terça-feira, 11 de agosto de 2015

DÉCIMA PRIMEIRA EDIÇÃO DE O BOM & VELHO FAROESTE É O 'CANTO DE CISNE' DA JÚPITER 2

A décima primeira edição de O Bom Velho Faroeste mais uma vez apresenta aventuras inéditas de dois dos mais brasileiros dos personagens do faroeste: Flecha Ligeira e Cavaleiro Negro (anteriormente eles já apareceram aqui http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2011/06/heroi-do-velho-oeste-e-atracao-do.html, aqui http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2013/03/flecha-ligeira-retorna-em-aventura.html e aqui http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2014/09/o-bom-velho-faroeste-apresenta-os-mais.html). Cada um com duas HQs distribuídas nas 32 páginas desta edição que é o derradeiro lançamento da cooperativa Júpiter 2 – e fico imensamente feliz que estejam aqui presentes tanto Adauto Silva (o autor da capa, relembrando o traço do grande capista da Rio Gráfica e Editora/RGE, Walmir Amaral de Oliveira – que foi, a propósito, colega de Adauto Silva na RGE nos anos 70, quando Adauto usava uma cabeleira de fazer inveja aos Rolling Stones!), quanto José Menezes, co-autor e ilustrador de todas as histórias, ele que só desenhou menos HQs do Flecha Ligeira do que o próprio Fred Meagher! Dois artistas que brilharam na inesquecível RGE, que encheu de gibis os deslumbrados jovens leitores de várias gerações – a minha incluída, só não podia prever naquela época que um dia eu viria a ser parceiro de trabalho desses dois grandes artistas dos Quadrinhos brasileiros. Os autores das histórias presentes nesta edição, sabedores da dificuldade de ser original diante de tudo que já foi produzido com estes personagens, limitaram-se a manter o que poderíamos chamar de ‘espírito’ da época em que as histórias do Cavaleiro Negro e do Flecha Ligeira eram lidas mensalmente, por centenas de milhares de leitores – brasileiros, principalmente. Quando as Histórias-em-Quadrinhos ainda não haviam sido contaminadas com a malícia da cultura underground, e posteriormente pelas perversões de Alan Moore, Neil Gaiman e cia., que acabaram por gerar uma atual geração de roteiristas abomináveis, que trataram de ferir de morte as HQs, despopularizando-as, elitizando-as de forma pedante e idolátrica, como acontece hoje com os decadentes super-heróis norte-americanos dos Quadrinhos. A Júpiter 2 foi uma tentativa de combater tudo isso, todo esse lixo moral em que se transformaram as Histórias-em-Quadrinhos. Foram ótimos esses dez anos de existência do selo smeditora, depois chamado Júpiter 2. Valeu a pena mesmo, ótimas parcerias resultando em quase duas centenas de gibis, e, pelo que já foi vendido e distribuído até hoje, cerca de 70 mil edições circulando por aí. Quem criticou ferozmente desde o começo, que faça melhor. Chegamos a incomodar, sendo objeto de escárnio de alguns ‘grandões’ da mídia como o HQ Mix e a revista Mundo dos Super-Heróis – que deveria de uma vez por todas mudar o nome para Mundos dos Super-Heróis Marvel e DC! Que ridículo ver gente com mais de 40 anos bajulando filmes ruins como esses que vem sendo feitos dos asquerosos super-heróis norte-americanos dos Quadrinhos!
Bem, mas estes assuntos já não me interessam mais. Me despeço avisando que não estarei mais atualizando o blog nem nada, se o blogger tirar do ar, tirou. Mas ainda tenho disponível a maioria dos títulos publicados ao longo dos dez anos de atividades editoriais, e vou continuar atendendo pedidos de interessados através do email smeditora@yahoo.com.br


