações de Marcos Fabiano Lopes, Wellington Marx e Joe Nunes. (JS)

domingo, 9 de novembro de 2014

SAIU O SÉTIMO NÚMERO DE CHICO SPENCER!

O sétimo número do detetive Chico Spencer e seu abençoado anjo-da-guarda, tem 32 páginas apresentando a HQ “Laços Amarelos”, escrita por José Salles e mais uma vez, a exemplo do número anterior, ilustrada por José Menezes. A história é baseada em música muito popular na cultura norte-americana, chamada Tie A Yellow Ribbon, de Irvin Levine e Russel Brown. Era muito comum nos cursos de inglês – pelo menos durante os anos 80, que foi quando eu mesmo fiz curso de inglês e aí conheci a referida música, graças ao bom professor e caro amigo Tido. A letra da música falava de um ex-presidiário, recém saído da cadeia, que escrevera um bilhete para a mulher amada, para que ela pudesse amarrar um laço amarelo na ‘velha árvore de carvalho’, como se estivesse dizendo que ele era bem vindo de volta. Se durante a viagem de regresso, o ex-presidiário não visse algum laço amarelo na árvore, ele seguiria viagem. Mas, ao se aproximar da casa da mulher amada, viu uma centena de laços amarelos na velha árvore de carvalho... Um trechinho – o refrão da música – para relembrar:

Oh tie a yellow ribbon
‘round the old oak tree…
It´s been three long years,
do you still want me?
If I don´t see a ribbon
‘round the old oak tree…
I´ll stay on the bus,
Forget about us,
I’ll put the blame on me…
If I don’t see a ribbon
‘round the old, old oak tree!


Essa música acabou por virar uma espécie de ‘hino’ para aqueles que reconhecem seus erros e pedem uma oportunidade sincera para recomeçar. Quem carrega um passado tenebroso pleno de atitudes egoístas, e sinceramente se esforça por ser uma pessoa menos ruim do que foi no passado, é o tipo de gente que se emociona com a música Old Oak Tree. E Chico Spencer vai se deparar com um caso onde essa mesma música pode ser um sinal de liberdade, na trajetória do jovem Bruno, um rebelde sem causa que, desde a adolescência, inebriado pela perversa cultura de morte que impera nas artes globlalizadas, arrepende-se dos atos de sua vida e decide se reconciliar com aqueles a quem outrora feriu. E, para completar, Spencer vai assistir a outro show de outro mundo, com dois grandes artistas que também atuaram juntos algumas vezes, quando ainda caminhavam nessa terra. De quebra, estréia nesta edição a coluna ‘Favoritos do Spencer’ – que na verdade é uma desculpa para que este editor possa escrever a respeitos de filmes antigos, coisa que já venho fazendo em títulos como O Bom & Velho Faroeste e Romance em Quadrinhos; espero que aqueles que vierem a ler essas crônicas sintam-se inspirados a assistir aos filmes lá comentados, e perdoem o editor que é o único responsável pela grande burrada deste gibi: na hora de escrever o título da coluna, acabei trocando as letras, isso escapou de várias revisões e acabou saindo ‘Favotiros do Spencer’. Nas duas colunas desta edição! E assim ficou, sinto muito. (JS)

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

QI CHEGA NA 129.o EDIÇÃO COM ÓTIMAS ATRAÇÕES

                A 129ª. edição do fanzine QI, editado pelo mineiro de Brasópolis Edgard Guimarães, traz logo na capa uma justíssima homenagem ao grande artista brasileiros dos Quadrinhos Antônio Cedraz, o célebre autor da Turma do Xaxado, que nos deixou recentemente. Completa-se a homenagem com uma crônica muito bonita de Chico Castro Jr. sobre Cedraz, e no editorial, Ed Guimarães sintetiza o significado da trajetória do grande artista baiano:

Cedraz (...) merecia muito mais. Não só pela obra, mas pela figura humana excepcional. Apesar de toda incompetência da indústria brasileira de quadrinhos, Cedraz soube mostrar seu trabalho, nunca desanimando e efetivamente produzindo uma obra invejável.

