Mais uma vez, através de meu mui estimado
amigo Paulo Joubert Alves, recebo mais uma incrível edição do Celton,
a de número 35 (21 cm x 15, capa colorida, 32 páginas p&b). Para quem ainda
não conhece, Celton é um personagem criado
pelo mineiro Lacarmélio Alfêo de Araújo, que até adotou o nome de seu conhecido
personagem, ele que, além de escrever, desenhar e editar o gibi do Celton, é também o responsável direto
pelas vendas, que faz pessoalmente nos engarrafamentos no tráfego de Belo
Horizonte, São Paulo e, mais recentemente, também no Rio de Janeiro. É onde se
passa a história desta edição, ‘A Fúria da Mulher Traída’, com o bom humor
lascado desse incansável artista e trabalhador dos Quadrinhos brasileiros. Mais
divertido ainda do que ler a HQ, é ler a crônica sobre as aventuras do autor na
viagem entre Belo Horizonte e Rio de Janeiro, que percorreu numa ‘possante’
motocicleta de 125 cilindradas. Quem acompanha este blog sabe de minha
admiração pelo Celton, basta escrever este nome no campo de busca para se ter
uma idéia. A despeito de uma certa ingenuidade política (chegou a publicar um
gibi exaltando o ‘Barba do DOPS’, digo, o ex-presidente Lula da Silva, na época
do mensalão!) é de se admirar mesmo a pujança e empreendedorismo do Lacarmélio,
que é recompensado pelas ótimas vendas que consegue de seus gibis, muitíssimo
maior do que essas porcariadas da Marvel ou dessas insuportáveis revistas em
couchê colorido de autores intelectualóides que vivem aparecendo nos segundos
cadernos dos jornais ou até em programas televisivos imbecis como aquele da
Fátima Bernardes. Para conseguir gibis do Celton,
só mesmo encontrando com ele por aí – ou tendo algum bom amigo mineiro, como
Paulo Joubert. (JS)
segunda-feira, 25 de maio de 2015
EDITORA UNIVERSO LANÇA NOVA SÉRIE COM BENJAMIN PEPPE
Já sabendo da proximidade do fim
da Júpiter II, o ex-colaborador Paulo Miguel dos Anjos, o criador do Benjamin
Peppe (cinco edições lançada pela Júpiter II) já encontrou outra
editora que pudesse publicar seu personagem. Eis que antes mesmo do final
definitivo da Júpiter II, surge o primeiro número do Benjamin Peppe com o selo da Universo Editora de Publicações
Independentes, capitaneada por Gil ‘Lorde Kramus’ Mendes, que vem realmente
surpreendendo pela quantidade de publicações lançadas em poucos meses (já
comentei a respeito aqui: http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2015/02/editora-universo-chega-com-tudo-no.html).
Pois bem, o primeiro número desta nova coleção do Benjamin Peppe tem o formato 19,5 cm por 13,5 cm, capa colorida
(arte de Chagas ‘IcFire’ Lima) com 28 páginas em preto & branco
apresentando a turma do Benjamin Peppe em HQ ilustradas por Laerçon, tiras por
Rafael Grasel e o grande destaque, uma super-HQ ilustrada por Chagas Lima onde
Benja e amigos disputam um partida de vôlei para salvar um sítio ecológico. De
quebra, diversos autores ecléticos apresentam ilustrações com o personagem.
Contatos com o autor em anjospaulo@zipmail.com.br
– o email da Universo é universoeditoraindependente@gmail.com.
Mais informações sobre o Benjamin Peppe em www.benjaminpeppe.webnode.pt.