E por enquanto é só, pessoal... (JS)

sexta-feira, 24 de julho de 2015

DUPLA JOSÉ SALLES/ADAUTO SILVA RETORNA NO DÉCIMO NÚMERO DE O BOM & VELHO FAROESTE

Os nossos leitores que apreciam a parceria entre José Salles (textos) e Adauto Silva (desenhos) nas HQs de faroeste, provavelmente sejam os que mais aguardam por este novo lançamento da Júpiter II, o décimo número de O Bom & Velho Faroeste, 32 páginas p&b apresentando a HQ ‘Os Amores de Amanda Jones’, produzida pela dupla supra-citada. Mais uma vez Adauto Silva emprestando seu talento para nossas publicações mostrando história de amor entre uma mulher e dois homens que se consideravam como irmãos. Um faroeste com pitada romântica, relembrando alguns gibis do passado como o Cowboy Romântico da Ebal. Também é mais uma vez nostálgica a coluna Os Grandes Clássicos do Western', por José Salles, relembrando o filme A Voz da Honra/ Fury At Furnace Creek, com Victor Mature (JS).

GRANDES EDITORAS BRASILEIRAS DO PASSADO SÃO DESTAQUE NO 133o. NÚMERO DO FANZINE QI

Saiu o 133º. número do fanzine QI, mais uma vez capitaneado pelo editor mineiro Edgard Guimarães, com 32 páginas repletas de atrações que continuam maravilhando aqueles que são estudiosos, colecionadores e interessados no universo das Histórias-em-Quadrinhos (dentre os quais se inclui este vosso humilde escriba). O artigo de ‘fechar o comércio’ é a respeito da análise e relação completa (completíssima!) de número a número das memoráveis Edições GEP, lançadas nas bancas brasileiras entre a virada das décadas de 60 e 70 do século passado – e algumas destas edições eu vim a encontrar numa banca de revistas usadas na minha terra natal em São José do Rio Preto/SP, quando ainda criança. Foi através desta coleção lançada pela GEP (Gráfica e Editora Penteado) que os leitores brasileiros primeiramente tiveram contato com os personagens da Marvel que se tornariam muito populares: X-Men (na época nós falávamos ‘xis-méin’), Surfista Prateado e Capitão Marvel (que nome original, não?), mas não só isso, Edições GEP também publicou HQs brasileiras de guerra, a série Jonny Star No Mundo Dos Gigantes, de Gedeone Malagola, Paulo Hamasaki e Moacir Rodrigues, além de almanaques de curiosidades e passatempos. Os X-Men tiveram até mesmo HQs criadas por autores brasileiros, Gedeone Malagola (roteiros) e Walter Gomes (desenhos) – que recentemente foram compiladas numa edição especial, conforme comentamos aqui: (http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2014/10/os-x-men-por-gedeone-malagola.html). Enfim, como foi dito, o artigo está completíssimo, tanto é assim que o autor relata de antemão uma breve biografia do grande editor Miguel Penteado, ele que foi amigo e querido por todos os colegas e parceiros de trabalho, à esquerda ou à direita.
                Ótimo encontrar no QI um artigo comentando o personagem de Fernando Ikoma, Fikom – cujas HQs (não todas) também já foram compiladas num álbum de luxo, que igualmente já comentamos aqui: http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2013/01/personagem-de-fernando-ikoma-ganha.html. No final do artigo, Ed relembra que sonhos oníricos já não eram novidade quando Fikom foi publicado – ok, mas faltou dizer que o sucesso do tal Sandman de Neil Gaiman, que eu considero ser a maior frescura da História das HQs (e muitíssimas de suas histórias não deveriam nem mesmo ser consideradas como HQ!), teve conceito plagiado do personagem de Fernando Ikoma, e não do Little Nemo. A mim me parece um plágio (do conceito) descarado – a propósito, o nome também é plágio, de dois personagens que apareceram décadas antes do tal Sandman de Neil Gaiman. Mas tá mais do que perdoado, Ed, pois incrível mesmo foi a catalogação que você fez do Fikom no mercado editorial brasileiro, dando oportunidade para que comentasse também a respeito da importância da Editora Edrel em nosso mercado editorial, no passado.
                Na coluna ‘Mantendo Contato’, Worney de Almeida apresenta a segunda parte da entrevista com Maurício de Souza – fiquei particularmente bem impressionado com esta segunda parte, onde Maurício de Souza relata as dificuldades que enfrentou no começo de carreira, incluindo perseguições ideológicas que sofreu dos meios de comunicação e de alguns de seus colegas de profissão. Dificuldades e obstáculos que nem sempre conseguimos enxergar quando olhamos para homens de sucesso, imaginando que tudo aquilo tenha lhes caído do céu – muito ao contrário, foram superados com muito trabalho e talento.
                Outro artigo do QI que merece destaque é escrito pelo amigo Espedicto Figueiredo a respeito do ‘Fim do Jornal Impresso’! Fig reconta sucintamente o histórico do jornalismo e comenta as mudanças que vêm ocorrendo neste meio de comunicação em consequência do progresso tecnológico, a ponto de se perguntar se acontecerá ou não o que se lê no título que encabeça o artigo. Se me permitem um pitaco a respeito, eu digo que sim! Quando eu não sei, mas pelo que vejo, as novas gerações não têm pelas publicações de papel nenhum ou quase nenhum afeto. Quem tem mais de, vá lá, 35 anos, o que é meu caso há um bom tempo, creio que todos nós jamais aceitaríamos o fim das publicações de papel, pois fomos criados por elas. O que não é o caso de grande parte dos jovens de hoje, e provavelmente, num futuro próximo ou não, a maioria, ou todos os jovens, já não mais serão criados com publicações de papel. Evidente que tudo isso é ‘palpitaria’, futurologia de botequim, mas é só minha opinião, ok? E, de minha parte, se ou quando não mais houver publicações de papel no mundo, espero que meu espírito já esteja vagando nas nuvens do além.
E como sempre, no QI: HQs curtas, tirinhas, o Fórum de leitores e a divulgação dos fanzines e publicações independentes. Mas o melhor anda está por vir...