                As grandes ausências nas 28 páginas desta mais recente edição do QI são as colunas ‘Mistérios do Colecionismo’ e ‘Heróis Brasileiros’, mas ainda assim o fanzine apresenta alguns excelentes artigos, começando com a reprodução de um deles publicado originalmente no ano de 1976 nas revistas da editora inglesa Warren, assinado por Joe Brancatelli comentando a respeito da indústria norte-americana dos comic books – e muito oportuna a presença deste artigo (traduzido por Luiz Antônio Sampaio) por sua incrível atualidade, exceto por uma ressalva ou outra, se fosse publicado há cinco minutos atrás, ninguém diria que foi publicada há quase 40 anos.
                O editor Guimarães assina artigo sobre o ilustrador belga Huppen Hermann e sua obra publicada em Portugal e no Brasil – se na terra de nossos irmãos lusos foi publicada com várias lacunas, aqui no Brasil algumas obras de Hermann foram publicadas dentro da imensa lacuna – os mais velhos devem se lembrar do par de álbuns do faroeste Comanche, lançado entre nós pela Editora Vecchi. Fora isso, um ou outro álbum lançado esporadicamente.
                Mais um trecho da entrevista de Edgard Guimarães a Wender Zanon a respeito do universo dos fanzines, perguntas pertinentes para respostas idem.
                Worney Almeida tem espaço para comentar a respeito de sua mais recente empreitada editorial, o álbum reunindo as raríssimas HQs dos X-Men escritas por Gedeone Malagola e ilustradas por Walter Silva Gomes para a Gráfica Editora Penteado (GEP) nos anos 60 – eu já comentei a respeito neste mesmo blog, aqui: http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2014/10/os-x-men-por-gedeone-malagola.html); além de sua coluna habitual ‘Mantendo Contato’, onde comenta a respeito dos fanzines de página única e uma discreta reação dos fanzineiros e suas publicações de papel.
                Ao olhar para a página onde se encontra a sessão ‘Desvendando Alma Em Matéria Pouca’, que geralmente me agrada, torci o nariz ao ver foto de uma edição daquele Miracleman dos anos 80 – li essa tralha na época em que foi lançada no Brasil, as duas primeiras edições, e achei chatíssimo, um troço pedante e pretensioso de alguém que parecia ter lido somente as orelhas dos livros de Nietchze. Na verdade, esse Miracleman é uma versão modernosa de um personagem inglês dos comics dos anos 50, Marvelman, que foi publicado no Brasil em algumas revistas cujas capas foram desenhadas pelo grande artista brasileiro José Lanzelotti. Mas no artigo deste número, Ed Guimarães aproveita o Miracleman para comentar a respeito de direitos autorais e nome de obras, relacionadas a seus autores, um tema muito interessante.
                No Fórum de leitores, fiquei muito feliz ao saber do 70.o aniversário de meu querido amigo Antônio Armando Amaro – parabéns, irmão! – e uma singela homenagem do editor a saudosa amiga e poetisa Cecília Fidelli. De quebra, mais uma vez tenho a honra de ver outra resenha de minha autoria a respeito do QI, publicada neste blog.

                E há Quadrinhos também: de Chagas Lima, de Dennis Oliveira (homenageando o Corcel Negro de Alcivan Gameleira, o tão querido personagem publicado pela Júpiter II) e a presença do Benjamin Peppe, por Paulo Miguel dos Anjos e Rafael Grasel. E mais Poeta Vital na quarta capa, falando a respeito de política e eleições. De brinde, o último encarte da HQ de faroeste com o personagem Buster, do ilustrador português José Pires, incluindo uma linda ilustração colorida. Contatos com o editor Edgard Guimarães em edgard@ita.br (JS)

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A HORA E A VEZ DOS SUPER-HERÓIS DO OESTE PAULISTA!!!

Os Super-Heróis Brasileiros das Histórias-em-Quadrinhos sempre foram motivo de muita polêmica, exaltados por alguns, desprezados por outros. A torcida do contra surgiu ainda na década de 70 do século passado, com os teóricos marxistas dos Quadrinhos argumentando que se tratava de influência estrangeira, que o fato das histórias se passarem em cenários brasileiros não faziam delas HQs nacionais, etc. Até hoje essas idiotices têm enorme influência entre os leitores brasileiros, mesmo que não sejam marxistas. De outro lado, um número cada vez maior de autores brasileiros vem criando seus super-heróis e, consequentemente, acabam formando leitores apreciadores dos super-heróis brasileiros em número muito superior ao de seus detratores. E, na medida em que novos estudos e novas abordagens vão surgindo, os autores marxistas e seus seguidores vão caindo cada vez mais no descrédito e no ridículo. Um exemplo de nova abordagem no estudo dos personagens brasileiros dos Quadrinhos é o blog http://primeirossuperherois.blogspot.com.br/, idealizado e organizado por Rod Gonzalez (colaborador da Júpiter II e autor de vários super-heróis, entre eles o Blenq, publicado por nós). Quem se interessar em conhecer esse blog, vai se surpreender com a grande quantidade de super-heróis brasileiros já criados, desde as primeiras décadas do século passado, ou seja, enganam-se redondamente aqueles que ainda insistem em dizer que os super-heróis não fazem parte da tradição dos Quadrinhos brasileiros. Segundo as pesquisas feitas por Rod Gonzalez, nada mais nada menos do que o primeiro super-herói do mundo foi criação de um brasileiro, o controvertido historiador Gustavo Barroso e seu personagem chamado Oscar, publicado em forma de conto ilustrado na antológica revista O Tico-Tico em 1906! Quem foi que disse que o Brasil não tem tradição de super-heróis de ficção? Certamente nenhum de nós aqui da Júpiter II, uma cooperativa que vem lançando revistas em Quadrinhos de vários estilos, incluindo é claro o estilo super-heróico – não por acaso muitos leitores a consideram hoje a legítima Casa dos Super-Heróis Brasileiros. Mas faltava aparecer algum super-herói – ou por outra, alguns super-heróis – que pudesse(m) representar o centro-oeste do estado de São Paulo, donde faz parte este editor que vos escreve. E, por obra e graça do artista paulista Leandro Gonçalez (nascido em Ourinhos e radicado em Bauru), as cidades de nossa região vêm ganhando seus super-seres. O primeiro deles nasceu em Bauru mesmo, onde atualmente vive o Leandro, e por isso ganhou o título desta revista: O Guardião – que gentilmente estará dividindo as páginas de sua coleção com outros heróis de outras cidades do centro-oeste paulista, estreando neste número o mago Órion, representando a cidade natal do autor, Ourinhos. E não se preocupem, que ainda virão outros super-heróis representando outras cidades da região, tais como o Fera Negra (de Botucatu), Gavião Real (de Santa Cruz do Rio Pardo – este fazendo referência ao pioneiro super-herói brasileiro dos Quadrinhos, o Capitão Gralha de Francisco Iwerten, lançado em 1939) e Minuano (aqui da minha terrinha, Jaú). Todos eles oriundos do talento e da criatividade de Leandro Gonçalez. Ah, e um recado para os detratores dos super-heróis brasileiros, que vivem apontando o dedo e acusando seus autores de plágio: vão se catar, vão estudar! Depois de 120 anos de HQ, de tantos personagens criados, é muito difícil exigir plena originalidade dos artistas. E outra, por que vocês não vão amolar outro? O sr. Stan Lee, por exemplo, um dos maiores plagiários do mundo, mas que vocês vivem bajulando? Ora, vão cuidar dos seus ‘marvels’ e deixem os super-heróis brasileiros por nosso conta! (JS)

domingo, 5 de outubro de 2014

OS X-MEN POR GEDEONE MALAGOLA!!!

