segunda-feira, 25 de maio de 2015

O INCRÍVEL CELTON EM MAIS UMA INCRÍVEL EDIÇÃO

Mais uma vez, através de meu mui estimado amigo Paulo Joubert Alves, recebo mais uma incrível edição do Celton, a de número 35 (21 cm x 15, capa colorida, 32 páginas p&b). Para quem ainda não conhece, Celton é um personagem criado pelo mineiro Lacarmélio Alfêo de Araújo, que até adotou o nome de seu conhecido personagem, ele que, além de escrever, desenhar e editar o gibi do Celton, é também o responsável direto pelas vendas, que faz pessoalmente nos engarrafamentos no tráfego de Belo Horizonte, São Paulo e, mais recentemente, também no Rio de Janeiro. É onde se passa a história desta edição, ‘A Fúria da Mulher Traída’, com o bom humor lascado desse incansável artista e trabalhador dos Quadrinhos brasileiros. Mais divertido ainda do que ler a HQ, é ler a crônica sobre as aventuras do autor na viagem entre Belo Horizonte e Rio de Janeiro, que percorreu numa ‘possante’ motocicleta de 125 cilindradas. Quem acompanha este blog sabe de minha admiração pelo Celton, basta escrever este nome no campo de busca para se ter uma idéia. A despeito de uma certa ingenuidade política (chegou a publicar um gibi exaltando o ‘Barba do DOPS’, digo, o ex-presidente Lula da Silva, na época do mensalão!) é de se admirar mesmo a pujança e empreendedorismo do Lacarmélio, que é recompensado pelas ótimas vendas que consegue de seus gibis, muitíssimo maior do que essas porcariadas da Marvel ou dessas insuportáveis revistas em couchê colorido de autores intelectualóides que vivem aparecendo nos segundos cadernos dos jornais ou até em programas televisivos imbecis como aquele da Fátima Bernardes. Para conseguir gibis do Celton, só mesmo encontrando com ele por aí – ou tendo algum bom amigo mineiro, como Paulo Joubert. (JS)

EDITORA UNIVERSO LANÇA NOVA SÉRIE COM BENJAMIN PEPPE

Já sabendo da proximidade do fim da Júpiter II, o ex-colaborador Paulo Miguel dos Anjos, o criador do Benjamin Peppe (cinco edições lançada pela Júpiter II) já encontrou outra editora que pudesse publicar seu personagem. Eis que antes mesmo do final definitivo da Júpiter II, surge o primeiro número do Benjamin Peppe com o selo da Universo Editora de Publicações Independentes, capitaneada por Gil ‘Lorde Kramus’ Mendes, que vem realmente surpreendendo pela quantidade de publicações lançadas em poucos meses (já comentei a respeito aqui: http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2015/02/editora-universo-chega-com-tudo-no.html). Pois bem, o primeiro número desta nova coleção do Benjamin Peppe tem o formato 19,5 cm por 13,5 cm, capa colorida (arte de Chagas ‘IcFire’ Lima) com 28 páginas em preto & branco apresentando a turma do Benjamin Peppe em HQ ilustradas por Laerçon, tiras por Rafael Grasel e o grande destaque, uma super-HQ ilustrada por Chagas Lima onde Benja e amigos disputam um partida de vôlei para salvar um sítio ecológico. De quebra, diversos autores ecléticos apresentam ilustrações com o personagem. Contatos com o autor em anjospaulo@zipmail.com.br – o email da Universo é universoeditoraindependente@gmail.com. Mais informações sobre o Benjamin Peppe em www.benjaminpeppe.webnode.pt. Valeu, Anjos! Muito grato por ter contando com sua preciosa parceria durante todo esse tempo! Que Deus o abençoe! Fico imensamente feliz de ver o Benjamin Peppe seguindo firme em novos caminhos editoriais! (JS)