 Trata-se do encarte especial com que Edgard Guimarães presenteia seus leitores, o terceiro volume da Pequena Biblioteca de Histórias-em-Quadrinhos, polpudas 60 páginas apresentando uma interessantíssima seleção de Crianças Nos Quadrinhos Brasileiros. É o próprio editor quem aponta uma importante distinção:

Neste volume, estou reunindo Histórias-em-Quadrinhos Brasileiras protagonizadas por crianças. É preciso não confundir com Histórias-em-Quadrinhos infantis. O objetivo não é compilar HQs feitas para o público infantil, mas, sim, Quadrinhos em que o personagem principal (ou um deles) seja uma criança.


E daí temos uma compilação com personagens & autores pra lá de heterogêneos, desde os tempos de O Tico-Tico. Os estudiosos e pesquisadores das HQs agora têm em mãos mais um precioso documento à disposição. Vejam logo abaixo um exemplo do personagem Lamparina de J. Carlos publicado em O Tico-Tico na primeiras décadas do século passado. Reparem e reflitam: hoje, nesses tempos de correção política, não se acusaria o grande artista da prática de racismo? Contatos com o editor Edgard Guimarães em edgard@ita.br (JS)

domingo, 5 de julho de 2015

REAÇÃO, O SUPER-HERÓI REACIONÁRIO, VAI COM TUDO CONTRA A DITADURA DAS MINORIAS!