O historiador das HQs Worney Almeida de Souza e o quadrinhista & cartunista Márcio Baraldi já atuaram diversas vezes como editores, e voltam à carga nesta função com um lançamento precioso: Arquivos de Gedeone Malagola – Os X-Men Em Ação. Um edição caprichadíssima no formato 27 cm x 16 cm, 92 páginas preto & branco, capa colorida de Walter Silva Gomes a partir do que já havia feito para um Super-Almanaque dos X-Men, lançado pela Gráfica Editora Penteado/GEP na década de 60 do século passado. Worney e Baraldi nos proporcionaram um precioso resgate do mercado editorial brasileiro, as HQs com os personagens da Marvel, os X-Men, produzidas por autores brasileiros, majoritariamente escritas por Gedeone Malagola e ilustradas por Walter Silva Gomes, publicadas originalmente nos gibis da GEP e reunidas pela primeira vez nesta edição. Tudo vem muito bem explicadinho no texto introdutório (autoria de Roberto ‘Meteoro’ Guedes), mas em linhas gerais aconteceu assim: a GEP passou a publicar, no final dos anos 60, alguns personagens da Marvel Comics que não eram publicados pela Ebal, de Adolfo Aizen, entre eles os X-Men (na época nós dizíamos ‘xis-méin’). Como as revistas originais da Marvel traziam muito mais páginas de publicidade do que as revistas brasileiras, para ocupar aquelas 7 ou 8 páginas restantes, o diretor da GEP Miguel Penteado decidiu pedir a seus artistas que produzissem eles mesmos HQs dos X-Men – e todas as que foram produzidas naquela ocasião, são reapresentadas nesta portentosa edição lançada agora por Worney e Baraldi. No total dez histórias, das quais destaco duas neste breve comentário: o encontro entre os X-Mens originais e o Poderoso Thor (coisa inédita até mesmo na Marvel Comics) e a última produzida pelos brasileiros, que foi capa das Edições GEP (capa que vocês podem conferir aí embaixo) e apresentou um monstruoso supervilão que posteriormente foi copiado pela Marvel Comics  num dos gibis team-up do Homem-Aranha. Para mim foi uma deliciosa surpresa esta edição, pois já não tenho mais as edições originais da GEP – e quem quiser adquirí-las, hoje em dia, tem que ser milionário, diante dos preços impostos pelos extorsionários dos comics. Ah, sim, os editores advertem que se trata de uma ação entre amigos com tiragem limitada, dedicada a estudiosos e colecionadores, sem interesse econômico e sem pretensões de usurpar os direitos autorais, sejam os da Marvel ou dos autores brasileiros. Mas claro, os editores têm o direito de serem ressarcidos das despesas de impressão e correios, ok? Qualquer dúvida, escrevam para produtoraculturalwaz@yahoo.com.br (JS)

CONFIRAM A SEXTA EDIÇÃO DO QUADRANTE SUL

Os veteranos editores gaúchos do Quadrante Sul estão de volta, em outra edição caprichadíssima (a sexta – formato 21 cm x 15 cm, 28 páginas p&b e tons de cinza, capa couchê colorida com incrível arte de Daniel HDR e cores de Matias Streb), apresentando HQs reunindo artistas de várias gerações. Marcelo Tomazi explica claramente a finalidade da publicação:

Levar ao público atual os bons quadrinhos alternativos dos anos 80 e 90 do século passado. HQs publicadas em fanzines e quadrinhistas que faziam aquilo somente por amor à arte voltaram. E esse precioso conteúdo é sempre mesclado aos novos talentos e às estrelas de sua geração.


                Dentre os veteranos, o destaque é mais uma vez a presença do mestre Julio Shimamoto, voltando a ilustrar uma HQ de duas páginas com o personagem Bruce, O Exterminador, criação de Denílson Reis (que também é o roteirista da história publicada neste número). Bacana também rever a volta de um personagem que ficou muito conhecido entre os leitores de fanzines no passado recente, O Caçador, de Marcelo Tomazi, numa aventura porreta passada nos esgotos de uma grande cidade. A revista ainda apresenta artigos, em destaque um que relembra a Quadrimania, evento de HQs e filmes alternativos que chamou muita atenção quando foi realizado em Porto Alegre, no ano de 1996. Peçam esta sexta edição do Quadrante Sul através do email quadrantesul@ymail.com (JS)

domingo, 21 de setembro de 2014

SAIU O QUINTO NÚMERO DO BENJAMIN PEPPE

Cooperativa Júpiter II lançando o quinto número do Benjamin Peppe, criação de Paulo Miguel dos Anjos, personagem da paz, do amor e dos esportes radicais, um dos preferidos de nossos leitores mirins. Uma edição com 24 páginas dedicadas especialmente aos ilustradores, com participação de um timaço de artistas (muitos deles ativos colaboradores da Júpiter II): Wellington Santos, Verônica Saiki, Dennis Oliveira, Jeferson Adriano, William Raphael, e muitos outros – incluindo participação do grande mestre dos Quadrinhos Julio Shimamoto. Não nos esquecemos das HQs, elas também estão presentes graças aos talentos de Laerçon, Thiago PHZ e Chagas Lima – deste último, uma HQ de duas páginas, toda colorida! Taí o Benjamin Peppe, esbanjando alto astral e energias positivas, engrandecendo o nome da Júpiter II e conquistando leitores infanto-juvenis! Valeu, Anjos! (JS)