Valeu, Anjos! Muito grato por ter contando com sua preciosa parceria durante
todo esse tempo! Que Deus o abençoe! Fico imensamente feliz de ver o Benjamin Peppe seguindo firme em novos
caminhos editoriais! (JS)
segunda-feira, 11 de maio de 2015
ARTIGO SOBRE O JUDOKA É A GRANDE ATRAÇÃO DO QI
A 132ª. edição do
fanzine QI (22 cm x 16,5 cm, 28 páginas em off-set), editado pelo
mineiro de Brasópolis, Edgard Guimarães, começa com força total, apresentando
um artigo sobre o personagem dos Quadrinhos, o Judoka (escrito pelo próprio editor), que é o melhor que eu já li a
respeito deste herói brasileiro das HQs – e olhem que eu já li ‘uns par deles’,
como a gente costuma falar aqui em Jaú (creio que em Brasópolis se fala assim,
também). Uma relação completa de todos os artistas que passaram pela longeva
coleção publicada pela Ebal de Adolfo Aizen na primeira metade dos anos 70 do
século passado – e não só isso, mas também sobre o filme feito sobre o
personagem (uma raridade que não se encontra em lugar nenhum, e olhem que sou
um cinéfilo garimpeiro com mais de 600 filmes em minha coleção). Ed não se
esquece nem mesmo do Judomaster, o
personagem norte-americano da Charlton Comics que precedeu o Judoka na coleção da Ebal, que tem no
artigo uma cronologia completa – e bem humorada, tantos foram os ‘furos’ da
Ebal com o personagem da Charlton. Outro destaque é a coluna ‘Mantendo Contato’,
apresentando a primeira parte de uma entrevista com Maurício de Souza feita por
Worney Almeida de Souza em 2009. Permitam os amigos alguns pitacos de minha
parte: convivi com um ex-colega de Maurício de Souza, o roteirista e ilustrador
Gedeone Malagola, nos últimos anos de sua vida, quando penava contra problemas
físicos consequência de um acidente doméstico, e que o deixaram recluso na
cama. Na referida entrevista, Maurício diz que, no início dos anos 60, quando
já publicava em jornais, apresentou uma história de terror ao diretor de arte
da Editora Continental, Jayme Cortez. Segundo de Souza, o grande capista teria
lhe dito para esquecer aquela ‘merda’ e trazer seus personagens infanto-juvenis.
Gedeone Malagola me confessou, numa das inúmeras conversas que tivemos, que
Maurício de Souza recorreu a ele e a Waldyr Igayara, profícuos desenhistas,
para que pudessem lhe ajudar a produzir gibis com Bidu e Franjinha, de modo que
Gedeone e Igayara produziram, eles mesmos, as HQs para aquelas publicações. O
próprio Gedeone me presenteou com algumas revistas Zaz-Traz e Bidu lançadas
pela Continental (inclusive uma que tem a capa reproduzida nas páginas do QI),
onde pode-se constatar facilmente quem foi que desenhou aquelas histórias. Ei,
mas que fique bem claro, isso não desmerece de forma alguma a vitoriosa
trajetória de Maurício de Souza no campo dos Quadrinhos e do entretenimento. Se
Maurício de Souza foi ou não ingrato com aqueles que lhe ajudaram
anteriormente, cabe a Deus o julgamento. De qualquer forma, Gedeone não
demonstrava ressentimento contra Maurício de Souza – tenho uma carta deste a
Gedeone, datada de julho de 1980, que parece ser muito simpática.