Saiu o sexto número de Reação, o super-herói reacionário, reagindo contra tudo em que foram transformados os super-heróis dos Quadrinhos na atualidade (e já há uns bons 30 anos...). Mais uma vez com histórias escritas por José Salles e ilustradas pelo paulistano William Cabral, a sexta edição possui capa colorida (arte de Cabral e cores de Adauto Silva, também a dupla responsável pela capa alternativa, que pode ser vista aí embaixo) e em suas 24 páginas apresenta duas HQs: ‘O Ataque das Dragonas’ com Reação; e ‘Surgem as Feminazis’, com a Mulher Reação. Essas ameaças monstruosas, tanto as dragonas quanto as feminazis são óbvias referências à militância gayzista, feminista e abortista (tão conhecidas aqui no Brasil como lgbt, ‘mulheres vadias’ e congêneres), grupos que são financiados por entidades internacionais globalistas como Open Society, Fundações Ford e Rockefeller e outras ‘iluminadas’. Ficam aí posando de minoria coitadinha, mas são regularmente abastecidas com generosos milhões de dólares que recebem daquelas bilionárias fundações apátridas, obcecadas com o controle populacional – e divulgar maciçamente o aborto e a prática homossexual que são exatamente as ‘armas’ para frear o crescimento populacional. Sou mais Joanna de Ângelis: qualquer forma de controle populacional é um crime contra a consciência divina!
                Pena que não adianta falar que as páginas dessa revista do Reação tratam de um protesto contra a militância homossexual, o gayzismo, que é muito diferente do que seria um protesto contra aqueles que, na intimidade e sem orgulho, mantêm hábitos homossexuais. Mas não adianta, então o jeito é esperar novas acusações de ‘homofobia’ – bem, mas se já falavam isso quando eu escrevia Jack The Fag, imaginem hoje em dia! A propósito, a HQ da Mulher Reação é baseada em fato real, acontecido numa igreja em Buenos Aires – quem não viu pode conferir no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=wPUvUYU7Qzw

Confiram como os militantes gayzistas, feministas e abortistas são tolerantes, são meigos, são pacíficos, cordiais e bem educados, elegantes, confiram quão boas pessoas são estas que se consideram melhor do que os outros. (JS)

ANTONIÊTO PEREIRA LANÇA BIOGRAFIA DE SANTA RITA DE CÁSSIA EM QUADRINHOS

                O potiguar Antoniêto Pereira é um colaborador ativo da Júpiter 2, meu caríssimo parceiro de trabalho em Tiras vs Monstros (confiram a postagem abaixo). Enquanto estávamos produzindo esta série, casualmente vi na televisão uma reportagem sobre a cidade de Santa Cruz, no estado do Rio Grande do Norte – exatamente a cidade onde vive o Antoniêto. E o que me deixou mais impressionado do que a deslumbrante paisagem que circunda a cidade, foi o monumento em homenagem e devoção à santa católica Rita de Cássia, na forma de uma imensa estátua (dizem que ainda maior do que a do Cristo Redentor no Rio de Janeiro), motivo & roteiro de intensa peregrinação de pessoas de todo o Brasil, anualmente (constantemente). Pois bem, a mais nova empreitada nas Histórias-em-Quadrinhos do talentoso Antoniêto tem tudo a ver com isso: com apoio da prefeitura de Santa Cruz (que bom que a prefeita Fernanda Costa Bezerra gosta de gibis), acaba de lançar a biografia de Santa Rita de Cássia em Quadrinhos, numa revista formato 21 cm x 15 cm, capa colorida, 28 páginas p&b em papel couchê onde Antoniêto demonstra toda sua versatilidade como bom narrador que é. Ficamos conhecendo, a partir do que conta um padre durante uma missa, a sofrida História da mulher nascida no interior da Itália na baixa Idade Média. Após uma série de infortúnios num casamento infeliz, ela consegue seu desejo de se filiar a um convento, onde, durante oração, recebeu na testa um dos espinhos da coroa de Cristo. O espinho saiu e deixou uma ferida que traria restrições atrozes à Rita, mas que se tornaria fonte de milagres, curas e libertações para o povo cristão a ponto de ser intitulada como a santa curadora dos feitos impossíveis, canonizada pelo Vaticano. Uma devoção que cruzou o oceano e veio se mostrar ainda mais pujante na brasileiríssima cidade de Santa Cruz. Parabéns ao Antoniêto e também para a prefeitura de Santa Cruz, que soube valorizar o talentoso filho da terra. (JS)

domingo, 7 de junho de 2015

QUINTO NÚMERO DE TIRAS vs MONSTROS PRESTA HOMENAGEM AOS FILMES 'B'