HISTORIADOR DOS QUADRINHOS LANÇA FANZINE LEMBRANDO OS GIBIS DA EBAL

                Quem chega perto dos cinquenta anos de idade e ainda aprecia as Histórias-em-Quadrinhos, muitíssimo provavelmente começou esse hábito conhecendo os gibis da Ebal (Editora Brasil América Ltda). De fato, a Ebal já vinha cativando leitores desde 1945, mas mesmo os de minha geração, que vieram a conhecer as publicações da Ebal já em sua fase de declínio administrativo, o fascínio ainda era o mesmo. É verdade que ainda existem fãs de Quadrinhos que já são maduros e nasceram depois do fim da Ebal, porém as revistas da editora de Adolfo Aizen eram realmente algo especial, todas feitas com muito capricho – para os mais jovens terem uma idéia, as primeiras edições coloridas da Ebal, lançadas na parte final da década de 60 do século passado, foram elogiadas & desejadas até mesmo pelos editores norte-americanos, eles também reconhecendo que as revistas em cores da Ebal eram muito superiores às originais. O fascínio que as revistas da Ebal provocaram em seus jovens leitores de antanho foi tanto que pode ser comprovado por algumas obras de alguns de seus jovens leitores, agora adultos maduros mais próximos da velhice do que da juventude, como por exemplo o que fizeram os organizadores do imprescindível Guia da Ebal na internet (www.guiaebal.com), contando com uma galeria quase completa das capas das principais coleções da editora carioca, além de um considerável número de downloads gratuitos para os interessados. E me permitam os fiéis leitores deste blog um pequeno rasgo de imodéstia de minha parte: eu também sou prova do fascínio provocado pelas revistas da Ebal, já tendo lançado alguns polpudos fanzines a respeito de suas coleções. Eis que agora um outro fanzineiro, coevo deste que vos escreve, o polêmico historiador dos comics Antônio Luiz Ribeiro, retorna à atividade fanzineira (ele que editava o avassalador Formulário Contínuo na década de 90) com uma publicação que é também grande lembrança dos gibis da Ebal: trata-se de Superduplas, a primeira edição em formato americano (27 cm x 19 cm) capa couchê colorida com 26 páginas em tons de cinza apresentando uma antiga aventura reunindo dois famosos heróis da DC Comics, Batman e Flash, publicada originalmente em The Brave & The Bold # 67 (agosto/setembro de 1966). Esta foi a revista que a partir da segunda metade da década de 60 passou a apresentar aventuras do Batman ao lado de algum outro super-herói, e que tiveram aqui suas republicações nas revistas da Ebal, notadamente nos gibis do Batman. O título do fanzine escolhido pelo Antônio Luiz faz referência a uma coleção lançada pela Ebal na virada das décadas de 70/80, já na fase do formatinho, uma coleção chamada exatamente Superduplas que apresentava as HQs republicadas da The Brave & The Bold, apresentando a fase ilustrada pelo grande Jim Aparo (recentemente foi até lançada uma versão em desenho animado baseada na série The Brave & The Bold). Neste primeiro fanzine Superduplas do Antônio Luiz, a HQ ‘Morte do Flash’ foi escrita por Bob Haney e ilustrada por Carmine Infantino (finalizada por Charles Paris) e, se não estou enganado, não foi publicada pela Ebal. Ao que parece, talvez seja esta mesma a intenção do editor Antônio Luiz Ribeiro, publicar as HQs que não foram publicadas pela Ebal, devidamente traduzidas para o português. E as referências aos gibis da inesquecível editora de Adolfo Aizen se fazem presentes no fanzine, com a republicação de páginas de publicidade das antigas revistas, como por exemplo essa que vocês podem conferir abaixo, a notável Coleção HQ, apresentando as memoráveis capas produzidas pela Western Printing & Publishing. Que este seja o primeiro número de uma vasta coleção, amigo Antônio! Contatos através do e-mail alribeb@gmail.com (JS)