segunda-feira, 11 de maio de 2015

ARTIGO SOBRE O JUDOKA É A GRANDE ATRAÇÃO DO QI

A 132ª. edição do fanzine QI (22 cm x 16,5 cm, 28 páginas em off-set), editado pelo mineiro de Brasópolis, Edgard Guimarães, começa com força total, apresentando um artigo sobre o personagem dos Quadrinhos, o Judoka (escrito pelo próprio editor), que é o melhor que eu já li a respeito deste herói brasileiro das HQs – e olhem que eu já li ‘uns par deles’, como a gente costuma falar aqui em Jaú (creio que em Brasópolis se fala assim, também). Uma relação completa de todos os artistas que passaram pela longeva coleção publicada pela Ebal de Adolfo Aizen na primeira metade dos anos 70 do século passado – e não só isso, mas também sobre o filme feito sobre o personagem (uma raridade que não se encontra em lugar nenhum, e olhem que sou um cinéfilo garimpeiro com mais de 600 filmes em minha coleção). Ed não se esquece nem mesmo do Judomaster, o personagem norte-americano da Charlton Comics que precedeu o Judoka na coleção da Ebal, que tem no artigo uma cronologia completa – e bem humorada, tantos foram os ‘furos’ da Ebal com o personagem da Charlton. Outro destaque é a coluna ‘Mantendo Contato’, apresentando a primeira parte de uma entrevista com Maurício de Souza feita por Worney Almeida de Souza em 2009. Permitam os amigos alguns pitacos de minha parte: convivi com um ex-colega de Maurício de Souza, o roteirista e ilustrador Gedeone Malagola, nos últimos anos de sua vida, quando penava contra problemas físicos consequência de um acidente doméstico, e que o deixaram recluso na cama. Na referida entrevista, Maurício diz que, no início dos anos 60, quando já publicava em jornais, apresentou uma história de terror ao diretor de arte da Editora Continental, Jayme Cortez. Segundo de Souza, o grande capista teria lhe dito para esquecer aquela ‘merda’ e trazer seus personagens infanto-juvenis. Gedeone Malagola me confessou, numa das inúmeras conversas que tivemos, que Maurício de Souza recorreu a ele e a Waldyr Igayara, profícuos desenhistas, para que pudessem lhe ajudar a produzir gibis com Bidu e Franjinha, de modo que Gedeone e Igayara produziram, eles mesmos, as HQs para aquelas publicações. O próprio Gedeone me presenteou com algumas revistas Zaz-Traz e Bidu lançadas pela Continental (inclusive uma que tem a capa reproduzida nas páginas do QI), onde pode-se constatar facilmente quem foi que desenhou aquelas histórias. Ei, mas que fique bem claro, isso não desmerece de forma alguma a vitoriosa trajetória de Maurício de Souza no campo dos Quadrinhos e do entretenimento. Se Maurício de Souza foi ou não ingrato com aqueles que lhe ajudaram anteriormente, cabe a Deus o julgamento. De qualquer forma, Gedeone não demonstrava ressentimento contra Maurício de Souza – tenho uma carta deste a Gedeone, datada de julho de 1980, que parece ser muito simpática.
E como não poderiam faltar em qualquer número do QI, temos o Fórum de Leitores, a relação dos mais recentes lançamentos de publicações independentes, além da participação dos colaboradores Chagas Lima, Luís Cláudio Lopes Faria, Paulo Miguel dos Anjos, Rafael Grasel, César Silva – até eu apareço por lá, exercendo meu rancor político. Mas a melhor colaboração veio do meu querido amigo Antônio Armando Amaro, que enviou ao Edgard uma página antológica de O Tico-Tico onde são homenageados dois dos mais geniais artistas daquela publicação, Max Yantok e Luiz Sá. E ainda temos o Poeta Vital de ‘saideira’, refletindo sobre a vagabundagem criativa. Como sempre, o QI é uma publicação indispensável. Contatos com o Ed Guimarães em edgard@ita.br (JS)