              Júpiter 2 lançando o quinto número de Tiras vs Monstros, formato 21 cm x 15 cm, capa colorida em papel couchê (arte de Antoniêto Pereira) com 28 páginas em p&b apresentando a HQ ‘Ameaças Gigantescas’. Já disse anteriormente que este gibi Tiras vs Monstros é uma extensão dos fanzines, ou seja, foi concebido através de dois fanzineiros: este que vos escreve, encarregado de rabiscar os roteiros, e o ilustrador Antoniêto Pereira. De minha parte, busquei inspiração em outras Histórias-em-Quadrinhos, mas principalmente nos filmes B. Esta edição, em especial, mais do que nunca é inspirada nesse estilo de se fazer cinema. São vários os estilos de filmes B e dentre os mais conhecidos estão os chamados drive in movies, produzidos nos EUA durante a década de 50. Os drive ins, cinemas ao ar livre onde os espectadores podiam entrar com seus automóveis e daí mesmo assistir confortavelmente aos filmes, eram frequentados majoritariamente por jovens e muito jovens, que acabaram por criar um novo nicho mercadológico de filmes, à margem das grandiosas produções hollywoodianas. Produtores arrojados, diante de orçamentos restritos ou restritíssimos, foram encarregados de suprir aquela nova forma de entretenimento que surgia. As fontes de inspiração vieram da ficção-científica, plena de monstros, mutantes, invasores do espaço, e daí resultaram filmes que na época pouco chamavam a atenção do público – incluindo grande parte do público que frequentava os drive ins, jovens mais interessados em paqueras ou em comer hambúrgueres e cachorros-quentes nas lanchonetes locais, do que propriamente em assistir aos filmes. O tempo fez justiça àquelas produções feitas com pouco dinheiro e muita criatividade, e hoje em dia muitos daqueles filmes exibidos nos telões dos drive ins acabaram se tornando objeto de culto, e ganharam até mesmo uma nova denominação: filmes trash (‘lixo’) – outra grande injustiça, haja vista que algumas daquelas produções eram muito mais divertidas do que determinadas super-produções dos grandes estúdios de Hollywood.
  Os já iniciados perceberão facilmente quais os filmes que são referência nesta edição de Tiras vs Monstros: primeiramente trata-se de O Ataque da Mulher de 15 Metros/Attack Of The 15th Foot Woman, lançado em 1958, com direção de Nathan Juran (nos créditos, com o pseudônimo Nathan Hertz). No filme, uma socialite entediada e corneada pelo marido, durante um solitário passeio de automóvel acaba sendo surpreendida por uma nave interplanetária e seu misterioso viajante espacial, que acaba raptando-a por breves momentos. De volta a sua casa, a mulher começa a sentir-se estranha e, sem que perceba, sofre mutação que aumenta o tamanho de seu corpo até 15 metros de altura – e assim ela vai tirar satisfação do marido infiel. Um dos mais cultuados filmes B de nossos dias, graças especialmente aos (d)efeitos especiais, abuso de retro-projeção, e o maior charme: a incrível e gigantesca mão de borracha que aparece em cena destruindo um bar. O filme teve nos anos 90 uma refilmagem lamentável, a despeito de se tratar de uma produção milionária.