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

SAIU O SEGUNDO NÚMERO DE VERDUGO O INACREDITÁVEL, DE VERÔNICA SAIKI

Cooperativa Júpiter II acaba de lançar a segunda edição de Verdugo O Inacreditável, (21 cm x 15 cm, capa colorida em couchê, 22 páginas p&b) criação da brasiliense Verônica Saiki. Desta feita, a autora reuniu quatro HQs que foram originalmente publicadas nos fanzines que a mesma Verônica editou nos anos de 2007 a 2009, mostrando as primeiras aparições de seus divertidos e instigantes personagens – Verdugo, Chupeta, Silueta Ada e Eva. Este editor confessa a vocês que ficou felicíssimo com esta edição, e explico: eu conheci os fanzines do Verdugo na ocasião em que foram lançados, e a impressão foi tão boa e marcante que, quase cinco anos depois, mesmo eu tendo perdido contato mais próximo com a autora, fiz convite para que ela participasse da Júpiter II. Quando me apresentou o material fiquei surpreso, pois tinha em mente o Verdugo dos fanzines e não esperava a drástica mudança estética que Verônica mostrara. Mas o talento estava lá, firme, vívido, arrojado, incrível, e com muita satisfação lançamos o número 1 do Verdugo pela Júpiter II no mês de fevereiro próximo passado. E com alegria redobrada recebi da autora o recado de que, para o segundo número, ela mesma reuniria HQs publicadas nos fanzines. Conversando com a Verônica por email, me chamou a atenção uma de suas frases, dizendo que ela mal se reconhecia nessas HQs antigas (nem tão antigas assim, né?). Claro que as pessoas mudam seus conceitos e, no caso dos artistas, isso reflete nas obras de arte que elaboram. Mas a alma, a boa índole, a dedicação, a convicção de querer passar uma boa mensagem, nada disso Verônica perdeu, mas são sentimentos que engrandecem com a maturidade da artista. Portanto, para quem não conheceu aqueles fanzines maravilhosos da década passada, eis aí uma boa chance para conhecer, ao menos pequena parte deles. E conheçam mais sobre o Verdugo e sua autora em www.verdugooinacreditavel.blogspot.com.br (JS)

FANZINE QI SEGUE COM FORÇA TOTAL!!!

O editor Edgard Guimarães parece mesmo cada vez mais empolgado com o fanzine QI, como atestam as 32 páginas da 128ª. edição, já circulando para os interessados. Autor da capa dramática, ele também assina diversos artigos, entre eles: na sessão ‘Mistérios do Colecionismo’ fala sobre as publicações da Editora Versus, que reuniu autores esquerdistas contra os governos militares – naquela ocasião ainda era concebível autores de esquerda com aquele discurso, mas hoje, depois de 12 anos de bandalheira petista, manter o mesmo discurso... não dá mais pra aguentar; bem melhores são os assuntos que Ed trata nos outros artigos, como em ‘Desvendando a Alma em Matéria Pouca’, onde percebe uma incrível gafe de Bill Waterson numa prancha dominical do Calvin; ou a completa relação das edições do Monstro do Pântano publicadas no Brasil – eu só acompanhei a fase pela Ebal em formatinho, mas Guimarães apresenta amplo roteiro da trajetória do personagem nas bancas brasileiras, apontando as lacunas editoriais de que o personagem foi vítima. E mais um super-herói brasileiro dos Quadrinhos é retratado no QI (retratado por Marcos Fabiano Lopes e comentado por Edgard Guimarães): o X-Man de Eugenio Colonnese. Também Worney Almeida de Souza retorna com a coluna ‘Mantendo Contato’, abordando a Editora Nova Leitura que na década de 80 publicou mal e porcamente o clássico Os Sobrinhos do Capitão. Olha só, e não é que o Ed me deu a honra de ter uma de minhas modestíssimas resenhas sobre o QI neste blog, republicada nessa edição do fanzine? Está lá na página 22, comentando o QI n.127. Há também HQs curtas, de uma ou duas páginas – de duas páginas temos o Joe Ventania de Lincoln Nery, de página única temos dois ‘gaviões’: O Gavião de Dennis Oliveira (que tem outra HQ publicada, um sensível retrato de um palhaço de circo), e o outro é o Gavião Lunar, de Chagas Lima. Luís Cláudio Faria Lopes reaparece com três divertidas tirinhas sobre o mundo da política. O Fórum de leitores e as publicações independentes têm menos páginas do que o habitual, mas continuam marcando espaço no QI, que encerra magistralmente com um libelo contra a pena de morte nas palavras do Poeta Vital – é isso aí Poeta, se não fomos nós humanos quem criamos a vida, não temos direito de tirá-la de ninguém, muito menos de um de nossos semelhantes, e sempre há o risco dum erro judiciário, que nesse caso seria irreparável. Ser contra a pena de morte não quer dizer que homicidas não mereçam ficar presos, reclusos, afastados da sociedade, proibidos de circular na ruas e de apreciar as coisas boas da vida, mantendo contato unicamente com carcereiros e colegas de cela. E, de preferência, trabalhando duro, diariamente, até ficar exausto! Isto porque nós que acreditamos que o espírito é imortal, que a vida segue muito além da carne putrefata, sabemos que o criminoso punido com a morte fica potencialmente muito mais perigoso e nocivo quando desprendido da vestimenta carnal! Contato com o Ed Guimarães em edgard@ita.br (JS)

domingo, 7 de setembro de 2014

REFLEXÕES SOBRE O 7 DE SETEMBRO

O maior e melhor historiador do Brasil, na atualidade, chama-se Laurentino Gomes. Três de seus livros tornaram-se, justamente, alguns dos mais vendidos nas livrarias brasileiras, todos eles intitulados com os anos que marcaram efemérides decisivas na História brasileira: 1808 (chegada da Família Real portuguesa ao Brasil), 1822 (Independência do Brasil) e 1889 (Proclamação da República). Nestes três livros, Gomes comete um único deslize – lamento muito dar ênfase a um único deslize numa obra formidável, magnífica, indispensável, que todos deveriam conhecer, mas é um bom ‘gancho’ para o que eu gostaria de dizer nas linhas que seguem. Pois bem, o referido único deslize do notável historiador aparece no livro 1822:

                Em 1972, ano do Sesquicentenário da Independência, D. Pedro foi mostrado no filme Independência Ou Morte como um herói de porte marcial, sem vacilações ou defeitos, interpretado pelo ator Tarcísio Meira. Era a moldura que lhe cabia naquele momento em que o governo militar torturava presos políticos, propagandeava o milagre econômico e tentava dourar a história oficial nas disciplinas de Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política do Brasil.