E como não poderiam
faltar em qualquer número do QI,
temos o Fórum de Leitores, a relação dos mais recentes lançamentos de
publicações independentes, além da participação dos colaboradores Chagas Lima,
Luís Cláudio Lopes Faria, Paulo Miguel dos Anjos, Rafael Grasel, César Silva –
até eu apareço por lá, exercendo meu rancor político. Mas a melhor colaboração
veio do meu querido amigo Antônio Armando Amaro, que enviou ao Edgard uma
página antológica de O Tico-Tico onde
são homenageados dois dos mais geniais artistas daquela publicação, Max Yantok
e Luiz Sá. E ainda temos o Poeta Vital
de ‘saideira’, refletindo sobre a vagabundagem criativa. Como sempre, o QI é
uma publicação indispensável. Contatos com o Ed Guimarães em edgard@ita.br (JS)
MAIS UM SENSACIONAL ENCONTRO DE SUPER-HERÓIS BRASILEIROS: VULTO E CORCEL NEGRO
O novo lançamento da
Júpiter 2 apresenta mais um cross-over
(ou ‘crós-ovo’, como diria o Emir Ribeiro) entre dois personagens brasileiros
dos Quadrinhos – e, não por acaso, dois dos mais queridos publicados pela
Júpiter 2: criação de Well Santos e Alcivan Gameleira, respectivamente, eis aí Vulto
& Corcel Negro, numa edição de 32 páginas apresentando a HQ ‘Aliança
Inusitada’. O mutante surdo-mudo, viajante do tempo, vem parar num beco de Belo
Horizonte logo quando uma mocinha acabara de ser espancada e estuprada por dois
malacos. O Corcel Negro dá uns sopapos e os manos se mandam de lá, quando
aparece o Vulto que, assim como a polícia, pensa que o negrão seja o verdadeiro
criminoso. O Corcel Negro é levado preso, enquanto Nélson Montenegro (o Vulto
na vida civil) pesquisa a respeito daquele homem, e põe em xeque suas
convicções. Tudo leva a crer que o mandante daquele crime tenha sido um cantor
de funk que se julga inimputável. Coitado, com o Vulto e o Corcel Negro atrás
dele... neste momento em que a Júpiter 2 prepara sua saída de campo, nada
melhor do que uma edição apresentando uma aventura com dois de seus mais
queridos personagens – e, caso vocês não saibam, seus autores são dois de meus
mais queridos parceiros de trabalho! Deus permita a vocês que tenham, pelo
menos uma vez na vida, parceiros de trabalho tão valorosos, leais e fiéis
quanto Wellington Santos e Alcivan Gameleira! Obrigado por tudo que me
proporcionaram, rapazes! A Júpiter 2 logo encerra suas atividades, mas certamente
o Vulto e o Corcel Negro continuarão firmes, supimpas, encantando os leitores e
arregimentando, a cada dia que passa, novos fãs. Eu mesmo, fã juramentado, vou
acompanhar com muita atenção e carinho a carreira desses dois bravos defensores
da justiça, nos caminhos editoriais do porvir! (JS)
SAIU MAIS UM ESPETACULAR ALMANAQUE ROCKY LANE!
O sr. Primaggio Mantovi,
desde que decidiu republicar as HQs do personagem Rocky Lane que ele mesmo produziu para a Rio Gráfica & Editora
(RGE) de Roberto Marinho, em novíssimas e luxuosas edições, vem aos poucos ‘matando’
as saudades dos leitores nostálgicos (este blogueiro certamente incluído) – ou por
outra, nos ‘matando’ do coração diante de tantas preciosidades, não só com as
HQs citadas, mas apresentando, a cada edição, um outro personagem do faroeste
em Quadrinhos. Já tivemos chance de comentar a respeito dos almanaques de Rocky Lane aqui: http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2013/01/almanaque-rocky-lane-traz-de-volta.html
e aqui: http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2015/02/almanaque-rocky-lane-para-2015-relembra.html.
Agora chega a sexta edição do Almanaque Rocky Lane (28 cm x 21 cm,
capas coloridas em couchê plastificado, 48 páginas p&b) com mais uma HQ do
grande cow-boy das telas e dos
Quadrinhos produzida pelo então jovem artista ítalo-brasileiro Primaggio
Mantovi na segunda metade dos anos 60 do século passado, e o convidado especial
desta edição é o cow-boy cantor Rex Allen, que além de resenha completa
de seus filmes e gibis, reaparece numa HQ ilustrada por ninguém menos do que
Russ Manning. E não só isso, temos a sessão ‘Crônicas do Velho Oeste’ com
curiosidades e fotos – sr. Mantovi, aquela foto com Walt Disney cavalgando lado
a lado com o ator Fess Parker a caráter como
o Davy Crockett que ele imortalizou nas telas do cinema e televisão
(antes do Daniel Boone, viu gente?), foi tirada exatamente no dia da
inauguração da Disneylândia em Los Angeles, no ano de 1955, ok? Quem não mora
na capital paulista e não tem acesso a loja Comix Book Shop (único lugar no
Brasil onde podem ser encontradas as edições), pode tentar adquirir os
almanaques pelos telefones 11-30889116 e 11-3061-3893. (JS)
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