Outro filme de referência é O Monstro Atômico/The Amazing Colossal Man, de 1957, dirigido por Bert I. Gordon, ou ‘Mr. BIG’ para os fãs, um dos mais criativos produtores de filmes B. Foi dele também a continuação desse filme e que inspira mais diretamente a segunda parte da HQ desta revista: War Of The Colossal Beast, lançado no ano seguinte. Em O Monstro Atômico, um cientista é atingido pela radiação de uma bomba de plutônio que lhe provoca mutações: seu corpo cresce na proporção em que sua mente enlouquece, aterrorizando a cidade de Las Vegas. Vendo este filme, a gente fica com uma forte suspeita de que o roteirista de HQ Stan Lee deve não só ter assistido mas gostado muito dele, e lembrou-se disso ao escrever o seu Incrível Hulk, especialmente na seqüência decisiva em que os raios de plutônio atingem em cheio o cientista. Em War Of The Colossal Beast, quando todos davam o Monstro Atômico como morto, eis que ele retorna, com o rosto deformado e ainda mais irracional e violento. Tão marcantes foram estes filmes, não só para Stan Lee mas para tantos outros fãs espalhados pelo mundo, que mesmo aqui no Brasil os dois filmes foram recentemente lançados em dvd pela Cult Classics, cópias de boa qualidade – se quando exibido nos cinemas brasileiros o filme The Amazing Colossal Man ganhou o título de O Monstro Atômico, agora neste lançamento da Cult Classics o nome do título foi simplesmente traduzido para o português, O Incrível Homem Colossal; já a seqüência (que, creio eu, seja inédita nos cinemas daqui), ganhou o título de A Volta do Homem Colossal. A lamentar no lançamento da Cult Classics, somente as legendas, dessincronizadas com os diálogos dos personagens. (JS)

CORONEL TELHADA EM QUADRINHOS

O sr. Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada, aposentando como Coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo, após anos de bons serviços prestados à população decidiu por candidatar-se à uma das vagas da Câmara Municipal da capital paulista, concorrendo com o nome com que ficou conhecido na corporação militar policial, Coronel Telhada. E a expressiva votação que o levou a ocupar uma das cadeiras legislativas da vereança paulistana mostrou como a maioria do povo da cidade de São Paulo corrobora com os valores morais defendidos pelo Coronel. Assim como qualquer outro legislador que não reze pela cartilha comunista, Telhada não tem o menor espaço na maioria dos meios de comunicação de massa, quase nunca é entrevistado em programas de rádio ou televisão que atingem o grande público. Além da tribuna e do púlpito na Câmara Municipal paulistana, o Coronel Telhada usa a internet para divulgar suas idéias, e mais recentemente, vem fazendo isso através de um outro meio de comunicação: as Histórias-em-Quadrinhos. Eu já havia lido na internet, há alguns meses, breve notícia sobre esta publicação denominada exatamente Coronel Telhada em Quadrinhos, mas não havia encontrado a revista de estréia em lugar nenhum, nem nas bancas de Jaú, nem nas bancas de Bauru, nem de São José do Rio Preto, nem nas bancas que pude visitar na cidade de São Paulo. Mas eis que, para minha grata surpresa, caminhando pelas ruas da capital paulista eis que encontro, numa banca de revistas próxima à estação Consolação do metrô, o segundo número de Coronel Telhada em Quadrinhos, a capa já impressionando ao mostrar um soldado da Polícia Militar de São Paulo segurando uma bandeira do Brasil encharcada de sangue, e a legenda nos indica que se trata da ‘Morte de Um Herói’. Esta segunda edição possui tamanho 20,5 cm x 14 cm, com generosas 52 páginas em papel couchê colorido apresentando duas HQs produzidas pelo Atreyu Studio – feitas para agradar o público leitor dos dias de hoje, usando dos únicos estilos aceitos atualmente, o da Marvel e o dos mangás – além de reproduções e comentários sobre antigas reportagens de jornais. No editorial, o Coronel Telhada diz com todas as letras a intenção da revista:

Incomodamos aqueles que desejam acabar com nossa Polícia Militar, pois mostramos o quanto a PM ajuda a população, salva vidas e defende a integridade das pessoas. E nossa missão é realmente esta, divulgar o bom trabalho de nossa tropa.