                Bem, vamos começar do início, diria o Conselheiro Acácio: o filme citado por Gomes, praticamente banido entre nós, não mostra D. Pedro I como alguém “sem defeitos”. Os defeitos são apresentados sim, mas sem a ênfase que se dá a eles nos dias de hoje, como um amante das noites boêmias e fascinado pelo sexo feminino. Sua infidelidade conjugal também não é ocultada. Tampouco a soberba que tomou conta de seu espírito, durante um breve tempo em seu curto reinado. Provavelmente Gomes não tenha conseguido rever o filme, já que nunca é reprisado em lugar nenhum, tampouco foi relançado em dvd. No começo deste século, a revista Isto É lançou uma série de filmes em vídeo-cassete (VHS), e entre eles o Independência Ou Morte dirigido por Carlos Coimbra. Foi a última vez que tivemos notícia deste filme, e talvez por isso Laurentino Gomes não tenha conseguido re-assistí-lo, para formar melhor opinião sobre ele. Eu tenho lembrança muito forte desse filme. Lembro-me de tê-lo assistido pela primeira vez no Cine Rio Preto, da cidade de São José do Rio Preto, um imenso cinema com 1100 lugares (hoje é um shopping center). Lembro-me também das imensas filas que se formavam, atravessando praça do centro da cidade (foi um retumbante sucesso nacional de bilheteria), e me lembro, especialmente, da eufórica vibração da platéia, com urras e aplausos, na seqüência marcante do Grito do Ipiranga, quando o ator Tarcísio Meira, na plenitude de seu vigor físico, incorporando todo o heroísmo daquele momento histórico, encarnou o que de melhor havia em D. Pedro de Alcântara! Revendo o filme, há pouco tempo atrás – consegui uma cópia do VHS da Isto É e repassei as imagens em dvd – pude constatar que filme grandioso é Independência Ou Morte, muito além da citação simplista de Laurentino Gomes. Uma super-produção caprichadíssima de Ovaldo Massaíni, contando com os atores & atrizes mais famosos da época (alguns o são ainda hoje), e retratando com muito respeito os personagens e os acontecimentos históricos. Mais desastrada ainda do que a opinião de Gomes sobre o filme, é a conotação política que expressa sobre ele, onde algum leitor desavisado poderia até mesmo ter a impressão de que o ator Tarcísio Meira defendia a tortura de presos políticos. Também parece desgostar a Gomes o sistema de ensino dos governos militares, particularmente as disciplinas citadas de EMC e OSPB.
                Repito: a obra de Laurentino Gomes é uma das melhores coisas que poderia ter acontecido para a historiografia brasileira, com sua análise e suas impressões bastante lúcidas sobre o Império brasileiro, a partir de estudo riquíssimo. Mas me permito discordar inteiramente de suas opiniões naquele que considero seu único deslize. Fiz o ensino básico no tempo do governo Geisel e agradeço aos céus ter tido a oportunidade de ter estudado a História do Brasil sob a ótica dos grandes heróis, dos grandes acontecimentos. Vejam que tristeza que se tornou o ensino brasileiro depois que isso foi erradicado, e entrado em seu lugar as pedagogias freirianas, marxistas, marcusianas, gramcistas, enfim, toda esse excremento comunistóide, toda essa pobreza coletivista que vem transformando nossos jovens em bestas analfabetas e enfurecidas, revoltados com o Brasil. Se antes saíamos da sala de aula cheios de esperança com o nosso país, honrados de ser brasileiros, hoje existe ou o alienamento pleno, ou a ferocidade anti-civilizatória. De resto, não custa lembrar que os governos militares não se resumiram unicamente na tortura aos terroristas encarcerados. O tão propagandeado ‘milagre econômico’, não existiu mesmo? Não teve o Brasil, especialmente sob o governo do Presidente Médici, um salto econômico e desenvolvimentista jamais visto antes? Mesmo porquê, o país passava por um momento histórico inédito, da crescente urbanização do país. E a infra-estrutura construída no período, as estradas, as usinas? Alguém pode imaginar, por exemplo, o Rio de Janeiro sem a ponte Rio-Niterói, ou o Brasil sem Itaipu? E comparemos: o atual governo socialista, há 12 anos mamando no poder, fez o quê, a respeito de infra-estrutura? Simplesmente aproveita-se do que foi construído durante os governos militares! E ainda levou a ruína nosso sistema educacional! Se antes os grandes personagens de nossa História, aqueles homens que impulsionaram o Brasil para a grandeza, eram exaltados com o merecimento que conquistaram por suas atitudes corajosas e heróicas, hoje em dia, no processo de desqualificação dos nossos vultos históricos, faz-se indispensável a chacota, o deboche, a ironia e o sarcasmo ao retratar aqueles mesmos personagens. Dentre eles, nenhum vem sendo tão ridicularizado quanto D. Pedro I. Hoje em dia, nosso grande herói só é lembrado por suas fraquezas, por seu gosto por noitadas e fascínio pelo sexo feminino. Os que atualmente dão as cartas nos currículos escolares, e que não perdem oportunidade de menosprezar o nosso primeiro Imperador, poderiam ao menos lembrar-se do que disse Humberto de Campos:

As aventuras amorosas de D. Pedro eram perfeitamente comentadas pelas anedotas da malícia carioca. O povo, conhecendo alguma coisa de sua conduta particular, se encarregou de elaborar a maior parte de todas as histórias ridículas em torno de sua personalidade, que, se rude e sensual, não era diferente da generalidade dos homens da época e tinha, não raras vezes, rasgos generosos, que alcançavam os mais altos cumes do sentimento.