MAIS UM SENSACIONAL ENCONTRO DE SUPER-HERÓIS BRASILEIROS: VULTO E CORCEL NEGRO

O novo lançamento da Júpiter 2 apresenta mais um cross-over (ou ‘crós-ovo’, como diria o Emir Ribeiro) entre dois personagens brasileiros dos Quadrinhos – e, não por acaso, dois dos mais queridos publicados pela Júpiter 2: criação de Well Santos e Alcivan Gameleira, respectivamente, eis aí Vulto & Corcel Negro, numa edição de 32 páginas apresentando a HQ ‘Aliança Inusitada’. O mutante surdo-mudo, viajante do tempo, vem parar num beco de Belo Horizonte logo quando uma mocinha acabara de ser espancada e estuprada por dois malacos. O Corcel Negro dá uns sopapos e os manos se mandam de lá, quando aparece o Vulto que, assim como a polícia, pensa que o negrão seja o verdadeiro criminoso. O Corcel Negro é levado preso, enquanto Nélson Montenegro (o Vulto na vida civil) pesquisa a respeito daquele homem, e põe em xeque suas convicções. Tudo leva a crer que o mandante daquele crime tenha sido um cantor de funk que se julga inimputável. Coitado, com o Vulto e o Corcel Negro atrás dele... neste momento em que a Júpiter 2 prepara sua saída de campo, nada melhor do que uma edição apresentando uma aventura com dois de seus mais queridos personagens – e, caso vocês não saibam, seus autores são dois de meus mais queridos parceiros de trabalho! Deus permita a vocês que tenham, pelo menos uma vez na vida, parceiros de trabalho tão valorosos, leais e fiéis quanto Wellington Santos e Alcivan Gameleira! Obrigado por tudo que me proporcionaram, rapazes! A Júpiter 2 logo encerra suas atividades, mas certamente o Vulto e o Corcel Negro continuarão firmes, supimpas, encantando os leitores e arregimentando, a cada dia que passa, novos fãs. Eu mesmo, fã juramentado, vou acompanhar com muita atenção e carinho a carreira desses dois bravos defensores da justiça, nos caminhos editoriais do porvir! (JS)

SAIU MAIS UM ESPETACULAR ALMANAQUE ROCKY LANE!

O sr. Primaggio Mantovi, desde que decidiu republicar as HQs do personagem Rocky Lane que ele mesmo produziu para a Rio Gráfica & Editora (RGE) de Roberto Marinho, em novíssimas e luxuosas edições, vem aos poucos ‘matando’ as saudades dos leitores nostálgicos (este blogueiro certamente incluído) – ou por outra, nos ‘matando’ do coração diante de tantas preciosidades, não só com as HQs citadas, mas apresentando, a cada edição, um outro personagem do faroeste em Quadrinhos. Já tivemos chance de comentar a respeito dos almanaques de Rocky Lane aqui: http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2013/01/almanaque-rocky-lane-traz-de-volta.html e aqui: http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2015/02/almanaque-rocky-lane-para-2015-relembra.html. Agora chega a sexta edição do Almanaque Rocky Lane (28 cm x 21 cm, capas coloridas em couchê plastificado, 48 páginas p&b) com mais uma HQ do grande cow-boy das telas e dos Quadrinhos produzida pelo então jovem artista ítalo-brasileiro Primaggio Mantovi na segunda metade dos anos 60 do século passado, e o convidado especial desta edição é o cow-boy cantor Rex Allen, que além de resenha completa de seus filmes e gibis, reaparece numa HQ ilustrada por ninguém menos do que Russ Manning. E não só isso, temos a sessão ‘Crônicas do Velho Oeste’ com curiosidades e fotos – sr. Mantovi, aquela foto com Walt Disney cavalgando lado a lado com o ator Fess Parker a caráter como  o Davy Crockett que ele imortalizou nas telas do cinema e televisão (antes do Daniel Boone, viu gente?), foi tirada exatamente no dia da inauguração da Disneylândia em Los Angeles, no ano de 1955, ok? Quem não mora na capital paulista e não tem acesso a loja Comix Book Shop (único lugar no Brasil onde podem ser encontradas as edições), pode tentar adquirir os almanaques pelos telefones 11-30889116 e 11-3061-3893. (JS)