                A primeira HQ, intitulada ‘Risco Mortal’, mostra um dos tantos embates do Coronel Telhada contra a bandidagem, no caso, trocando tiros com um assaltante, onde este levou a pior, alvejado por um balaço fatal disparado pelo Coronel. O mais importante, porém, foi constatar que, ao contrário do que pensa a maioria, o bom policial militar, especialmente aquele que é temente à Deus, odeia ter que tirar a vida de outra pessoa, seja ela quem for. Nas palavras do próprio Coronel Telhada:

Um PM não sente prazer de matar ninguém, pois somos treinados para salvar vidas e não para tirar vidas. Cada criminoso que nós matamos em um confronto, é como se fosse um pedaço de nós também indo embora. Somos seres humanos, com sentimentos. Mas, nas ruas, é matar ou morrer. Precisamos nos defender. Se o bandido atira, nós atiramos de volta.

A segunda HQ, ‘Um Trágico Dia Das Mães’ é ainda mais incrível, por retratar sem falsificações históricas o triste episódio do crime frio, cruel e bárbaro cometido pelos terroristas da Vanguarda Popular Revolucionária do desertor Carlos Lamarca, que raptaram, amarraram, amordaçaram e, com facadas e golpes de coronha de rifle, despedaçaram o crânio do jovem Tenente da Polícia Alberto Mendes Jr., que a eles havia se entregado para salvar a vida de seus comandados. De modo que este ato de bravura incomum faz jus à chamada da capa, sendo Mendes Jr. um verdadeiro herói, que morreu para defender seus companheiros e amigos.
                Não me admira que o gibi do Coronel Telhada seja totalmente ignorado pela ‘elite’ dos Quadrinhos brasileiros, toda ela dominada pelo ideologia esquerdista, toda ela odiando a polícia (mas sempre chamando por ela quando tem seu automóvel assaltado ou quando querem expulsar algum mendigo da porta de suas casas), essa elite esquerdista que deve ficar horrorizada quando aparece alguém como Telhada que  procura contar as coisas como são, como aconteceram, sem ‘dourar a pílula comunista’ com mentiras e deformações históricas. Faço votos de que o Coronel Telhada consiga se re-eleger vereador e que possa continuar lançando essa revista que vai na contra-mão da demagogia esquerdista que vem destruindo os valores morais do nosso país. E atenção: não há um centavo de dinheiro público investido nesse gibi! Ele só foi possível de sair com essa ótima qualidade gráfica, graças aos patrocinadores (todos da iniciativa privada). Se a grande maioria dos partidos de oposição e nossas Forças Armadas parecem inermes diante do avanço petista-comunista, mesmo contando com a notória aversão da maioria dos brasileiros contra o governo do pt, é sempre bom poder contar com um opositor valoroso como o Coronel Telhada. Claro que nossa Polícia Militar ajuda a população – eu mesmo posso dar testemunho pessoal disto, eu que já fui salvo das mãos de um assaltante armado, graças a firme e decidida intervenção de dois jovens e valorosos policiais militares pilotando motocicletas e prendendo o infeliz meliante, com muita coragem, habilidade e determinação! Também é claro que existem policiais desonestos, alguns capazes de crimes cruéis, porém a maioria dos policiais militares é formada de pessoas decentes e honestas – não fosse assim, nossa vida seria insuportável, teríamos dificuldade para fazer as coisas mais simples, como ir comprar pão na padaria da esquina, ou levar uma criança na escola. Que Deus abençoe os valorosos policiais militares, nossos soldados, nossos escudos, homens e mulheres que dão tudo de si para nossa proteção.

                Como foi dito no início desta crônica, a tendência é deparar com muita dificuldade para adquirir esta publicação, portanto, quem não a encontrar nas bancas pode tentar o contato através do email contato@coroneltelhada.com.br ou quem sabe através do sítio www.coroneltelhada.com.br. Parabéns, Coronel Telhada! Siga firme na rota, não dando moleza pra essa canalhada comunista! (JS)