                Ou seja, aqueles que falavam que D. Pedro era mulherengo e beberrão eram, em sua maioria, igualmente mulherengos e beberrões! Sem que detivessem, é claro, um rasgo sequer de suas notáveis virtudes.



                Se o estrago feito pelos nossos pedagogos dos ensinos fundamental e médio foi terrível, não se compara ao que foi feito e ainda vem sendo feito nas universidades – especialmente nas do campo de humanas, notadamente nos cursos de História, que vêm se especializando em transformar alunos em feras rancorosas, odiando cada momento em que vivem no Brasil – claro, nem todos saem assim, mas são tantos, e tão grandes estragos vêm promovendo na sociedade, que não podem deixar de ser denunciados. Eu mesmo fui vítima dessa engrenagem maligna: aluno do curso superior de História, lia muito Marx, Gramsci, Marcuse, Hobsbawun, Paulo Freire, dentre uma incontável lista de teóricos comunistas. Só vim a realmente estudar História, particularmente História do Brasil, depois que concluí a faculdade. E hoje me pergunto, perplexo: como será possível que um curso de História do Brasil que se preze, não conste em seu currículo um autor como Octávio Tarquínio de Souza? (uma das mais preciosas fontes de Laurentino Gomes, diga-se) Pois foi através desse valoroso historiador nascido no ano de proclamação da República que nos foi legada a mais importante obra sobre os Fundadores do Império Do Brasil, onde foi possível conhecer verdadeiramente a importância de D. Pedro I para a nossa História. Souza o retrata como um homem dotado de virtudes e defeitos, mas enfatizando a grandeza de suas decisões num momento histórico decisivo para a nação brasileira. Foi através da obra de Souza que pude constatar as fascinantes contradições daquele personagem, um português de alma brasileira, ao mesmo tempo autoritário e liberal (fechou a Assembléia Nacional sob a força dos canhões, e em seguida outorgou uma Constituição que foi considerada muito avançada para a época, com uma lei criminal e uma lei orçamentária inovadoras), explosivo e terno, marido infiel e pai extremamente dedicado e amoroso, até mesmo com seus filhos bastardos. Mas, o que mais impressiona ao se estudar cuidadosamente a vida de D. Pedro, é a firmeza de seu caráter para tomar decisões políticas certas nos momentos cruciais: no dia do ‘Fico’, no Grito do Ipiranga, na abdicação – decisões corretíssimas que visavam, acima de tudo, a pacificação do Brasil. Sempre enfrentando, desde a infância, difíceis problemas de saúde, danos gastro-intestinais, e o mais grave deles: os ataques de epilepsia. E jamais nos esqueçamos de que, quando optou por ficar no Brasil e posteriormente proclamar sua Independência política, D. Pedro ainda não havia completado 24 anos de idade! Um jovem, levado a tomar decisões tão importantes! E, no momento mais doloroso, o de sua abdicação, renunciou não só ao trono, mas a si mesmo, à Pátria amada que adotou como sua, ao filho e as filhas que tanto amava (seguiu com ele somente a primogênita Maria da Glória, futura Maria II Rainha de Portugal), tudo isso para que o Brasil não descambasse para a guerra fratricida!
                Ninguém nega os defeitos de D. Pedro, nem a História. A sua paixão descontrolada pelo sexo feminino impediu-o de ser um marido fiel, e por isso várias humilhações teve que suportar sua esposa, e mãe daquele que futuramente seria D. Pedro II, a imperatriz Leopoldina. O Brasil tem muito a agradecer a esta senhora, por sua dedicação familiar e sua presença importante nos eventos políticos, aliada indispensável de José Bonifácio nos acontecimentos que antecederam a Independência. A mais grave acusação que pesa contra D. Pedro I é a de que teria espancado a imperatriz quando grávida, e resultando disto, um aborto. Tarquínio de Souza diz expressamente que não há provas concretas sobre isso; também Laurentino Gomes, anos depois e com maiores dados historiográficos, não chega a uma conclusão perfeitamente afirmativa. Mas, de qualquer modo, as diversas humilhações sofridas pela Imperatriz, diante das constantes infidelidades do marido (notadamente no episódio da viagem a Salvador, onde D. Pedro I, sem qualquer constrangimento, levou consigo sua amante Domitila de Castro), fizeram adoecer o coração da nobre Leopoldina, tristeza e melancolia que acabariam por levá-la à morte. O que os detratores de D. Pedro I omitem dizer, foi o avassalador remorso que dominou os sentimentos do imperador depois do falecimento de sua esposa, a ponto de desfazer o relacionamento com a amante Domitila, e ter adotado postura totalmente distinta com sua segunda esposa, a Imperatriz Amélia, com quem teve um relacionamento quase fiel – quase, afinal, o homem era decididamente fascinado pelos prazeres do sexo.
                Outro ponto onde se procura de todas as formas diminuir a importância de D. Pedro I, é o exato momento da proclamação da Independência, o Grito do Ipiranga. O esforço dos pedagogos marxistas, aqueles que promovem entre os jovens o ódio pelo Brasil, é ridicularizar o quanto possível aquele indispensável momento de nossa História. A imagem que tínhamos durante os governos militares, era ainda aquela do quadro de Pedro Américo, O Grito do Ipiranga, de 1886. Nele, D. Pedro, trajado galantemente, montado num fogoso alazão, cercado pelos Dragões da Independência, ergue a espada triunfante, proclamando a Independência do Brasil. No filme de Carlos Coimbra, essa imagem é posta em movimento, e lá ouvimos o retumbante brado ‘Independência Ou Morte’, vindo daquele D. Pedro interpretado majestosamente por Tarcísio Meira, na seqüência cinematográfica que empolgava os espectadores brasileiros. Octávio Tarquínio de Souza apresenta documentos históricos que comprovam que a coisa não havia sido bem assim, que ao invés de um alazão, D. Pedro montava num burrico, assim como sua delegação, pois era aquele o animal mais indicado para percorrer aquelas regiões, na época. E que nosso herói havia sido, de fato, acometido de alguma deturpação intestinal que lhe obrigou a parar viagem, e neste momento recebeu a notícia de que as cortes portuguesas exigiam seu retorno ao velho continente. Foi então que nosso nobre monarca decidiu-se, de uma vez por todas, pela Independência política do Brasil.
                Pois bem, em momento algum, mesmo diante dos documentos, Tarquínio desmerece aquele importante, decisivo momento histórico. Para ele, o fato de um jovem príncipe ter tomado tão corajosa decisão, apenas enaltecia seu caráter. Mas, as circunstâncias materiais daquele momento, a necessidade de se usar mulas como transporte naquelas regiões inóspitas, e a fraqueza estomacal de D. Pedro (um problema que o acompanhava desde a infância, agravado pela alimentação inadequada da viagem) transformaram-se em momentos de grande escárnio, e, pasmem, não somente para os historiadores marxistas, mas até mesmo um filósofo do porte de Olavo de Carvalho escreveu texto ridicularizando D. Pedro por aqueles motivos. Todos desmerecendo o fato de que um jovem de 23 anos se viu diante de uma situação periclitante, que prescindia de uma decisão firme, corajosa, a favor do Brasil. E desta forma agiu nosso Príncipe, a favor do Brasil, pouco importa se montado num alazão ou num burrico, pouco importa se desfrutando de plena saúde ou sofrendo problemas estomacais. Quando Pedro Américo apresentou sua tela aos jornalistas no final do século XIX, defendeu seu trabalho diante dos fatos históricos reais (citado por Laurentino Gomes):

Se tal ocorrência foi com efeito real, e até mereceu atenção do cronista, ela é indigna da História, contrária a intenção moral da pintura, e por consequência imerecedora  da contemplação dos pósteros.

                E recorro ao cronista Nélson Rodrigues que, neste caso, não teria dúvida em afirmar que, se a imaginação é melhor do que os fatos, pior para os fatos! Se os intelectuais desprezam a proclamação da Independência do Brasil e seu principal protagonista, o mesmo não acontece com a dupla de cancioneiros Carreiro e Carreirinho, que apresentou ao público a graciosa moda de viola 500 Anos de Brasil, cantando, numa das estrofes:


Salve D. Pedro I
A Independência Conseguiu
Lá nas margens do Ipiranga quando seu sangue subiu
A carta de Portugal ela tremeu quando abriu
Com seu braço rijo e forte
Gritou Independência ou Morte e ninguém deu um pio.


                A respeito da vida de D. Pedro I após a abdicação, repousa um silêncio sepulcral da parte dos historiadores marxistas, dos historiadores do deboche, do sarcasmo, dos propagadores do ódio e da revolta entre os estudantes. De fato, como ridicularizar as atitudes do nobre monarca, após 1831? Como negar o líder militar inconteste na terrível lide contra as forças militares superiores do irmão Miguel, o usurpador do trono português? Como desmerecer a heróica resistência de um ano na cidade do Porto, até receber finalmente ajuda militar das grandes potências da época, Inglaterra e França? Como não se emocionar sabendo que as agruras daquela brava resistência agravaram em seu organismo as doenças das quais já sofria, e que resultariam em sua morte, com pouco mais de trinta anos de idade? Morte que só veio após outra vitória, a restauração do trono português a favor de sua filha Maria da Glória, coroada como Maria II.
                Eis um grande desafio para nós, que nos denominamos ‘formadores de opinião’. Que tipo de História devemos escolher para repassar aos mais jovens? Aquela contada nos bancos escolares do tempo dos governos militares, exaltando os heróis nacionais, os seus grandes feitos a favor do Brasil, quando explodíamos de alegria ao assistir o filme Independência ou Morte, ou aquela que temos hoje, e desde há vários anos, a ideologia socialista-comunista que já formou uma geração de jovens que odeiam o Brasil, cujas consequências puderam ser tristemente constatadas na cidade de São Paulo, no 7 de Setembro de 2013: enquanto, na Avenida Paulista, os nojentos black blocs queimavam a bandeira brasileira, no parque do Ibirapuera os molambentos da extrema-esquerda vilipendiavam o Monumento dos Bandeirantes hasteando a bandeira não do Brasil, mas da Cuba comunista! É isso que queremos para o Brasil? Black blocs, pt e psol? Um “Cubão”? Quem não quiser odiar o Brasil e seus heróis, encha o peito e grite comigo:
Viva D. Pedro I!
Viva o Grito do Ipiranga!
Viva o Sete de Setembro!
Viva a Independência do Brasil!